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Meu terceiro poema, sobre o desafio proposto pelo amigo Daniel Kobra Kaemmerer, para que eu publicasse 4 poemas em 4 dias e convidasse 4 amigos a fazer o mesmo. . E continuo publicando poemas meus que estão no meu livro "Troco Poesia Por Dinamite" E assim, também mantenho meu convite aos amigos Carlos Manuel, Joanna Franko, Nua Estrela e Denise Ávila, para continuarem com este desafio, sempre convidando mais quatro amigos e promover a difusão poética nesta rede social.
Troco Poesia Por Rock'n'Roll Barata Cichetto (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
A nenhum poeta é permitido seguir os passos de Rimbaud, o cínico E passar alguma Temporada no Inferno, com o olhar de um clínico Quanto a mim trago o Inferno nas mãos e espalho sobre a Terra Santa E prefiro me lambuzar com o melado de putas a foder virgens na janta.
E a nenhum é permitido largar a poesia, tal Rimbaud, o mercenário Aos poetas é permitido ter dinheiro sem guardar a alma no armário E quanto a mim, me permito não ter luxos, médicos ou puteiros caros De forma a manter minha obra com sensos que atualmente são raros.
A ninguém é permitido ler Rimbaud nem Bukowski com olhos de vício O ópio e a bebida não constroem um poeta, que o é por seu sacrifício Mas quanto a mim, não desejo ser cordeiro, nem o mártir de esquina Apenas viciado em letras, em notas e nas pernas de uma doce cafetina.
E a nenhum, seja Dos Anjos, Verlaine ou Baudelaire, o poeta algo deve Pois Poesia é o Espírito Santo e a Sagrada Alma daquele que a escreve Quanto a mim, não acerto contas com outros criadores por ser deidade E se há deuses no Infinito são eles poetas cheios de egoísmo e vaidade.
O amigo Daniel Kobra Kaemmerer lançou o desafio e eu o aceitei Aqui está a minha primeira poesia, a primeira das quatro que devo publicar nos próximos quatro dias. E como as "regras" dizem que devo publicar poesia, gostaria de compartilhar nesses quatro dias quatro poemas meus que estão no meu livro "Troco Poesia Por Dinamite" E assim, também deixo meu convite aos amigos Carlos Manuel, Joanna Franko, Nua Estrela e Denise Ávila para participarem deste desafio, sempre convidando mais quatro amigos e promover a difusão poética nesta rede social.
Troco Poesia Por Dinheiro (Registrado no Escritorio de Direitos Autorais)
Não fosse por Baudelaire eu seria um poeta incomparável E não fosse por Rimbaud seria um mercenário inigualável Mas da forma que a Poesia deseja, sou poeta despejado Pobre e desconhecido, pelas amantes homem indesejado.
A Europa está morta e a África fede a defuntos insepultos E eu caminho na sujeira da periferia entre bichas e putos Mas da forma como a Poesia me deseja, sou amante total Maldito poeta, fodendo doentes com sua síndrome mortal.
Queria mesmo era foder e ter dinheiro, foda-se a hipocrisia Ter dentes inteiros, roupas decentes, mas tenho só a Poesia E que grande bosta nascer poeta, eu preferia ser natimorto Ou ter a sorte de ser apenas outro ato hediondo de aborto.
Quem sabe o que faria minha mãe se ao olhar àquele ser Soubesse que em lugar de médico seria poeta ao crescer Decerto num ato de vingança contra a natureza maldosa Me jogaria na latrina e iria dormir com a mente insidiosa.
Segundo poema, sobre o convite do amigo Daniel Kobra Kaemmerer, que lançou o desafio, para que eu publicasse 4 poemas em 4 dias e convidasse 4 amigos a fazer o mesmo. . E continuo publicando poemas meus que estão no meu livro "Troco Poesia Por Dinamite" E assim, também mantenho meu convite aos amigos Carlos Manuel, Joanna Franko, Nua Estrela e Denise Ávila, para continuarem com este desafio, sempre convidando mais quatro amigos e promover a difusão poética nesta rede social.
Troco Poesia Por Sexo Barata Cichetto (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
Uma dessas noites vagabundas, cheias de filhos do poder Eu, bêbado e encharcado de chuva e de vontade de foder Trafegava pelas esquinas cheias de putas e de seus filhos Quando uma, que não conheci por causa dos seus brilhos Pediu meu isqueiro, meu dinheiro ou algo que eu não tinha E eu lhe dei um livro, que era bom no lugar de onde vinha.
Mas eu não sei se por não saber ler ou por pura safadeza A desgraçada, malcriada e certa de sua certeira esperteza Sorriu e disse que aquilo não daria de comer aos rebentos E que só queria era foder por dinheiro, e sem documentos Pois um livro, ainda pior, repleto de poesia de nada lhe valia Mas era essa minha fortuna e eu queria foder aquela vadia.
E depois de eu ler uma dúzia de poemas, imune ao seu bocejo A vagabunda me deu a buceta atendendo meu obsceno desejo E quanto eu a comia, outro poema em minha cabeça crescia Tão intenso e tão maldito, enquanto eu subia e a puta descia Que quando gozei, com minha porra em sua calcinha negra Escrevi sobre a maldição de todas as putas de origem grega.
Não se assuste e não zombe de mim quando conto a epopeia De um poeta que não trocou por nada sua vida e sua ideia Mas o fato, que relato ao leitor, por mais que ache sem nexo Foi que troquei minha poesia por um instante rápido de sexo E se acham que fiz mau negócio dando poesia por um prazer Afirmo que nada mais sobre a arte e a poesia posso lhe dizer.
Devassa da Freeway (Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
"The eyes that just stare, and a glance at the clock And the secret that burns, and the pain that won't stop And it's fuel is the years / Leading me on..." - Robert Plant - Big Log
Há uma devassa na estrada, uma barata tatuada nos seios E são dela meus desejos, da barata é que são meus receios Nos olhos a vontade de ser e no corpo a liberdade de viver E somente baratas na estrada conhecem o que é sobreviver.
A devassa na estrada, cervejas, motocicletas e nada de gozo E eu que apenas ejaculo poesias, algo que é muito perigoso Mas a estrada é do perigo como o desejo da poesia a ignição Então acendo o farol, e acelero com vontade em sua direção.
Na estrada há poesia, na devassa versos sem métrica e rima E em universos paralelos, as vias secundarias da autoestima Pois então devasso inteiro seu pudor, um poeta a seu dispor Imaginando loucuras que nem sua imaginação poderia supor.
Mas se há uma devassa na estrada, ela então será intensa E a barata nos seus seios, a minha sofisticada recompensa Nos desenhos secretos das coxas e nos retalhos acetinados Guardo seus segredos escuros em poemas mal alimentados.
O desejo é uma motocicleta veloz correndo na estrada escura Perigosa via, de mão única que se trafega de forma insegura E quando não há destino nem retorno, que se siga em frente Até que a luz se faça ou que lhe surja um caminho diferente.
Acelerar na estrada escura, perigos nos caminhos do prazer Na perigosa sina do asfalto que aos delírios pode nos trazer E não há medo ou vergonha na estrada, apenas desejo puro Decerto estrada não é lugar para quem tem medo de escuro.
Não cale o rugido do motor a gritar dentro da madrugada Rompendo a manhã serena como tiros de uma espingarda Veja com meus olhos, não há como enxergar o que te cega E se a claridade te ofuscar mire a escuridão que te renega.
Na estrada existe uma demônia e na rua um anjo mijando E sua urina é tão pura quanto a bunda que estou beijando Barata nos peitos, na bunda coração em formato de flecha E na rua vadios quebram copos num bar que nunca fecha.
Se desejar não é permitido, pois que me chegue a inspiração E se não gozo escrevo e se não faço falta o ar da respiração Escrever é gozar de pau duro sobre folhas púbicas sem pelos Pois ejaculo poemas em folhas de papel sem eróticos apelos.
Há uma devassa em minha poesia, e devasso suas entranhas Rompo a estrada negra, bebo a saúde de criaturas estranhas E me entrego à saudade perdida em alguma companhia fútil Sabendo que todo prazer é vil e toda companhia tanto inútil.
Ligo meu motor, deixando escorrer a estrada debaixo de mim Não há estrada por onde chegar longe, estradas são meu fim Mas se corre meu tempo, não há o que temer senão o morrer E se a estrada me leva apenas a esquina, não há como correr.
Guardo minhas palavras agora, meu tesão oculto e suprimido Nada há que não se possa esquecer depois de um comprimido Mas se na devassidão da estrada e se o ronco do motor rugir Saibas que a imensidão da poesia é um bom lugar para fugir.
Deep Purple - (Shades Of Deep Purple) - Prelude - Happiness - I'm So Glad Paul McCartney - 10. Helen Wheels Allen Ginsberg & Paul McCartney - The Ballad Of The Skeletons Motorhead - Orgasmatron (Spoken Word)
Danzig - Godless Ruth Copeland - Play With Fire Discurso do Filme A Nascente (Gary Cooper, 1949) - Ayn Rand Rush - Anthem
Robin Trower - Live - Too Rolling Stoned Carro Bomba - Pragas Urbanas Natalie Merchant - Adventures Of Isabel (Poema Ogden Nash)
Encerramento: - Barata Cichetto - O Caminhoneiro e o Roqueiro - Homenagem a Percy Weiss
"Quando Percy Weiss nasceu, 'Voz', um dos deuses do Rock proclamou à humanidade: 'Aqui tens, humanos, a minha descendência, meu dileto filho. Será este que lhes entrego, Percy Weiss, aquele que lhes encantará e trará emoções com sua Voz. Será ele, a Voz do Rock.” (Trecho inicial do release escrito em 2007)
O Caminhoneiro e o Roqueiro (A Agostinho Santos e Percy Weiss, que partiram hoje)
Das mãos do caminhoneiro, da garganta do cantor, a arte E se a maior é a da existência, ambos fizeram a sua parte Cumpre-nos apenas seguir o féretro, perdidos na estrada E sobramos nessa sina de dor, em uma saudade apertada.
Dos fados e do blues, a voz e a vez de um par de artistas Que a morte agora carrega nas suas asas de aço egoístas E na estrada mortal, a caminho do lugar que nem existe A malvada espera o bom artista e o caminhoneiro triste.
E a voz ainda ruge e o trovão surge do fundo da garganta Poemas não nos bastam, há horas que poesia não adianta Se nunca calar é o lema, não chorar o tema nunca escrito Silêncio daqueles que em palavras não pode ser descrito.
A voz não sucumbe, voz não morre, é apenas delírio final E nunca bastamos, nunca estamos a frente da morte afinal Uma tristeza daquelas, de ateu poeta e maldito sem direção É a de quem perde um amigo e o sentido que dita o coração.
Barata Sem Eira Nem Beira 2015 Programa 01 - 20/04/2015
Alice Cooper 01- Abril -1974 - Brazil - Muscle Of Love Camisa de Vênus - A Ferro e Fogo (Ao Vivo) Grand Funk - On Time - Heartbreaker (1969) Morphine - Radar / The Only One - Barata Por Barata - Manifesto Underground
Muqueta na Oreia - Primogênito de Uma Meretriz Orion's Beethoven - Amistades Desparejas Rush - The Anarchist Truth And Janey - It´s All Above Us - Barata - Carro Bomba - Fui
Outro Destino - Apenas Uma História T-Rex - Children Of The Revolution Gil Scott-Heron - The Revolution Will Not Be Televised Raul Seixas - Novo Aeon - Barata - Aforismo Ciberpajé
E agora, que os subterrâneos não são mais de veludo Que não há mais a mulher tetuda e o homem peludo? E agora, que meu arco-íris está desbotado e imundo E não há mais buracos onde se esconder do mundo?
As minhocas olham para cima e não enxergam Pink Floyd Não gosto do Arnaldo Baptista, onde é que está meu Rock?
E agora, que não existem mais virgens, nem putas a parir? E se não há motivos para chorar, nenhuma razão para rir Nenhum porquê de viver, vários de morrer, sem esperança Pois é ela, a que se espera, apenas um sorriso de criança?
As minhocas morreram ao sol, Syd Barrett gordo e careca As águas que rolam carregam pedras, nada pode ser feito.
No Rock havia o sonho, independência e vida por instantes Alice Cooper não mora mais aqui, nesse país de mutantes E se não há mais veludo nem underground, sem camurça azul Meus sapatos estão guardados até que eu possa andar ao sul.
As pedras não rolam, não há mais glória no Rock, só história Ela de fato queria ser um anjo, e eu queria comer sua bunda.
Mas agora a poesia morreu e restam apenas poetas de chapéu Não há caixas de som em árvores, nem noivas cobertas de véu E não culpem ao dinheiro, pois é o poder aquilo que lhes domina Tanto que não é o demônio, mas o santo que ao anjo extermina.
Mas ainda há Gatos & Alfaces, like a rolling stone, oh baby blue It's all over now, e Bob Dylan comendo pastel na feira de quinta.
Mas agora, que estão empoeirados os meus discos de vinil Reclamo da falta de acordes sinceros e detesto Gilberto Gil Buarque o burguês tem inveja de pobre, Caetano é um tolo E eu nem sei se vomito ou se como outro pedaço desse bolo.
Golpe de Estado, um Carro Bomba e Patrulha ainda no Espaço Oswaldo conta histórias enquanto bebemos cerveja na Galeria.
Domingo de manhã, Lou Reed morto, eu sem eira nenhuma A poesia consola e o Rock ainda pulsa, sem duvida alguma E as minhas gatas dormem sobre minhas pernas doloridas Não sei se pinto as paredes de branco ou as deixo coloridas.
E o underground não é mais de veludo, mas de plástico bolha Embalado para presente, caros presentes sem futuro nenhum.
Há um tesouro no fundo do baú e o baú no fundo do poço E estou velho demais para tanta tristeza na hora do almoço Mas ao sul de Parador há um nobre a quem chamo ditador Sob o sol do norte morre um pobre sob as balas do atirador.
E sob a fúria de Titãs, um poeta não fingidor, mas um Pessoa Num grito rompe o rito e o mito do Rock jamais será o mesmo.
No submundo habita o underground e isso não deu no jornal E na farsa da força, à força deu um beijo e nela fez o sexo anal O aborto é crime a quem não dou perdão e nem desculpas E acima do direito ao corpo há o dever da vida e suas culpas.
Lennon disse para imaginarmos um mundo com menos posses Mas morava no Dakota e agora está no Céu com Diamantes.
Agora construo minha casa com pregos e martelo na madeira Esmago os dedos na escada e pinto com verniz outra cadeira Vinho barato antes do jantar e meu braço cansado de martelar E depois de tanto tempo tenho aquilo que posso chamar de lar.
Nos setenta eu tinha calças com boca de sino, anel de caveira E o gosto incrível pelas musicas que tocavam no rádio de pilha.
Um dia sonhei que comia a Patti Smith debaixo do palco escuro Era um tempo de solidão, de um desejo sujo, um tanto obscuro Mas eu a comia, e Iggy, a iguana verde e gosmenta se debatia E todos sabíam que era pelo demônio que ela tinha simpatia.
Um dia fui hippie e lendo histórias de Zéfiro eu batia punheta O perigo na esquina, e revistas suecas dentro das fotonovelas.
Nos subterrâneos haviam sonhos, pesadelo hoje é a intolerância E se no porão haviam os socos, a dor surge agora da arrogância Ando com medo por ruas perigosas tingidas de rubro e amarelo E agora não há dor que eu não sinta, pois meus ossos são farelo.
Hoje nada mais é proibido, tudo é divino, permitido e maravilhoso E se nada é proibido, me é permitido proibir aquilo que é perigoso.
Termino o meu manifesto underground cagando pelas pernas Provando que na poesia nem no Rock as mentiras são eternas E se há alguma verdade nisso tudo, está dentro da sua cabeça Pois se falo é porque qui-lo, algo para que de mim não esqueça.
Não há nenhuma chave na porta, mas dentro do seu estômago Vomite e a encontre, pois a porta é a sua única real esperança.
Mais uma esquina deixei pra trás Mais uma luz se apaga Não vejo sombras na calçada Mais um lugar ficou pra trás Eu não escuto nada Deus não me vê na madrugada
Down Down Down Down na estrada Down Down Down A cada milha andada
Nuvem negra me deixa em paz O corpo sente a calma Não cabe na ampulheta O deserto da minha alma Bolsos vazios e nada mais Diversas histórias Discos e acordes Guardados na memória
Down Down Down Down na estrada Down Down Down A cada milha andada
O Caminhoneiro e o Roqueiro (A Agostinho Santos e Percy Weiss, que partiram hoje) Barata Cichetto
Das mãos do caminhoneiro, da garganta do cantor, a arte E se a maior é a da existência, ambos fizeram a sua parte Cumpre-nos apenas seguir o féretro, perdidos na estrada E sobramos nessa sina de dor, em uma saudade apertada.
Dos fados e do blues, a voz e a vez de um par de artistas Que a morte agora carrega nas suas asas de aço egoístas E na estrada mortal, a caminho do lugar que nem existe A malvada espera o bom artista e o caminhoneiro triste.
E a voz ainda ruge e o trovão surge do fundo da garganta Poemas não nos bastam, há horas que poesia não adianta Se nunca calar é o lema, não chorar o tema nunca escrito Silêncio daqueles que em palavras não pode ser descrito.
A voz não sucumbe, voz não morre, é apenas delírio final E nunca bastamos, nunca estamos a frente da morte afinal Uma tristeza daquelas, de ateu poeta e maldito sem direção É a de quem perde um amigo e o sentido que dita o coração..
"E quero quebrar meu silêncio em pedaços tão pequenos que não se possa juntar De fato quero fazer tanto barulho, um ruído tão grande que não se possa escutar."
Estes versos definem o retorno do programa "Barata Sem Eira Nem Beira" a Stay Rock Brazil, depois de mais de um ano.
Sempre apresentando Rock de todas as cores e sua poesia em preto e branco, o poeta, artesão de livros e editor da revista Gatos & Alfaces, Barata Cichetto, traz à rádio um programa onde o objetivo não é a diversão, mas o pensamento critico, plural e catártico.
Barata Sem Eira Nem Beira Produção e apresentação Barata Cichetto, para a Stay Rock Brasil, a Rádio onde você vive... Rock Todas as Segundas as 22:00 Estréia dia 20 de Abril www.stayrockbrazil.com.br
Pois tenho feridas e calos imensos nas palmas das mãos E nas costas chagas doloridas de carregar meus irmãos Filhos não há por diminuir a carga, socialistas por inércia Enquanto eu reacionário, sou comparado ao rei da Pérsia.
Quase sessenta e antes longos, meus cabelos são ralos E se outrora fui Barata, agora sou apenas o Luiz Carlos Mas se entretanto e portanto fui e sempre serei o poeta Um dia serei apenas um defunto como previu o profeta.
Descreio das sinas, dos destinos e da praga santificada Sofro por minha crença e busco a prostituta crucificada Fui condenado ao desprezo por um tribunal de exceção E meu direito a paternidade executado pós condenação.
No fim das contas, faço cálculos, mas não chego ao resultado A quantas penas de morte um homem poderá ser condenado? Na Sexta-Feira da Paixão, sinto a dor de toda a cristandade E concluo que na espécie humana não é possível Irmandade.
03/04/2015
(Este poema é parte da trilogia "Escritos Sinóticos", que contem ainda: "Sábado de Aleluia" e "Domingo de Páscoa" e foram escritos nesses dias)
Guerreira do Fogo (Á Samira Hadara) Barata Cichetto (Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)
E quando a solidão lhe despertar, depois da guerra Acenda o fogo, apanhe um café e sente-se na terra E ore aos deuses da sua crença com ódio e fervor Mas se acaso não te ouvirem, faça disso um favor.
Apanha da sanha, erga o braço e empunhe tua dor Em guerras não há santos e na santidade só horror Mas se a dor é tua espada e o desespero a tua lança Na menstruação perdes muito sangue e a esperança.
Há feridas em todos, as dores tomando formas ocultas E na contração do útero e dos impulsos das catapultas Gemes de prazer, um tanto mulher e outro guerrilheira E se não há gozo no planalto que o haja na cordilheira.
Mas se no fim te lembrares da carniça e do mau cheiro Lembre que das guerras mortos sempre saem primeiro E da tua bainha costurada com linho por teus dedos Saca da tua espada e corta a cabeça dos teus medos.