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09/08/2011

(Poesia) Lúcifer

Lúcifer
Barata Cichetto

Aqueles depois de mim receberam as palmas
Mas antes existia apenas o deserto das almas.

Depois de mim a alegria, onde antes era apenas dor
Era alegre o meu fim, e o início não tinha esplendor.

E não era nenhum anjo porque não era torto
Nem uma deusa porque o ódio estava morto.

Antes de mim existia a morte e depois apenas nada
E eu nem sabia ser apenas uma pobre alma penada.

Antes de mim existia o verso e sobrou apenas poema
Do fim ao universo e sobras do que chamas sistema.

Aqueles depois de mim ganharam presentes embalados
Mas antes havia apenas morte e doces silêncios calados.

Depois de mim realizaram amiúde uma grande festa
E restaram apenas copos sujos e aquilo que não presta.

Existia o sim depois de mim, mas antes o não presente
E sabiam todos a diferença entre o estar e o ausente.

O que antes de mim não tinha lógica,  e é lógico que ficou
Mas não sabiam da brincadeira e então ninguém brincou.

Perto nunca longe, o que chegou depois de mim foi a farsa
E falso feito um beijo traidor e um gesto que não disfarça.

Aqueles que depois de mim chegaram receberam mil agrados
E ainda ardia em minhas costas as chibatas dos desgraçados.

Mas agora depois de mim existe a luz e o senhor da sua poesia
Porque antes era a mentira e a verdade apenas pura fantasia.

Barata Cichetto

25/07/2011

Registrado Na FBN, Escritório de Direitos Autorais


(Poesia) Réquiem Para os Vivos


Réquiem Para os Vivos
Barata Cichetto

Pois quando morrer um daqueles que eu amo tanto
Decerto por ele derramarei o meu mais puro pranto
Mas não peçam que compareça a fúnebre cerimônia
Pois que não gosto de rosas, de rezas ou de amônia.

Quando morrer algum daqueles que eu tanto detesto
Ao certo dirão que sou um louco e que eu não presto
Porque em seu sepultamento darei a minha presença
Pois que a morte, a esta nunca tratei com indiferença.

Eis que então dirão aqueles, estandartes da hipocrisia
Que um dia minha morte chegará acabando a poesia
E a estes agora respondo, que deixem o morto a sós
Porque a Morte é a única santa que irá rogar por nós.

E então tirem hipócritas, rezas e rosas da minha frente
Deixem que fique sozinho com a bicharada indiferente
E deixem tocar a música, réquiem para um poeta terno
Que da existência fez morte e da morte o amor eterno.