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28/08/2019

Carta Aos Pequenos Ditadores Filhos do Nove Dedos

Eu tinha escrito esse poema esta madrugada. Pretendia publicá-lo eventualmente, mas em vista do torpedeamento covarde do Facebook e seus ascelas da IntercePT , apoiados pelo dinheiro sujo do Banco Santander, creio que vem a calhar.



Carta Aos Pequenos Ditadores Filhos do Nove Dedos
Barata Cichetto, Luiz Carlos Cichetto, Luiz Carlos Giraço CIchetto e todos os nomes pelos quais queiram enterrar.

Falam por aí que eu sou poeta autodidata,
E nas suas falsas modéstias de longa data,
Afirmam que suas faculdades são idôneas,
E, portanto jamais fariam poesias errôneas.

Falam por aí, mas nem por isso estão certos,
Que eu desconheço regras e acentos corretos,
E então pergunto sobre o acento em urubu,
Que na minha poesia o assento é do seu cu.

Falam e até confessam nunca os terem lido,
Poemas que escrevi antes de eu ter nascido.
Cantam faculdades, de letras e de comunismos,
Esquecendo que poemas são puros organismos.

Falam aí sobre escritor com universitária formação,
E eu, doutor, gargalho de sua doutrinária erudição.
Sua ignorância é até maior que sua hipocrisia,
Então pergunto que diploma precisa a poesia.

Falam com as bocas cheias de esterco autoritário,
Condenando com a palavra errada o hereditário,
E eu, que nada tenho de posse além de minha arte,
Passo fome por não receber o que é da minha parte.

Falam por aí sobre justiça com valores invertidos,
E defendem a carniça e seus mentores pervertidos.
Pois que eu digo que não há social sem o trabalho,
E que qualquer preconceito é moral e não ato falho.

Falam por aí com a boca cheia de alheio dinheiro,
Que arte é coletivo, que seu mestre é companheiro,
Enquanto eu dono da minha própria consciência,
Criei a minha própria filosofia, política e ciência.

Falam de mim por aí, até um tanto indecorosos,
Apenas tolos casados com políticos habilidosos.
E eu, quase analfabeto, de pai, de mãe e de puta,
Crio meu próprio alfabeto falando da minha luta.

Falam por aí, que estudaram literatura complexa,
Que aprenderam regras de semântica circunflexa,
Contam que cheiraram Baudelaire e comeram merda,
E eu lhes digo que poesia não se cheira, nem se herda.

Falam por aí, que poeta nem mesmo é escritor,
Respondo apenas: sou da palavra um escultor.
E aos que reclamam por eu ser chamado de Barata,
Digo que maldita é tua língua, aquela que me mata.

Falam por aí sobre o direito que têm à liberdade,
Mas esquecem de que o dever é o pilar da sociedade.
E eu, cujo direito ao respeito foi por eles revogado,
Tenho apenas eu mesmo por mim como advogado.

Falam com suas bocas que fumam a maconha,
Que o comunismo é a realidade do que sonha,
Alimentando o banquete do traficante estrangeiro,
Que derruba matas e chama índio de companheiro.

Falam e cospem em mim por não ter um diploma,
E digo que da sua doença eu não tenho o sintoma.
Sou formado nas esquinas pelas putas e escritores,
E não preciso de suas escolas criadas por ditadores.

Falam de mim, tiram minha nota do literário concurso,
E depois pagam por seu trabalho de conclusão de curso.
Meu diploma é de doutor, sou mestre de mim somente,
Um poeta analfabeto, e o único senhor da minha mente.

Falam de mim e nem sabem ser pai, nem artista,
E chamam de pai o ladrão e de mãe a terrorista.
Pensam que nasceram do ovo e que a mãe é santa,
Enquanto preciso esperar o almoço sem ter a janta.

Falam demais porque sua língua não cabe na cavidade,
E desconhecem as leis do retorno, e até a da gravidade.
Mas eu, que uma sepultura terei por moradia em breve,
Espero apenas que a morte a mim não entre em greve.

28/08/2019

A Democracia Que Desejam a Intercept, o Banco Santander e o Facebook

Um "amigo" ontem compartilhou uma postagem onde dizia que "a culpa dos incêndios na Amazônia era do seu voto". A publicação original era da IntercePT Brasil. Meu comentário: "Seu voto em 2002, 2006, 2010. É, seu voto em 1932". Bloqueei as  publicações da página em questão, sem qualquer comentário. E hoje recebo a informação do Facebook afirmando que eu me reportei com animosidade em relação a um anuncio da "IntercePT. Por coincidência, todas as ultimas postagens via fanpage que fiz nos últimos dias, foram bloqueadas, e até um link para o meu blog, feito numa postagem, que remetia a um texto sobre a banda Carro Bomba foi bloqueado.
Fora isso, há uns dias eu respondi num anuncio do Banco Santander que aquilo era forma deles arrecadarem informação, pois após colocar tudo o que foi pedido, a página do Banco não dava explicações e fechava o assunto. Também o tal banco reportou ao Facebook que eu agi com animosidade.
Estão os prints nesta publicação, se não for denunciada também.
- Coincidência ou não, nesta data a página "Barata Cichetto Escritor" atingiu 600 amigos.
- Sei bem quem é o denunciante. Nesta mesma semana li postagem dele incitando pessoas a denunciarem uma página. É um desses "Rockistas de Esquerda". Devidamente bloqueado.








sas

Criado-Mudo

Criado-Mudo
Barata Cichetto
https://twitter.com/mulhernuanacama

Ela era incômoda feito uma cômoda antiga e cheia de cupim dentro do meu quarto. Me acomodei. Virei peça do mobiliário. Quase um criado-mudo onde ela guardava seu papel higiênico e suas calcinhas. Comodamente me fiz de imóvel como um móvel encardido de madeira antiga que um dia foi útil. Quieto apenas olhando a bagunça na cama ao lado e recebendo toda espécie de coisa sem uso em cima de mim. Criado-mudo me fiz de surdo. Até o dia em que o quarto ficou pequeno demais e a cômoda ficou tão incômoda que a coloquei na frente do portão. Que os cachorros mijem nela até que o lixeiro a carregue.

25/08/2019

27/08/2019

Cabaré Pornopoético

Cabaré Pornopoético
Barata Cichetto

Minha poesia nasceu no meio das putas. E por elas. E para as elas. Minha primeira musa fazia ponto na Avenida São João. A partir daí, e lá se vão 45 anos, sempre foi assim: minhas musas sempre foram putas, mesmo que tenham sido esposas, ou foram esposas, mesmo sendo putas. Algo errado com isso? Errado chamar esposas de putas? Ou putas de esposas? Qual é a escolha certa? Minha poesia é das putas. E para as putas? Minhas lutas. Absolutas. Das putas. Pelas putas. As outras. São outras. Putas. Cansei de compor poemas no meio de outas bêbadas às três da manhã. E as três da tarde. Putas mijando de rir da minha poesia. E eu mijando na cara delas. Ejaculando poesia bem no meio dos seus peitos. Foram meu feitos. Eu era o poeta palhaço no meio do picadeiro. Do puteiro. E elas era putas querendo ser engraçadas. Desgraçadas. No meio do pardieiro. Elas eram putas e eu sobranceiro e fornido descendo as escadas como no Ulisses de Joyce. Eram tímidas aquelas putas da São João, eram temidas às da Radial. Fremidas as do meu quintal. Todas era putas e a todas eu beijei na boca. De todas chupei as bucetas. Mesmo das porcas fedidas cheirando a suor. Adelaide Carraro não mora mais aqui. O submundo da sociedade. Underground é coisa de inglês burguês. Punk de operário irlandês. E o bom Rock português? Em francês  pergunto os porquês. Nem quero saber em japonês. Em chinês ou em galês. Putas são putas em qualquer lugar do mundo. E também são putas os poetas do fim do mundo. Salope. Poète. Putas crentes são fedidas. Prefiro as arrependidas. Casei com duas. Detesto putas limpas. Porcas usando colares de diamante. E pulseira de barbante. De agora em diante. Caso apenas com poetas. Que são putas imundas. E gostam de bar suas bundas. Apenas para rimar. Vagabundas. Poetas são egoístas. Putas são artistas. Putas poetas são narcisistas. Maniqueístas. De agora em diante só caso com advogadas. São hedonistas. Por dever e profissão. Suas listas de leis, suas pistas e seus golpistas. Cansei de frígidas, de rígidas e de mal redigidas. Quero mulheres bem escritas, feito roteiros de cinema. Quero protagonistas. Quero mulheres bem elaboradas, ricas personalidades. Minha poesia nasceu no meio das putas. E no meio delas irá morrer. Comigo!

26/08/2019

26/08/2019

Let It Be, Let It Bleed, Let It Seed

Let It Be, Let It Bleed, Let It Seed
Barata Cichetto

Deixa eu dilapidar teus patrimônios, lapidar teus demônios, brindar teus hormônios, blindar teus heteronômios; dançar no teu cabaré literário e cavalgar teu pangaré temerário. Deixa eu mastigar tuas vestes e instigar tuas pestes; comer teu pastel e beber teu bordel. Comer teu pão de queijo, derreter teu não desejo e dissolver teu não ensejo. Deixa eu me queimar com teu café e teimar com tua fé; escorrer pelas tuas curvas e correr pelas tuas retas. Deixa eu envelhecer nas tuas idades e enveredar pelas tuas cidades; morrer por tuas necessidades, e viver pelas tuas vaidades. Deixa eu morder tua jugular e morrer de sangrar; te sagrar rainha e concubina do universo, ser teu verso e teu inverso. Deixa eu morrer de desgosto a seu gosto, em agosto, antes do verão te chegar, ou da aurora me cegar. Deixa eu me molhar na tua chuva e me encharcar na tua vulva; secar tua testa e me enfiar na tua fresta; ser tua festa, e o que mais resta. Deixa eu ser teu vampiro e teu suspiro; o ar que eu respiro e o poema que te inspiro. Deixa eu deixar te comer e parar de querer; deixa eu ser, deixa eu estar. Deixa eu querer?

26/08/2019