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23/02/2015

Barata Cichetto & Psychotic Eyes


"Olhos Vermelhos" será o título do álbum de death metal acústico que o Psychotic Eyes lança em Junho
Esse será o terceiro álbum da carreira da banda e o primeiro da história com essa proposta musical

No final de 2014 a banda paulista de death metal progressivo Psychotic Eyes escreveu um novo capítulo na história do metal. A banda tinha perdido seu baterista e recebeu um convite para fazer um show importante. Como não queriam perder a oportunidade, tiveram a ideia de realizar um show acústico, sem bateria: death metal tocado com dois violões e vocais guturais!

O que parecia improvável tornou-se histórico! Nunca antes foi registrado um show de death metal acústico como o realizado pelo grupo na Galeria Olido em São Paulo. O espírito vanguardista do Psychotic Eyes ganhou projeção na mídia do mundo todo.  

O resultado final ficou tão bom que entrar em estúdio e registrar algumas músicas nesse formato acabou tornando-se inevitável.

"Olhos Vermelhos" foi então o título que Dimitri Brandi (vocal/violões) e Douglas Gatuso (vocal/violões) escolheram para aquele que será o terceiro álbum oficial do Psychotic Eyes - mesmo sendo inteiramente acústico - e também o primeiro  trabalho de death metal acústico da história!

"Olhos Vermelhos" já está sendo gravado no estúdio HBC Records em Guarulhos/SP com produção de Humberto Belozupko. O disco reunirá duas faixas inéditas, "Olhos Vermelhos"  e "Memento Mori"- baseados em poemas de Luiz Carlos Barata Cichetto. Também farão parte do álbum, em novos arranjos, "The Hand of Fate" - música presente no álbum de estreia do Psychotic Eyes autointitulado - além de "Life" e "Dying Grief", ambas do segundo álbum de estúdio, "I Only Smile Behind The Mask" (2011).

"As gravações estão sensacionais, o material vai ficar fantástico", diz eufórico Dimitri Brandi. "Só estão demorando mais do que o previsto, pois gravar death metal no violão está se mostrando uma tarefa muito mais difícil do que o esperado. Como o violão é um instrumento acústico, tudo o que fazemos é captado pelo microfone. Um guitarrista e um baixista acostumados a "descer o braço" nas cordas apanham um pouco, pois produzimos muitos ruídos cavernosos que não soam bem na gravação. Isso tem feito o processo demorar um pouco mais do que seria uma gravação com instrumentos elétricos, mas o resultado está ficando surpreendente".

"Olhos Vermelhos" do Psychotic Eyes será lançado em Junho. Detalhes sobre formatos e plataformas de distribuição serão divulgados em breve.

Mais Informações:
www.psychoticeyes.com
www.twitter.com/psychoticeyes
www.facebook.com/psychoticeyes
www.youtube.com/psychoticeyesbrazil

A Poesia no Divã do Psicanalista

"Aonde quer que eu vá, eu descubro que um poeta esteve lá antes de mim."  - S. Freud

Por E. M. Jr., Psicanalista, Professor e Filósofo, sobre "Troco Poesia Por Dinamite"

Cazzo! Por que pode um cara querer trocar poesia por dinamite?  Dinamite: um bastão roliço, fálico, geralmente vermelho, que inflama e explode por uma das pontas?

Seria uma representação de desejos e vontades? Seria apenas para aplacar suas angustias? Seria apenas para seu alívio? Se for o caso, posso sugerir um massageador. Alguns, inclusive, tem formato semelhante ao objeto em questão. E muitas pessoas, de qualquer gênero, gostam deles.

Assim sendo, amém, grande gênio do quixotesco underground paulista! Seu novo livro propõe um X da questão, que apesar de personalizado e egocêntrico, traduz o que muitos gostariam de dizer, sentir, ser, estar, parecer, escolher e fazer na hora H, no ponto G, no vértice do Y, no olho do C...

A comunicação humana traz problemas. Nem sempre pelo que diz, mas pelo que pretende (conscientemente ou não) esconder.

Já nos falam os psicanalistas sobre o ato falho, que é o que ocorre quando podemos estar falando, escrevendo ou querendo mostrar algo, mas nossos atos e sons demonstram mais, ou menos, ou até o contrário daquilo que queremos comunicar. Geralmente negando nossas afirmativas.

Paul Ricoeur, filósofo e pensador francês, do período pós 2ª Guerra Mundial, já nos dizia que o ser humano é incontestavelmente dissimulado. Ou seja, que tem em si inseguranças, medos e incertezas e dissimula, inconscientemente, criando verdades a serem transmitidas, mas que não reproduzem fielmente aquilo que ele de fato é ou sente.

Sexo agressivo, asnos, dinamite e outras "figuras" presentes na obra do Barata, assim, representam o que, de fato real?

Há nas técnicas usadas por espiões, de persuasão para vendedores e pregadores, na propaganda e na arte mágica, expressões como "mensagem subliminar" e "misdirection", que também são formas de dissimulação para induzir, o receptor da mensagem, a erro. No caso da dissimulação dita por Ricouer, no entanto, o efeito é diferente, pois primeiro iludimos a nós mesmos, e, uma vez persuadidos pelos nossos enganos, nos expomos conforme esta nova expectativa que criamos.

Resta, no caso, então, a pergunta: o que seria esta dinamite que dá titulo ao livro? Talvez o autor possa responder numa próxima publicação.



15/02/2015

Fogo Vivo

Fogo Vivo
Barata Cichetto
Do Livro "Troco Poesia Por Dinamite" - 2015
Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida

E tu também perguntas se algo em ti a mim inspira
Respondo que minha inspiração é tudo que respira
E todas as criaturas femininas sem nenhuma exceção
Despertam em mim a vontade de retirar algum tesão.

Mesmo sem ter visto pouco além de teus fartos seios
E das carnes abundantes das tuas coxas, sem receios
Afirmo que me inspiras o desejo de foder a tua bunda
Te chamando de maldita, de puta e até de vagabunda.

Mas fico eu a pensar com o botão da minha braguilha
Se pensas mesmo em foder comigo gostoso numa ilha
Ou é só curiosidade e inveja o que enseja tua questão
Incitando meu abuso poético por obra de autossugestão.

Acaso e por sinal de eternas loucuras, ainda imaginas
Grudar com a outra musa, as duas deliciosas vaginas
E por sina de minha imaginação e sendo eu um tarado
Adoraria vê-las fodendo ante o meu pau desesperado.

E diante do esplendor, do monumento carnal ao prazer
Teria eu, poeta da perversão, muitas coisas a lhe dizer
Mas sem saber se és carne real ou apenas uma miragem
Conto até dez, bato uma punheta e como a tua imagem.

E quando tua vulva molhar por desejo do meu caralho
Saberás a diferença entre o certo e aquilo que é falho
Então minha porra inundará tuas cavidades volumosas
Marcando para sempre tuas vagas verdades libidinosas.

15/02/2015

11/02/2015

Tell Mama Go And All Views

Tell Mama Go And All Views
Barata Cichetto
Do Livro "Troco Poesia Por Dinamite" - 2015
Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida



Parte 1 – A Pergunta

Perguntas o que diria um poeta diante de tua imagem
E me falta agora antes de responder o ar e a coragem
Pois diante da luxuriosa nudez refletida no espelho
Sinto meu rosto arder de desejo, pintado de vermelho.

E diante de formas tão brancas, lisas e apetitosas
O que diria um poeta seriam coisas muito perigosas
Pois as respostas do homem nunca serão as do poeta
E entre um e outro ainda há a sabedoria do profeta.

O que pretendes, enfim, ao provocar-me com malícia
Sabendo que eu não posso desfrutar de tal delicia?
Pois tenho o dom da poesia e dos femininos orgasmos
E não há lugar em mim aos risos tolos e a sarcasmos.

Discursos eróticos à parte, a resposta é indecorosa
E se te chamasse de vadia, decerto ficarias raivosa
A masturbação te saciaria, e no lençol seu gozo final
Ou teu deleite é imaginar-me numa punheta seminal?


Parte 2 - O Delírio

Dedos de unhas pintadas de joaninha abrindo as pregas
Mas eu não conheço do seu jogo nenhuma das suas regras
Queres foder de freira num cemitério, madre de convento
Mas aos teus delírios eróticos outros jogos eu invento.

Brincas de puta e em delírios penso apenas em te chupar
Sobre um lago de lama, cama de motel, nada a nos culpar
Trajado de padre te chamo de louca, gótica ou roqueira
E enfio na tua buceta o dedo maior com anel de caveira.

Ontem beijei outra pensando estar gozando em teu rosto
E sorri achando a que traição não é apenas de desgosto
Mas aquela buceta não era a tua, então a quem eu traí
Se queria te foder naquela hora e em tentação eu caí?

Conheço formas de fazer-te delirar e te faria esporrar
E com meus dedos de tua buceta o liquido fino espirrar
Há uma série de prazeres que não se permite a distância
E se há o desejo e a razão, falta o local e a circunstância.


Parte 3 – A Depilada

Deveras sabida minha paixão por bucetas depiladas
Lisas feito faces de anjos, joias raras lapidadas
É nelas que afundo minha a cara e a língua ferina
Despertando com loucura toda a tua fúria uterina.

E a tua tatuagem, desenhada na pele do teu braço
Retorna a minha mente história além de um abraço
Se gostas da dor das agulhas rasgando a epiderme
Suportarás dores maiores, a fazer de mim o verme.

Buceta depilada, tatuagem e unhas finas desenhadas
A puta maldita te assemelhas, a putas desgrenhadas
E se eu possuísse tanto dinheiro na conta bancária
Te pagaria por horas, cadela doméstica autoritária.

Ao teu quadril renderia graças, à tua bunda beijos
Te comeria de manhã com pão, leite e finos queijos
E quero, falando em buceta depilada e em tatuagem
Estampar tal sudário na tua "testa" a minha imagem.


Parte 4 - A Condição

Sabes por mim, que poeta é daqueles que não dormem
Faz poemas e bate punheta enquanto outros te comem
Mas jamais o tenha por tolo, com isso não seja enganada
Pois saberá o poeta foder gostoso a tua buceta depilada.

Tem o poeta sua língua como instrumento de trabalho
E a minha te ofereço, quanto meus dedos e o caralho
Então acaso não conheças a delicia de um cu lambido
Terás de minha língua úmida um prazer não concebido.

Quero enfim, de fato e sem nenhuma espécie de poesia
Dizer que quero é te foder, falta em mim a hipocrisia
E diante de um corpo delicioso, macio e sem defeitos
Foda-se a poesia, quero gozar no meio dos teus peitos.

Poderia foder-te inteira, lamber teu o cu e tua bunda
Te chamar de freira, camareira, roqueira ou vagabunda
Mas como és apenas ilusão de computador, tola miragem
Escrevo poemas, deito e bato uma punheta à tua imagem.


Parte 5 - A Resposta

Mas agora ao de saber o que diria um poeta à distância
Sobre teu corpo frente ao espelho, em ultima instância
Enfie seus dedos na vulva úmida, cheia de negros pelos
Lembre destas rimas e solte seus mais hediondos apelos.

Agora imagine o poeta sussurrando poemas de pau duro
E apertando a tua bunda e penetrando com jeito seguro
Pense nas palavras do poema entrando em seus ouvidos
Enquanto gozas em litros teus orgasmos não resolvidos.

Feche os olhos agora, esqueça o poema e lembra do poeta
Aquele que mexe com teu útero, e a teus instintos afeta
Lembra do homem que escreve poemas segurando o pinto
Sujando de esperma amarela as paredes brancas do recinto.

Quando gozar não tenha receio de foder com a imaginação
Pois o orgasmo é sua bandeira e seu poder de libertação
Mas antes do poema acabar, deixo-a pensando sobre prazer
E sobre todas as putarias que um poeta poderia te dizer.


Parte 6 - A Trepada
A ser escrita pós consumação.

10/02/2015

08/02/2015

Poesia em Preto e Branco

Poesia em Preto e Branco
(Inspirado por uma entrevista de Ciro Pessoa)
111º do livro "Troco Poesia Por Dinamite" - Gatos & Alfaces Artesanato de Livros.

Desenho: "Senhor e Senhora Cichetto", por Diego El Khouri, 2013

Minha poesia não tem cor, nenhuma imagem frutacor
Arco-íris nem pensar, flores de plástico, jardim incolor
Produzida originalmente em preto e branco minha arte
Nuvem negra, chuva branca e putas incolores de Marte.

Em preto e branco é minha imagem refletida no espelho
Branco e preto minha bandeira, morte ao pano vermelho
Sem cor é minha paixão, só uma descolorida impressão
Coqueiros na praia balançam aos ventos da depressão.

Não há cor em mim, não há cor em minha amada buceta
Amo minha "mulher ampulheta", minha mulher a punheta
E se ao riscar a um fósforo, enxergo a chama descolorida
Penso que apenas no fogo existe a cor, realidade dolorida.

Acendo um cigarro e olho a fumaça branca desaparecer
Não é apenas a poesia a não ter cor, não posso esquecer
Sou eu mesmo ser tão sem cor que não deixo entrar a luz
E nos tempos coloridos, o preto e branco é o que me reluz.

08/02/2015