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28/03/2012

Purple Haze e a Graça de Deus (Ou: Ela Só Queria Ser Um Anjo)

Poema de Barata Cichetto




Este vídeo foi montando usando trechos de filmes pornôs da década de 1920 e 30 e do filme Fausto (Faust - Eine Deutsche Volkssage, 1926), Direção: F.W. Murnau, baseado na peça de Goethe, onde Fausto, um velho alquimista evoca Mefistofeles e lhe pede sua juventude eterna.

Foram utilizados três programas de edição de vídeo: o Windows Movie Maker, o Vegas e o Media Subtitler para a inserção das legendas (o texto). A narração foi feita como programa de código livre Audacity.

Autor, Narração e Produção do Vídeo: Barata Cichetto (2012)
Trilha Sonora: Luiza Maria - "O Anjo"; Jimi Hendrix - "Purple Haze"; Cynthia Witthoft - "The Beelzebub's Tales To His Grandson"; "Lucifer In Red Clothes" e "Lucifer Between Us".

Poema Registrado na FBN, contido no Livro "Cohena Vive!" - 2012

Purple Haze e a Graça de Deus (Ou: Ela Só Queria Ser Um Anjo)

Poema de Barata Cichetto




Este vídeo foi montando usando trechos de filmes pornôs da década de 1920 e 30 e do filme Fausto (Faust - Eine Deutsche Volkssage, 1926), Direção: F.W. Murnau, baseado na peça de Goethe, onde Fausto, um velho alquimista evoca Mefistofeles e lhe pede sua juventude eterna.

Foram utilizados três programas de edição de vídeo: o Windows Movie Maker, o Vegas e o Media Subtitler para a inserção das legendas (o texto). A narração foi feita como programa de código livre Audacity.

Autor, Narração e Produção do Vídeo: Barata Cichetto (2012)
Trilha Sonora: Luiza Maria - "O Anjo"; Jimi Hendrix - "Purple Haze"; Cynthia Witthoft - "The Beelzebub's Tales To His Grandson"; "Lucifer In Red Clothes" e "Lucifer Between Us".

Poema Registrado na FBN, contido no Livro "Cohena Vive!" - 2012

25/03/2012

Cum Mortuis in Língua Mortua


Cum Mortuis in Língua Mortua
Barata Cichetto
(Com os Mortos em Língua Morta) - Titulo de uma das peças da suíte Quadros de uma Exposição de Modest Mussorgsky)

Este vídeo foi montando usando trechos de filmes pornôs da década de 1920 e 30 e de documentários sobre a Segunda Guerra Mundia. Foram usados efeitos de luz e cortinas de fumaça, além de trucagens, com o intuito de criar a atmosfera pedida o texto. Foram utilizados três programas de edição de vídeo: o Windows Movie Maker, o Vegas e o DivxLand para a inserção das legendas (o texto). A narração foi feita como programa de código livre Audacity, e como trilha sonora, trechos de músicas de Cynthia Witthoft.

Produção do Vídeo: Barata Cichetto (2012)
Trilha Sonora: Cynthia Witthoft
If Hell is Eternal Pain, then Heaven is Eternal Orgasm, Let's Fuck!; The Second World War e Brazilian Demon Possession
2012
www.abarata.com.br
Poema Registrado na FBN, contido no Livro "Cohena Vive!" - 2012


Cum Mortuis in Língua Mortua


Cum Mortuis in Língua Mortua
Barata Cichetto
(Com os Mortos em Língua Morta) - Titulo de uma das peças da suíte Quadros de uma Exposição de Modest Mussorgsky)

Este vídeo foi montando usando trechos de filmes pornôs da década de 1920 e 30 e de documentários sobre a Segunda Guerra Mundia. Foram usados efeitos de luz e cortinas de fumaça, além de trucagens, com o intuito de criar a atmosfera pedida o texto. Foram utilizados três programas de edição de vídeo: o Windows Movie Maker, o Vegas e o DivxLand para a inserção das legendas (o texto). A narração foi feita como programa de código livre Audacity, e como trilha sonora, trechos de músicas de Cynthia Witthoft.

Produção do Vídeo: Barata Cichetto (2012)
Trilha Sonora: Cynthia Witthoft
If Hell is Eternal Pain, then Heaven is Eternal Orgasm, Let's Fuck!; The Second World War e Brazilian Demon Possession
2012
www.abarata.com.br
Poema Registrado na FBN, contido no Livro "Cohena Vive!" - 2012


22/03/2012

À Sombra de Objetos Inexistentes


"Apenas lunáticos enxergam o lado escuro da Lua, mas quem percebe a sombra de objetos inexistentes?". Este é o principio deste poema em prosa escrito por Barata Cichetto, que fala do desespero e solidão causados pela modernidade. O título é uma "resposta" à explicação pelos membros da banda Pink Floyd ao disco "The Dark Side Of The Moon". O texto é repleto de citações "floydianas" e particularmente é dedicado a um dos maiores gênios da música contemporânea, mentor e criador do Pink Floyd, Roger "Syd" Barrett.

"Antes do começo e depois do fim... A sombra... De objetos inexistentes.". o vídeo foi montando usando trechos de filmes pornôs da década de 1920 e 30 e de outros filmes antigos, como "Viagem à Lua", além de inserções narrando o poema. Foram usados efeitos de luz e cortinas de fumaça, além de trucagens, com o intuito de criar uma atmosfera de sombra e sexualidade, como pedia o texto. Foram utilizados três programas de edição de vídeo: o Windows Movie Maker, o Vegas e o DivxLand para a inserção das legendas (o texto). A narração foi feita com o programa de código livre Audacity, e como trilha sonora, trechos de músicas da banda Pink Floyd. 


À Sombra de Objetos Inexistentes


"Apenas lunáticos enxergam o lado escuro da Lua, mas quem percebe a sombra de objetos inexistentes?". Este é o principio deste poema em prosa escrito por Barata Cichetto, que fala do desespero e solidão causados pela modernidade. O título é uma "resposta" à explicação pelos membros da banda Pink Floyd ao disco "The Dark Side Of The Moon". O texto é repleto de citações "floydianas" e particularmente é dedicado a um dos maiores gênios da música contemporânea, mentor e criador do Pink Floyd, Roger "Syd" Barrett.

"Antes do começo e depois do fim... A sombra... De objetos inexistentes.". o vídeo foi montando usando trechos de filmes pornôs da década de 1920 e 30 e de outros filmes antigos, como "Viagem à Lua", além de inserções narrando o poema. Foram usados efeitos de luz e cortinas de fumaça, além de trucagens, com o intuito de criar uma atmosfera de sombra e sexualidade, como pedia o texto. Foram utilizados três programas de edição de vídeo: o Windows Movie Maker, o Vegas e o DivxLand para a inserção das legendas (o texto). A narração foi feita com o programa de código livre Audacity, e como trilha sonora, trechos de músicas da banda Pink Floyd. 


19/03/2012

Boot And Legs


Boot And Legs

Boot...
Boots..
Legs...

Legs and boots
Boots and legs
Boot legs
Leg boots

Fairies wear boots
Fairies wear boots ..Legs
Fairies wear boot... Legs
Fairies wear bootlegs

Boots
And
Legs...

Bootlegs

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Boop, Boop, Boop!
Behind the woop
Boops wear boots
Faires wear boops!





11/11/2011

18/03/2012

Rádio Barata - Programa 124 - 18/03/2012




Bloco 1 - Dropkick Murphys
- A Barata e Blogs
- Banda de Celtic Punk formada em Quincy, Massachusetts, Estados Unidos.
. Dropkick Murphys - Caught in a Jar
. Dropkick Murphys - Do Or Die
. Dropkick Murphys - Fightstarter Karaoke
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Bloco 2  - Zé Felipe
- Patrulha do Espaço
- Zé Felipe: Baixista, Zumbi do Mato e Rogério Skylab, além de projeto com Renato Pittas.
. Zé Felipe - Eu Só Quero Rock 'n' Roll
. Zé Felipe - Canção de Protesto
. Zé Felipe - Fim de Carreira
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Bloco 3 - Blackmore´s Night
- Hoje é Dia D... (Bell)
- Casal Ritchie Blackmore e Candice Night
. Blackmore´s Night - Black Night (Live @ Burg Veldenstein 2004)
. Blackmore´s Night - Child In Time - Live
. Blackmore´s Night - Diamonds & Rust (Live in Paris 2006)
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Bloco 4  - Los Saicos
- Rock And Roll Angels (Delma)
- Los Saicos: Segundo o "Dicionário de Punk e Hardcore" o Punk Rock não começou nos anos 1970 em Londres nem em Nova York, mas sim no Peru, distrito de Lince, em Lima. 
. Los Saicos - Ana
. Los Saicos - Camisa De Fuerza
. Los Saicos - Salvaje
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Bloco 5 - Onmyo-za
- KFK 1 Ano
- Onmyo-za (também conhecida como Onmyouza ou Onmyoza, significa "uma banda em Onmyodo") é uma banda japonesa do estilo Enka Metal que formou-se em 1999.Todos os nomes artísticos dos membros da banda têm duplo sentido, o que causa um certo senso de humor. Kuroneko significa, literalmente, gato ou gata). Generalizando, todos os nomes artísticos são relacionados ao gato. E sugerem que os 4 homens estão seguindo a "Kuroneko" ou, seja a "gata negra".
. Onmyo-za - Konpeki No Soujin
. Onmyo-za - Mezame
. Onmyo-Za - Nemuri
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Bloco 6 - White Witch
- White Witch: Glam Rock/Psychedelic/Hard Rock de Tampa, Florida que gravou tres discos entre 1972 e 1974. O nome  sugeria um contraponto a Black Sabbath e a magia negra.
- Sidnei Gonçalves (Sociouvinte)
. White Witch - Illusion
. White Witch - Parabrahm Greeting/Dwellersof the Threshold
. White Witch - The Gift
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Bloco 7 - Peter, Paul & Mary
- Peter, Paul and Mary foram um trio de Folk dos Estados Unidos, composto por Peter Yarrow, Paul Stookey e Mary Travers. O grupo surgiu em 1961, mas acabou em 1970. Retorno em 1978 até 2009. Os três membros do grupo foram ativistas políticos prolíficos  pelo seu envolvimento no movimento pacifista e outras causas. Eles foram premiados com a Peace Abbey Courage of Conscience  em 1990. Em 2004, Travers foi diagnosticada com leucemia. O trio Peter, Paul and Mary terminou em 16 de setembro de 2009, quando Mary Travers morreu aos 72 de complicações resultantes da quimioterapia. No mesmo ano o grupo foi incluído no Hit Parade Hall of Fame.
. Peter, Paul & Mary - 500 Miles
. Peter, Paul & Mary - Puff the Magic Dragon
. Peter, Paul & Mary - This Land Is Your Land
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Bloco 8 - Pandora
- Pandora: Quarteto norte-americano, formado pelo baterista da banda Granicus. O disco foi gravado em Cleveland, em 1977, mas foi lançado apenas em 1997. 
- Metal Jungle
. Pandora - Daze Of Madness
. Pandora - King Queen
. Pandora - Space Amazon
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Encerramento - Bell
. Kiss - Goin Blind


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Os Poetas Mortos da Sociedade


Quantos poetas e sonhadores enfiaram a cabeça no forno e transformaram em um bolo assado seus cérebros atormentados? Quantos enfiaram suas cabeças dentro de laços feitos com as cordas de incompreensão? Quantos apontaram à própria caixa craniana e atiraram sem piedade? Quantos morreram feito ratos, não por covardia, mas pelo desprezo e o asco que se lhes impunham? Quantos enfiaram no próprio peito as facas que lhes cortavam o caminho? E quantos tantos piraram e pairaram sobre a sociedade que lhes engolia e cuspia. Que lhes estuprava e lhes abduzia, mas não lhes seduzia?

Quando o afirma que sua poesia é sua arte é seu trabalho, e que seu trabalho é sua arte, o poeta é tachado de preguiçoso, vagabundo e ermo. O poeta luta, dentro de si, contra uma sociedade que insiste em tratá-lo como demente e inútil. E em colocar-lhe a pecha de doente e pervertido. E um poeta também tem fome, não apenas de diversão e arte, mas de comida e moradia.

Aos poetas a inanição, aos poetas o desprezo... E apenas a morte os consola. Não há saraus, não há ouvintes, não há poesia nos ouvidos e nem nos corações. A poesia está morta, O Rock está morto e sobram apenas a incompreensão e a angústia. E laços, gás, balas, veneno... É o que sobrou àqueles que acreditaram na poesia, que acreditaram...

Não há mais nudez, apenas a mudez e a surdez. Troquem de roupa, coloquem esse uniforme azul claro que transforma a todos em uma massa disforme de carne humana. São todos pervertidos, inumanos e vaidosos. E passem longe de meu velório...

18/03/2012



17/03/2012

Cohena Vive! - O Livro

(Pronuncia-se: "Córrena")

Composto de 54 poemas, a maior parte sobre a dor, a angústia, a incompreensão e apreensão sobre os destinos dos seres desumanos, "Cohena Vive!" é o 12º livro publicado pelo poeta, escritor, webdesigner, artesão e produtor de webradio Barata Cichetto, 54 anos completos, escritos no período entre 2011 e 2012. O terceiro em papel, incluindo o primeiro, de 1981, impresso em mimeógrafo a álcool. O segundo, uma junção de dois outros chamava-se "O Cu de Vênus" e tinha cerca de 100 poemas do autor. "Cohena Vive!" é mais um projeto da Editor'A Barata Artesanal, criada pelo autor, que publica livros artesanais em pequenas tiragens.

Antes que alguém pergunte, Cohena sou eu... Sou eu porque o nome Cohena, com referencia à minha pessoa apareceu num sonho que tive e que relatei na crônica-poesia que dá nome ao livro. "Cohena Vive!" é decorrência de um processo de composição e decomposição pessoal, fruto da percepção da decadência da espécie humana, que se arrasta por um planeta que ela mesma destruiu. Angustiado pela alienação com que a maioria das pessoas, embora portando armas poderosíssimas nunca sonhadas, se entrega aos dominadores e à falsa liberdade "proporcionada" pelas redes sociais... O que aconteceu com a capacidade de indignação das pessoas? Todos querem apenas o espelho, pouco importa se quebrado ou de cristal. O objetivo é o Eu, o Eumismo, termo que criei para definir a presente Era Humana.

Os poderosos descobriram uma forma de dominação sem sangue e sem tortura física, que é o de jogar as pessoas umas contra as outras através de leis e estimulo a atitudes pseudo politicamente corretas que teoricamente as favorecem, mas que apenas tratam de acirrar a intolerância. Assim, a sociedade foi transformada em algo inócuo, que age segundo seus próprios e egoístas interesses. Estamos então numa sociedade que apenas consegue conjugar a primeira pessoa do singular em qualquer verbo e cujo verbo mais importante é o “ter” e onde o fascismo disfarçado de liberalismo impera. A Sociedade Humana foi dominada e parece gostar muito disso, ou ao menos não se importar.

Então, "Cohena Vive!” é contra tudo isso. E nesse ponto Cohena sou eu. Sou aquele que, com a imagem pintada num muro, clama por humanidade. Minhas armas são minhas palavras, amontoadas umas em seguida às outras formando poemas.. A poesia está em você, querido amigo ou amiga, em frente à estas páginas, sejam elas impressas em papel ou pontos num monitor de computador... E usando a frase que cunhei, a partir de uma dita por Pablo Picasso: minha arte não é para decorar estantes, é antes de tudo, uma arma de guerra. Até quando Cohena vive? Até quando viver a Poesia! Agora "Cohena Vive!" E Cohena sou eu!

18/03/2012




16/03/2012

Leites e Lingüiças




"Mulheres mais velhas são diretas e honestas.
Elas te dirão na cara se você for um idiota, caso esteja agindo como um!
Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela.
Basta agir como homem e o resto deixe que ela faça...
Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 anos! Infelizmente isto não é recíproco, pois prá cada mulher com mais de 30 anos, estonteante, bonita, bem apanhada, sexy e resolvida, há um homem com mais de 30, careca, pançudo em bermudões amarelos, bancando o bobo para uma garota de 19 anos... Senhoras, eu peço desculpas por eles: não sabem o que fazem! Para todos os homens que dizem: 'Porque comprar a vaca, se você pode beber o leite de graça? Aqui está a novidade para vocês: hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento e sabem por quê? Porque as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma lingüiça!" - Arnaldo Jabor

Desculpem, Arnaldo Jabor e algumas mulheres que pensam de tal forma... Mas, estão todos errados. Ao pensarem e agirem assim as mulheres simplesmente passaram a agir da forma canalha como muitos machos as trataram. Gostar apenas de leite ou de lingüiça não é necessariamente uma boa dieta... Algumas pessoas enjoaram rápido dessa dieta única e começaram a gostar de leite, as mulheres; e de lingüiça, os homens. E isso não é nenhuma critica homofóbica, muito ao contrário. Porque um relacionamento decente está muito acima de leites e linguiças, passa por outros órgãos, digamos não menos nobres do corpo humano. Claro que as pessoas têm direito à dieta que desejarem e podem continuar a sua alimentação da forma que bem lhes agradar, incluindo ai inúmeros e variados tipos de leites e linguiças... E até mesmo sem nenhum desses produtos "animais". Mas os seres humanos com dignidade e respeito a seus mais íntimos valores estará sempre em busca de um companheiro ou companheira, não de um porco ou de uma vaca.

Luiz Carlos Barata Cichetto
16/3/2012


15/03/2012

Dia da Poesia


Dia da Poesia
Barata Cichetto

Tratemos nós, poetas de pau duro, em criar nossos poemas
E coloquemos neles belos desejos, mel e verdades extremas
Tentemos, que nos tratem por loucos, acreditar em Poesia
E acreditemos, pois que ela é, enfim, a religião da heresia.

14/03/2012


Frantisek Drtikol, Étude de la Crucifixion (1914)

14/03/2012

Da Capo al Coda


Qualquer dia apanho meu barco bêbado e parto em direção á África. Ser mercenário feito Rimbaud. Renegar minha poesia, comerciar armas e mulheres brancas de bucetas raspadas, mamilos roxos e cus cheirosos.  Um dia ainda serei igual a Baudelaire, colecionando gatos e compondo litânias a Satanás. Ou quem sabe, um dia serei feito Augusto e dissecarei cadáveres, corações e mentes. Não, um dia, quando eu crescer, quero ser igual a mim mesmo: colecionar litânias, dissecar almas e acariciar gatos e bucetas cheirosas enquanto amolo minha faca nas pedras do meu caminho.

Um dia ainda pego uma garrafa e bebo até, feito barco embriagado, ancorar em qualquer porto que tenha putas de beira de cais. E feito marinheiro perdido, amá-las feito um desesperado.  Um dia, um dia... Um dia ainda amanheço e depois durmo novamente nos braços de alguma megera espanhola de grandes tetas, ou de alguma matrona italiana de lábios gulosos e buceta peluda. Um dia, uma noite dessas ainda parto, dormindo no convés de um barco embriagado e descascando batatas em troco de rum. Piratas sanguinários, putas cheirosas e um gosto de dia que não amanhece.

Um dia, qualquer dia desses, depois de beber a noite inteira, acordo feito Drukpa Kunley, o santo budista das 5.000 virgens, e saio pelado pelas ruas, comendo belas e iluminadas bucetinhas em troca de cerveja. Minha iluminação passa pela luz de mercúrio das esquinas cheirando a mijo, sangue e dor. Minha iluminação passa pelas sombras de objetos inexistentes...

Um dia desses ainda deixo esse Inferno e causo uma rebelião no Céu, comendo a bunda cheirando a talco daqueles anjos assexuados. Afinal eu sou Poeta e os poetas são comedores de bundas de anjos. Ainda deixo esse frio dos infernos e vou tocar punheta em algum manicômio celestial. Poetas são santos? Nem demônios, acredite.

Gostaria tanto de pensar que sou livre, que posso sair, apanhar meu barco bêbado e cair de cara no meio das pernas de alguma puta tailandesa pompoarista. Mas por enquanto apenas escrevo para matar as horas que me matam, me consomem, segundo a segundo. E a cada segundo que morre, outro segundo nasce e durante um segundo, reina absoluto sobre a minha vida. E depois que morrem 60, morre um minuto, e depois de 60 deles uma hora; e 24 horas mortas depois morre um dia. Uns após os outros, morrem e renascem todos os soldados do tempo. Um exército sem fim.  Exército invisível.

Qualquer dia desses ainda apanho um barco cheio de putas e, bêbado, mato o senhor do tempo e me embrenho no mar tendo o horizonte por destino. Qualquer dia desses, qualquer hora dessas, a qualquer minuto, a qualquer segundo... 

Eu não bebo pra esquecer, esqueço pra beber. Ainda hoje tomo um porre, pego o primeiro barco sóbrio e me embrenho nas florestas selvagens dos teus pelos pubianos... Ouvindo Rock and Roll e seguindo a ultima banda de Rock que foi criada depois da hecatombe nuclear, as máquinas dominaram o mundo e não há mais Rock and Roll decente, nem bebida decente, nem cigarro decente... Aliás, não existem mais escritores e poetas decentes... 

Queimem os barcos, não pode existir retorno, assim determinou Cortez. Barcos bêbados carregam outros bêbados no convés, feito cegos carregando outros cegos. Barcos bêbados carregam marinheiros cegos e putas tristes e Garcia Márquez ainda tem saudade de ... de seus anjos velhos com asas enormes que caíram no galinheiro depois da tempestade.

Qualquer dia desses escrevo um poema, ou talvez uma crônica... Porque tem que rotular? Um poema pode ser uma crônica e uma crônica um poema, fodam-se os rótulos, fodam-se as regras gramaticais, prefiro as femininas. 

Qualquer um desses dias, ainda acampo em seu quintal em uma barraca de lona rasgada e então vamos fumar e beber e transar e rir e chorar e depois vamos acordar com a angustia de um marinheiro cego que não enxerga a beleza do mar e não sabe que pode sentir tal beleza do mar apenas respirando fundo. Vamos respirar fundo, vamos nos cheirar, vamos nos respirar.  Uma barraca é o que um ser humano precisa para sua felicidade, democracia é uma mentira bem contada. A religião e a democracia são apenas formas de separar ainda mais os seres humanos. Mentiras piedosas e piedade é falsidade e falsidade é mentira...

Qualquer dia desses mergulho no mar, pelado feito um pensamento e depois me afogo na saliva de deusas virgens... Existem deusas virgens? Alguma que Drukpa Kunley nunca tenha comido?  Quero uma cerveja! Sem gelo por favor! Uísque só cowboy, ou com água. Uísque não é cão engarrafado, ô seu Moraes! O cão é que é uísque com rabo e pelo. Mas eu prefiro os gatos. São livres, portanto numa metáfora idiota, gatos são igual a cerveja... Ou aos barcos bêbados.

Em Nova Iorque "as pedras estão inchadas de calor e suando sangue". Este e apenas um dos Fragmentos de Sabonete. Mautner era maldito, agora é figurinha carimbada, cu e rola com Caetano, o chato. Eu gosto mais do Mautner escritor. Mais honesto! Itamar era maldito e Walter Franco deixou de ser, e igual aos outros compondo musiquinhas idiotas... Onde anda a Rebeldia? Morreu nos anos 70... Acabaram os rebeldes ou as causas? Arnaldo Baptista, o falso-louco, perguntou: "Onde é que está meu Rock And Roll?" Pintaram o Arnaldo como Syd Barret tupiniquim.. Que merda! Sempre tem que ter alguém "Fulano Tupiniquim" Ô terra de babaca! Terra de mico de circo. E eu, sou quem "Tupiniquim"? Ah, eu sei, sou o Barata Cichetto Tupiniquim... O original é um ser do mundo, um cidadão universal, que acredita na frase de Kafka, bem interpretada pela minha amiga Anna G.: "Os pés são mais importantes que o chão que se pisa".  Kafka está morto e seu ultimo desejo não foi cumprido. Max Brod foi um traidor. Não respeitou o pedido do amigo moribundo. Não o fosse, não teríamos sua obra a nos contemplar (sim, a NOS contemplar, pois em Kafka a obra é que nos contempla). A decisão de Brod foi uma das coisas mais importantes para a arte mundial, mas foi um ato de traição. Acaso existisse vida após morte, Kafka teria perdoado Brod?? Eu não o perdoaria. E talvez eu faça a mesma coisa: queimem tudo, queimem meus escritos, queimem, queimem, queimem. Renegar e queimar antes de morrer.. Só me falta um amigo pra pedir. E que não me traia como Brod traiu Kafka.

Qualquer dia eu apanho, bêbado, um barco e vou para Praga ver o tumulo de Franz, depois vou até San Pedro, na Califórnia e tentar... Tentar, tentar, porque era isso que na verdade Buk queria. Vou tomar uma cerveja e mijar na grama em volta da lápide. E escrever com urina: “Eu tentei, velho safado!”

Aí, mulher! Quer escutar um som comigo? Porra, agora chamam o ato de ouvir música de “Escutar Um Som!”. Porra, musica não é apenas som. Som é barulho, qualquer coisa, sem ritmo sem harmonia, sem nada. Um peido é um som e não é música; um arroto é um som. Música é outra coisa. Um grito é um som, um gemido é um som. Embora ambos possam ser musica também. Um grito de dor pode ser um Blues, um gemido de prazer pode ser um Rock’n’Roll. Gemido de tesão é musica pura, não é um som apenas. O uivo de um lobo é um som ou uma musica? O miado de um gato, latido de um cachorro... Então, mulher, sente junto a mim e vamos escutar o som dos meus peidos, meus arrotos, e depois eu escuto a musica de seus gemidos de prazer. O grito de dor é a sinfonia do carrasco.

Um dia desses, uma hora dessas, eu pego meu barco e afundo, nas águas quentes do mar da morte. E queimem minha carcaça e queimem meus livros, que isso não é coisa de deixar as gerações futuras que terão problemas demais para ainda ler essas merdas que eu escrevo. Algum amigo Judas-Brod para executar meu testamento? Acaso o querido leitor esteja lendo este texto depois da minha morte, é porque meu amigo me traiu também. Então me faça um favor: rasgue, apague, delete... Ou qualquer termo no futuro que signifique: esqueça isso e vá fazer coisa melhor. Esqueça-me que não quero ser lembrado depois da morte, quero ser amado em vida.  E também caso minha vontade tenha sido cumprida, não há sepultura com lápide para visitar e mijar, porque a poeira não pode ser visitada. Em todo caso em uma lápide imaginária estará escrito: “Fui!”

E antes que eu esqueça alguém me diga se isso aqui é um poema em prosa ou uma crônica... 

15/09/2011


Nude Sea Sirens. 1866 Picture. Lubok?

13/03/2012

Estatísticas Pessoais Poéticas

Um balanço que fiz recentemente resultou no seguinte:
Escrevi quase seiscentos (600) poemas, sendo que muitos foram jogados fora, por mim mesmo por considerá-los ruins, ou por outras pessoas que assim o julgaram... Atualmente existem 500 catalogados. Então, numa conta rápida, teremos aquelas coisas que as pessoas gostam: estatísticas, números:
-  Tenho 54 anos e comecei a escrever poemas aos 15... Portanto: 54 - 15 = 38
-  Entre 1982 e 1997 não escrevi uma linha sequer, ou apenas umas poucas coisas que foram jogadas no lixo, conforme relatado acima. 15 anos sem crime algum... Portanto: 38 - 15 = 23.
- Durante os últimos dois anos também não escrevi mais nenhum poema, certo de que não tinha mais nada a escrever usando tal forma de comunicação. Nesse tempo, "apenas" a obra "Ópera Rock Vitória", com 33 poemas que não estou considerando neste cálculo.... Portanto: 23 - 1 = 21...
- Resumo: 500 poemas em 21 anos... Dá 23 e poucos poemas por ano, ou 2 a cada mês...

E ai fico pensando o que isso significa... Pouco? Muito? Poesia não é medida assim... O fato é que com quinhentas poesias hoje escritas e, a maior parte dela publicada em meu site (www.abarata.com.br), apenas pouco mais de uma centena está publicada em livro, impressa.. E mesmo assim por uma iniciativa própria, através de um esquema de auto-edição, com tiragem ridiculamente pequena... Prêmios literários?? Nenhum... Participação em concursos... Sim... No ano de 2010, em quase 50 deles... E chega!

Conclusão?? Ah, a conclusão é sua, não minha... Quando foi que leu a ultima poesia? E não falo de coisas dos grandes autores, copiadas e coladas em profusão no Facebook... Então.. Conclua minhas contas...


06/03/2012

Facebookismo

O Facebookismo é um movimento anti-literario que tem por caracteristicas o Egoismo, o Umbiguismo e o Eumismo... (Barata Cichetto)

Cohena Vive!

Cohena Vive!
(Leia-se: "Córrena")
Luiz Carlos Cichetto

Daqui a pouco irá amanhecer. São quatro e meia da manhã, e daqui a pouco... "Cohena é um ser humano", disseram em meu sonho. "Não jogue terra sobre ele!" Cohena? Sim, sou eu! Cohena. Nome estranho, personagem estranho até mesmo para um sonho... Mas os sonhos têm licença poética, diriam os poetas... Aqueles que também não dormem ás quatro e meia da manhã.

Daqui a pouco minha mulher estará acordando e eu farei o café para ela, lhe darei um beijo e ela irá trabalhar, contente por ajudar o marido fracassado em manter o aluguel do porão que chamamos de lar. E eu estarei deitado, cansado depois de uma noite de pesadelos e poesias. "Não joguem terra sobre Cohena, ele ainda respira!", diria a personagem de meu pesadelo á outra, enquanto eu escorregaria por uma montanha de terra e entulhos. Falta o ar. São quatro e meia, quase cinco da manhã e Cohena não dorme. Aperta as teclas e parece querer esmagar a todas feito batatas cozidas... Quase cinco... O cursor piscando, piscando, piscando... E Cohena não consegue dormir.  “Deixem Cohena dormir...!” 

Bem que eu poderia ler um livro de poemas ou assistir um filme pornô. Não! Fotos eróticas? Também não... Ou melhor, talvez seja interessante, sim. Fotos eróticas de mulheres sem pelos pubianos, bicos pequenos e duros.. bundas... Bundas! Cohena gosta de bundas, não joguem terra sobre Cohena.

São cinco, mais de cinco horas da manhã agora e as fotos ficam desbotadas aos olhos cansados de Cohena. As fotos, as mulheres, os peitinhos... Desbotados e cansados feito os sonhos de Cohena, aquele que ainda vive.

Queria calçar minhas botas, fechar o cinto das calças e ir até um bar e encher a cara de cerveja. Mas odeio bares, musica popular melosa e bêbados de fala pastosa. Odeio coisas grudentas e pastosas. Odeio donos de bares e odeio a sensação horrorosa da bebida, o torpor estúpido e a falta de controle sobre mim mesmo, sobre minha mente... Odeio! Não gosto de bares cheios de putas prontas a roubar meu dinheiro, fedendo a urina e formol. Odeio putas que jogam bilhar e mascam chicletes ao mesmo tempo em que bebem cerveja. Odeio bêbados pastosos, bares sebosos, putas melosas e bebidas sem rima. E também não tenho nenhuma garrafa de bebida em casa, apenas café. Café e cigarros. Cafeína e nicotina são minhas drogas... Não joguem terra sobre Cohena, deixem que ele morra dentro de meus sonhos, dentro de meus pesadelos, deixem que ele morra!

Mais de cinco... Cinco e vinte... E o tempo... Esse carrasco maldito que cavou sulcos em minha face, que tingiu de branco meus cabelos, que transformou minha pele numa coisa quebradiça e flácida. Maldito carrasco que não espera o amanhã chegar, que transforma o hoje em ontem, o segundo anterior em apenas lembranças... "Daqui a pouco irá amanhecer", assim começou esse texto, mas isso já é passado, porque o tempo não espera que eu termine agora, apenas depois. E depois, quando terminar não será depois, será o agora... Depois...

Depois... "Deixem Cohena em paz!" Pesadelos são fracassos que tomam forma, desejos que tomam nossas mentes enquanto dormimos... E de fracassos e desejos, de desejos fracassados somamos noites e noites sem dormir direito. Quatro e meia da manhã era, agora são quase cinco e meia e nem sei quanto demora ainda a amanhecer e os trabalhadores sairem em direção a estação de trem, chacoalhando suas existências miseráveis em busca de um amanhã que no fim nunca terão. No fim da linha do trem apenas a morte, nada mais.

Os trabalhadores que chacoalham no trem a caminho de um trabalho miserável, também sonham que são Cohena? Cohena habita também os pesadelos dos trabalhadores? Ou apenas dos idiotas poetas insones e insanos? Cohena vive dentro deles?

Amanhece, amanhece... Quero a manhã, o amanhã... Enquanto os ponteiros do relógio esmagam minha cabeça e eu as teclas do computador, minha mulher dorme, linda, tranquila... Estaria ela também sonhando que é Cohena? Não atirem pedras em Cohena, não atirem terra sobre ela. Ela é tão doce, ela é tão meiga e tão sensual que nem acredito que está ali, deitada em minha cama enquanto eu permaneço acordado numa noite que deveria estar dormindo abraçado à sua nudez. Sua mudez é linda e sua beleza é muda. “Cohena está vivo!”, picharam no muro dos meus pesadelos. E “Cohena é Deus”, em outra parede descascada e desbotada.

Eram quatro e meia da manhã... Mas agora é bem mais. E o sol empurra a janela e entra, machucando e queimando meus olhos acostumados à escuridão desse porão que chamamos de lar, enquanto minha mulher ainda dorme, nua feito a Lua. Não sou mais só, não estou mais só. Cohena?  O Sol conhece Cohena? Seria Cohena o Sol?

Mas Cohena é apenas um pesadelo e minha mulher acorda e sai para trabalho, enquanto eu deito e tenho pesadelos em que sou Cohena, apenas um poeta, um escritor que não consegue dormir nem as quatro meia da manhã, enquanto trabalhadores se preparam para acordar e ir ao trabalho, sustentando seus lares, pagando o aluguel de porões que chamam de lares.

Mas eu, eu sou Cohena, aquele que ainda respira deslizando em um monte de terra e entulho enquanto as mulheres sujas e desgrenhadas gritam de dentro de um carro amassado: “Cohena Vive! Não joguem terra sobre ele. Cohena é um ser humano!”

6/3/2012


03/03/2012

John Cage


"Toda obra de arte é um ato criminoso." - John Cage... Ao que acrescento: toda arte tem que ser um ato criminoso, mas uma obra de arte é, digamos, um crime perfeito.


John Milton Cage Jr. (5 de setembro de 1912 - 12 de agosto de 1992). Compositor, poeta, pintor, teórico musical experimentalista e escritor. É o compositor da famosa peça 4'33", pela qual ficou célebre. Composta em 1952, a peça consiste em 4 minutos e 33 segundos de música sem uma nota sequer.