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31/08/2012

Um Troféu Guardado no Arquivo


Um Troféu Guardado no Arquivo
Luiz Carlos "Barata" Cichetto

A primeira referência a um trabalho meu, ainda nos idos de 1981. Eu havia impresso um livro de poesia intitulado "Arquíloco" e enviei ao jornal Diário Popular, um dos maiores de São Paulo, sem qualquer esperança que fosse analisado e muito menos que fosse ser publicada alguma referência. A coluna "Página do Livro" era publicada desde 1977 pelo jornalista Henrique Novak, e falava sobre lançamentos literários, mas mantinha um espaço para novos escritores. Por indicação de um amigo, Luiz Sérgio de Viveiros, que também editava um "jornalzinho" mimeografado chamado "Solux", voltado a divulgação de poesia. Mas, logo na semana depois que eu postei no Correio o livrinho, saiu esta menção: "... Poesia boa, pura, em compasso de sofrimento. É preciso colocar esses poemas logo em letra de forma, impressa e ponto final...". 

Pouco tempo depois ainda no final daquele ano joguei no lixo. Por pressão externa e interna, rasguei o jornal juntamente com todos os meus poemas e outros textos, incluindo as cópias restantes do livro mimeografado, não sobrando sequer mais nenhum exemplar, com exceção de uma, que tinha ofertado a meus pais.  O tempo passou e eu, preocupado com educação de filhos e em construir e manter uma família, deixei quase que totalmente de lado a poesia. Hora ou outra lembrava disso e pensava em ir atrás. Cheguei a procurar a redação do Jornal em final dos anos 90, mas como não lembrava a data, nem o mês, não foi localizado. 

Em 2001 o Diário Popular foi vendido ao Sistema Globo, mudou de nome para Diário de São Paulo e ai, tudo que havia foi perdido. Cheguei a entrar em contato com os sucessores, mas nunca obtive respostas. Com o advento da Internet, tentei praticamente em vão, durante anos  encontrar qualquer referência ao meu livro. Uma Biblioteca Pública em Santa Catarina tinha catalogado um exemplar, mas não obtive respostas. Procurei pelo autor e descobri que havia falecido ainda nos anos 90. Nada, nenhuma informação a mais. O texto escrito pelo Novak estava gravado na minha cabeça. Pode-se considerar que era bem pouco, mas para a época, ter seu trabalho citado em um jornal de grande circulação como era o "Dipo", como era conhecido, era muita coisa. 

Hoje com Internet e um escritor e um jornalista amadores em cada esquina, podem considerar muito pouco, mas para uma pessoa que tinha dado muita porrada para conseguir lançar um trabalho e gasto um bom dinheiro com papel e correio e muito braço girando por noites inteiras a manivela de um mimeógrafo, e tinha apenas 23 anos era muita coisa. Acaso o destino, que eu mesmo busquei não me tivesse tirado do caminho, eu teria minha história hoje contada de forma diferente. Fatalmente teria conseguido logo a edição do meu trabalho por uma editora... Enfim outra história, outros personagens.

Mas, não importam meus destinos. E embora tenha nos últimos 15 anos retomado minha produção literária de forma a desforrar os anos perdidos, nunca deixei de procurar pelo tal jornal. A mim era como se aquela referencia fosse um troféu ganho na escola por um atleta que depois ficou aleijado. Faltava aquilo, faltava aquela referência ao meu passado. Por menor que fosse o troféu, eu o havia ganho com louvor e ele estava ainda em algum lugar, em alguma prateleira mofando. Os livros foram distribuídos da forma como todos nós fazíamos na época: criávamos listas de amigos de amigos, geralmente também poetas, e enviávamos nosso material por Correio, ou entregávamos em portas de teatros, shows de Rock. Em troca de uma conversa e de um sorriso. Mais nada.

Por consideração, embora eu tenha pedido também que ela jogasse fora, minha mãe guardou o seu exemplar do livrinho, que foi apagando com o tempo. Há uns anos pedi-lhe “emprestado” com o intuito de tentar ler e digitar os textos. Fiz isso apenas com uns três ou quatro. Não tive paciência. Há um ano, meu filho mais novo se prontificou a fazer esse trabalho. E um dia irá concluir.

Mas ainda tinha a citação do Novak guardada na memória. A imagem do jornal estampada na minha cabeça. E há uns meses, quando comecei mais uma busca, acabei encontrando o Arquivo Oficial do Estado. Após uma demorada pesquisa, cheguei à informação de que lá existiam esses exemplares. Entrei em contato e confirmaram a existência dos exemplares da época que eu queria, mas o prédio estava em reforma ou algo assim e as consultas publicas estavam fechadas e sem previsão de reabertura. Mais um baque, mais uma interminável espera. Agora era até pior: eu tinha achado meu "tesouro", mas não podia chegar até ele. Dias atrás, entretanto, li uma informação que dizia que o Arquivo tinha voltado ao funcionamento normal. Entrei em contato, confirmei os detalhes e fui até lá.

Esperava, como sempre se espera quando se necessita de algum serviço publico, ser mal atendido, com má vontade, demora e fatores que geralmente impregnam serviços públicos. Mas o que ocorreu, para minha surpresa, foi que, desde a segurança na portaria, á recepção e principalmente aos atendentes fui tratado com muita presteza, boa vontade e educação. À funcionária que me atendeu no balcão de pedidos, que infelizmente não guardei o nome, contei rapidamente o quê e o porquê da minha procura. Preenchi requerimentos e sentei numa mesa a espera dos volumes como um pai que espera um filho no saguão de uma maternidade. Recebi um par de luvas descartáveis e os volumes encadernados foram chegando. Folheando um a um, passando por aquelas páginas amareladas pelo tempo, percebi inicialmente que minha memória tinha me traído. Ao contrario de minha "certeza" o dia da semana da coluna era Sexta, não Terça-feira. O coração aos pulos e o desespero aumentando com o avançar das datas. Janeiro 81, Fevereiro, Março... Junho... E nada. Comecei a achar que eu tinha sonhado com aquela matéria, que ela não existia de fato, que meu troféu era apenas fruto da minha imaginação.

Quando abri o volume referente a Julho, a funcionária chegou até mim e sorridente perguntou se eu havia encontrado o que procurava. "Ainda não", respondi. "Mas vou achar!”. Levantei da mesa, devolvi aquele volume e peguei o de Agosto. E lá estava! Bingo. Peguei a câmera e fotografei aquela página em todos os ângulos possíveis, com um sorriso de felicidade estampado. Olhava para todo mundo querendo contar. Acho que minha feição dizia: "Olhem, olhem todos" Eu achei, eu achei" Queria era mesmo gritar isso. Ao devolver o ultimo volume no balcão me sentia aliviado, como aquele tal atleta, como se minha invalidez não fosse nada perante o troféu que eu encontrara, empoeirado em um canto qualquer. Agradeci ao funcionário que recebeu o ultimo volume e na saída aquela senhora veio me perguntar se tinha mesmo achado. E contei-lhe os detalhes do porque da minha alegria em ter encontrado aquilo. Ela abriu um sorriso franco e sincero. Percebi que ela estava sinceramente feliz por mim. Com a emoção à flor da pele, agradeci a todos e deixei o prédio, apertando a câmera forte para não correr o risco de perder novamente meu troféu.

Depois de trinta anos eu tinha ao alcance dos meus olhos aquelas sete linhas impressas em um jornal amarelado pelo tempo. E quero por fim agradecer a todos os funcionários do Arquivo Oficial do Estado de São Paulo, a começar de meu primeiro contato, com a Bibliotecária Renata e a todos os outros que colocaram nas minhas mãos aquele troféu. Obrigado por sua atenção, respeito e principalmente por agirem como seres humanos atendendo iguais, sem prepotência, arrogância e desleixo. E que os tratam de forma idêntica tanto aqueles que buscam tanto um documento que pode lhes render uma propriedade material, como a um outro, cujas propriedades são tão poucas, mas tão valiosas que cabem em cerca de cinco centímetros quadrados de um jornal antigo e amarelado pelo tempo. Obrigado a todos do Arquivo Oficial do Estado de São Paulo.

31/08/2012


28/08/2012

A Ciência da Poesia


A Ciência da Poesia
Luiz Carlos "Barata" Cichetto
Do Livro: "O Cu de Vênus" - 2009
Penso eu agora que a Poesia é a mais pura matemática
Arte concreta a somar emoção com regras de gramática
Mas ainda calculo solene olhando o meu verso
O tamanho da Poesia em relação ao Universo.

Seria a Poesia a métrica, uma fria e exata ciência
Ou seria Ela um estado alterado de consciência?
Inspiração ou conhecimento, a adição da cultura ao talento
Ou alucinação, percepção modificada por falta de alimento?

Seria, pergunto porta escancarada de uma alma liberta
Ou apenas a fresta de uma janela que nunca foi aberta?
Oh céus, seria então a Poesia manifestação mediúnica
Sendo então de tal forma de autoria exclusiva e única?

Penso enfim que de qualquer origem, forma ou trajetória
Sendo feita da ciência, do cálculo ou da arte premonitória
Sem negação existe a Poesia e é o que importa, afinal
Porque sem Poesia não existem ciências e ponto final.

5/12/2009

Registro no E.D.A. da F.B.N. : 508.820 - Livro 964 - Folha 108

Para Pedir o Livro (Editor'A Barata Artesanal): http://www.abarata.com.br/livros.asp?secao=L&registro=14

Fanzinada na HQ Mix

FANZINADA

Dia 15 de Setembro de 2012, Sábado, a partir das 15:00 horas, estarei presente no "Fanzinada" na HQ Mix Livraria, organizado pela Thina Curtis,  com meu livro: "Barata: Sexo, Poesia & Rock'n'Roll" - Uma Autobiografia Não Autorizada". E também com a Revista Independente "Versus" e os livros de poesias. Compareçam! Tragam publicações independentes!!!
Sobre o Livro: http://www.abarata.com.br/livros.asp?secao=L&registro=6

ATRAÇÕES DO EVENTO:
UGRA PRESS: Anuário de Zines
OFICINAS DE DESENHO E GRAFITE: Dedot e Marcio Ficko
AUTOBIOGRAFIA NÃO AUTORIZADA: Lançamento do livro de Luiz Carlos “Barata” Cichetto, "Barata: Sexo, Poesia & Rock'n'Roll"
EXPOSIÇÕES:
Stêncil e Lambe-lambe (Simone Sapienza Siss)
Pop Sculpture e Toy Arts (Rafael Lucena)
Fotografias de Luana Cajado
Art Paper (André Gomes)
Obscurarte - Ravens House Brasil
Fábrica de Devaneios (Cledson Bauhaus)
Tempo Seco (Goo Ma)
DEBATES:
Publicações Independentes com Cristiano Onofre
Dia Nacional do Fanzine com Gazy Andraus

Rua Tinhorão, 124,  Higienópolis, São Paulo/SP - Em frente à FAAP, próximo do estádio do Pacaembu.
Localização: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&safe=off&q=Rua+Tinhor%C3%A3o,+124,&ie=UTF-8&hq=&hnear=0x94ce5824c7dcfe7d:0x68d2172ee40bad70,R.+Tinhor%C3%A3o,+124+-+Consola%C3%A7%C3%A3o,+S%C3%A3o+Paulo,+01241-030&gl=br&ei=jq48UL7jN9Hq0QHevoCoBQ&sqi=2&ved=0CCIQ8gEwAA

27/08/2012

Manifesto da Casa das Rosas (O Que é Poesia, Mesmo?)


Manifesto da Casa das Rosas
Luiz Carlos "Barata" Cichetto

Não conheço a Casa das Rosas, apenas a dos Espinhos. Nunca vendi minha poesia pela rua, não sou comerciante, sou poeta. Não vivo da poesia e a poesia não vive mim. Nunca dei palestras. Poetas não dão palestras, dão poesia... Não, poetas não dão poesia, dão sangue. A poesia é que lhes doa o sangue. Poetas não fazem encontros, fazem poesia. Não, não fazem, a poesia está feita! Não faço parte de grupos, de conchavos, de máfias e de panelas de falsos poetas em busca de glória. Não sou funcionário publico, não tenho tempo de sobra e não gosto de cotas. Nunca prestei concurso para ter emprego garantido e  tempo sobrando para posar de rebelde. Não sei explicar "O Que é Poesia?" Não tenho amigos poetas. Não procuro amigos dentro dos esquemas do Estado, não interessa o Estado. Escrevo há quarenta anos e nunca ganhei um prêmio literário... Prêmios literários... A poesia é uma loteria?  A minha não é melhor... Nem pior. Não preciso de padrinhos, não acredito nos deuses da poesia. Não acredito em deuses. Deuses são ditadores e assassinos. Deixem-me lembra-los de uma coisa que lhes pode ser um tanto dolorida: vocês não são Kerouac, Ferlinghetti, nem Caio Fernando... São apenas crianças brincando de ser poetas. Poesia não é brinquedo, crianças! É coisa séria! Vocês não serão citados em redes sociais a não ser por seus amigos. A poesia tem donos, killers e ademires. Sou apenas poeta. Chato e arrogante segundo alguns familiares. Apenas um pobre fudido, segundo outros. Alguns chegaram a falar que o dia que merda for dinheiro morro encalhado. Sou o ser e não o ter. "Hoje não há poesia porque acordei homem mortal", parafraseando a mim mesmo. Sou a único ser digno de ser reverenciado por mim. Não preciso do centro cultural, nem do centro de umbanda, são ambos lotados de falsos santos e espíritos doentes. Falam de almas, mas não entendem sequer de espírito. Entendem de carne e de dinheiro e poder. São os Açougueiros da Poesia. Açougueiros com mãos sujas de sangue. Vaidosos e perigosos açougueiros que falam de poesia, mas entendem apenas de espelho... E de carne e de dinheiro. Não, minha poesia e minhas carnes e sangue não estão à venda em seus açougues. Quero apenas do centro da cidade e de suas putas mal-amadas. Não sei brincar de rebelde, colocar óculos escuros e fingir que sou um gênio no balcão da padaria. Arrogância é isso: ao balconista da padaria, poesia é café com leite e pão com manteiga. E na padaria não é lugar de poesia, apenas de pão. Nunca bati no peito vomitando a arrogância de ser poeta, nunca declamei poemas em programas de televisão. Ah, quanta bobagem! Deixem de ser arrogantes, não matem a poesia. Não sei ler editais de concursos públicos, nem pedir dinheiro ao Estado para financiar minha "obra". Deixem de brincar de ser poeta, a poesia não é brincadeira de crianças. Cresçam ou peguem suas bolas e joguem sozinhos. Não finjo que sou nada, porque não sei ser fingido, nem sei ser nada. Ou sou ou nada. Não conheço as leis que regem a poesia, não conheço as leis que regem a hipocrisia dos donos da poesia. Muito menos conheço ou aceito aos eunucos que chupam as bolas dos donos da poesia. Não conheço as regras nem as leis que regem os encontros literários, com seus rebeldes em trajes libertários comprados na Marisa. Meninas com sorrisos sedutores e garotos imberbes brincando de ser bissexuais chupando as bolas dos deuses da poesia. Danem-se babacas que debatem a poesia, citam Bukowski, Maiakovski e Leminski com as bocas cheias de arrogância e empáfia! Que bebem cachaça e acham que podem arrotar Whisky. Que gostam do Velho porque ele era safado e bêbado – desculpa apenas às suas safadezas e bebedeiras - não por sua obra e vida, que não conhecem nem uma linha. Que citam Pessoa e seus heteronômios de cor e salteado como se fossem doutos literatos de Lisboa, mas que nunca saíram da frente de seus computadores, arrotando arrogância por trás de óculos redondos escuros e camisetas rasgadas de Che Guevara. Que acreditam estar mostrando seus caminhos poéticos à população - arrogantes de merda! Que picham nos muros sua indignação e depois retornam às suas casas, certos de são artistas revolucionários. Que citam Bob Dylan ou algum poeta suicida do Rock. (Curt Cobain e Renato Russo nunca foram poetas, nunca souberam o que é Poesia.).  Danem-se todos! Digam sempre que estão à beira do suicídio, criem a expectativa sobre sua genialidade alçada à eternidade por atos de total irresponsabilidade travestidos de rebeldia.

(Sai, fui andar e fumar... É proibido fumar na Casa das Rosas, mas não é proibido fumar na casa das putas...). Não sou formado, sou deformado... pelas porradas e necessidades, pela fome e pelos desamores. Fui leão jogado à arena e devorado por cristãos enfurecidos, enquanto Cláudio, The Killer, o Imperador abaixa seu polegar. Poetas no poder não são poetas, porque poesia não dá rima com hipocrisia. Sacrifiquei a poesia e fui cuidar dos filhos... Ah, não sabem o que é sacrifício, gloriosos sacripantas! É fácil ser poeta sendo funcionário publico com emprego publico e todas as licenças e folgas e preguiças que a lei lhes favorece e meu suor ajuda a pagar. Sabe, Imperador, como eu escrevo minha poesia? Acordo de manhã, sento na privada, dou uma cagada enquanto escrevo uma poesia no papel higiênico... Depois limpo o cu com ela e jogo na privada. Dou descarga. Imperador, estás escutando? Ah, certo, eu não posso lhe chamar por Imperador, mas de Mestre e Professor.... Doutor? Não há mestres na poesia, ninguém ensina um poeta a não ser a rua e a dor.  Na Casa das Rosas não há rosas, apenas espinhos e eu conheço bem esses caminhos. Nunca fiz nada pela poesia e nem ela fez por mim. Ela é apenas uma puta com quem eu trepo todos os dias, há quarenta anos. Perdi a virgindade com ela, num puteiro fedorento. Estão escutando, oh mestres dos mestres, donos da poesia e seus lambe-botas? Não, claro que não escutam, pois apenas escutam suas próprias vozes ecoando dentro de seus cérebros vazios. E ademais: comam-se! Fodam-se e fartem-se nessa orgia de egos. Dentro da Casa das Rosas!

27/08/2012

23/08/2012

O Suprassumo do Superestimado - Minha Lista dos 11 Mais (ou Menos?) – Parte II - Internacional


O Suprassumo do Superestimado
Minha Lista dos 11 Mais (ou Menos?) – Parte II - Internacional
Luiz Carlos Barata Cichetto

Quando, há alguns dias atrás publiquei minha primeira lista, com nomes brasileiros daqueles que considero como superestimados, ela gerou certa polêmica, mas fiquei espantado até pois acreditei que ela seria bem maior, por eu estar tocando em gente "sagrada". O que representa a pequena repercussão de uma lista nascida para ser polêmica?  Mas o fato da lista não ter causando, digamos, tanto impacto, pode representar duas coisas: realmente existe mais gente com percepção clara da realidade e com bom gosto que supunha minha vã filosofia, ou o contrario. Ou seja, tem muito mais gente alienada e massificada que sequer se dispõe a ler algo que fala “mal” dos seus ídolos. Uma terceira hipótese, remota acredito, é que listas não causem interesse. O que sinceramente, não acredito. As pessoas adoram listas de alguma coisa.

Não que eu queira necessariamente causar polêmica. Não causo polêmicas, sou a própria, por minha natureza sou assim, por minha história sou assim. E ser assim, atualmente, numa sociedade totalmente perdida em vidas vazias, totalmente desprovida de bom-senso, dominada por um falso conceito de bondade e humanismo e que busca insanamente atitudes hipócritas que não condizem com o que fazem, é um tanto perigoso. Pensar tornou-se um ato perigoso! 

Mas, pouco importa o que a manada finge que pensa enquanto se encaminha ao matadouro, quero apenas mostrar com minhas listas que podemos, sim, pensar, que pensar não dói. Pensar com nossas próprias cabeças. O poder da mídia é muito maior que qualquer militar poderia sonhar, seu poder bélico, de dominação é infinitamente maior. Dominadas pela mídia e pelas igrejas, simplesmente os seres humanos deixaram de ser indivíduos e se transformam rapidamente em massa disforme, inócua e inodora. Carne moída em uma engrenagem que esmaga, tritura, homogeneíza, e que, transforma em pasta é vendidas nos açougues do Paraíso... Ou do Inferno.

Conforme coloquei na anterior, não desejo influenciar ninguém, muito menos mostrar que sou “do contra”, e ela não segue nenhuma ordem de preferência e é também seguida por um disco com a indicação "Suprassumo do Superestimado", que ninguém deve, em hipótese alguma escutar. 


1 - John Lennon - De todos o mais superestimado. Até o momento de sua morte eu também o considerava um gênio, o grande estandarte da paz. Fiquei chocado com sua morte, mas aí começaram aparecer fatos e comecei a analisar a trajetória desse "ídolo". Primeiramente, John era um musico apenas razoável. Era digamos, o rebelde necessário ao contraponto da musicalidade fina de Paul e George. E com relação a questão pregar/ser o que prega: Lennon pregava que as pessoas deveriam viver com menos posses, pois apenas assim existiria a paz e a "Irmandade dos Homens", mas vivia no prédio mais caro de New York e inclusive tinha um apartamento no mesmo prédio, o Dakota, apenas para guardar casacos de pele (sim, de pele. Logo ele um pacifista)...  Num determinado momento cantou que não acreditava em nada, que Deus era apenas um conceito sob o qual mediamos nossas dores. Depois gravou uma canção de Natal e encheu o bolso de dinheiro. John se dizia magnânimo e pacifista, mas não deixava de declarar guerra ao ex-amigo Paul. Noticias e declarações bem mais recentes da própria Yoko e dos filhos, dão conta que ele era um péssimo pai e marido, inclusive dado a espancar os filhos. Enfim, a coerência entre a vida e a obra de um artista o transforma em gênio... Ou numa grande fraude.
Suprassumo do Superestimado: Wedding Album (1969). O LP tinha apenas duas faixas: "John & Yoko" e "Amsterdam" , ambas ocupando um lado inteiro. De fato deveria ser apenas um album de casamento, entregue apenas a convidados ao mesmo, pois assim teria poupado o mundo de uma bobagem tão imensa!


2 - Yoko Ono - Em realidade só é conhecida por ter sido a mulher e atual viúva Lennon. Filha de um dos homens mais ricos do Japão, Yoko foi para os Estados Unidos, alugou uma Galeria de arte onde escreveu "Sim" no teto e colocou uma escada para que isso pudesse ser lido. John Lennon subiu na escada e a partir dai o mundo foi "obrigado" a engolir a "arte" de sua esposa. Uma "arte" feita de berros sem sentido travestido de "grito primal", enfiados goela abaixo dos incautos que queriam escutar o novo disco do ex-Beatle. Além disso, não privou o mundo de sua nudez horrorosa postada até em capas de discos. Mas, não negando o sangue paterno, Yoko era uma mulher de negócios e conseguiu elevar seu ínfimo talento artístico à categoria de obra de arte. Cara, diga-se de passagem. Um brinquedo japonês, caro e defeituoso.
Suprassumo do Superestimado: Fly (1971). Coloquei esse, mas estenda a lista a todos os quase 20 discos gravados por ela. Sem maiores comentários.


3 - Ritchie Blackmore - Tirando suas esquisitices e seu egocentrismo exacerbado, o sempre dono da bola por todos os campos em que atuou, Mr. Blackmore consegue ser um dos campeões de qualquer listagem de superestimados. Ah, sim, é um bom guitarrista, um bom musico. E parou por ai. Ninguém, absolutamente ninguém consegue trabalhar com ele sem arranjar atritos. Até mesmo Dio, dono de uma paciência quase que santa aguentou. Mas na questão que nos interessa nesta lista: Ritchie Blackmore era também um copiador, um plagiador. "Black Knight" é um plágio descarado de "(We Ain't Got) Nothing Yet" da banda Blues Magoos. Não se trata de um ou outro "riff", mas da musica inteira, até com o corinho "ôôôôôôôôôô". Inúmeras são as "chupadas" de Mr. Ritchie, mas não é apenas por tal razão que o aponto como Superestimado. Como se não bastasse, ele foi responsável pela saída de Ian Gillan do Deep Purple, quando este ainda cantava, e por colocar em seu lugar o eterno garoto propaganda de xampu e creme dental, David Coverdale. Segundo uma entrevista dada pela Joan Jett recentemente, ele é isso mesmo, uma coceira ("ritchie" é uma giria para coceira). Enfim, Blackmore é de um ego gigantesco, como todos os superestimados o são.
Suprassumo do Superestimado: Stranger in Us All (1995). É de uma ruindade sem precedentes, com o Sr. Coceira parecendo mais uma frigideira do que um guitarrista e ainda com mais uma de suas descobertas geniais de vocalista: Doogie White.


4 - David Coverdale - Inicialmente apenas mais uma criação esquisita do Sr. Coceira, David Coverdale foi escolhido por ele, que já tinha defenestrado Rod Evans em favor de Ian Gillan e agora tinha o dom de escolher esse ex-balconista como seu substituto. Coverdale não cantava porra nenhuma, era apenas um "frontman" bonitinho, com uma bela dentadura e cabelos encaracolados, bem ao gosto dos produtores e do publico feminino. Quem segurava os vocais era Glenn Hughes, fato que pode ser comprovado nos vídeos dos shows, quando se percebe que quando uma musica exige voz, quem canta é o Glenn. Não contente, depois de fazer o nome em uma das bandas mais famosas da época Mr. Colgate fundou o Whitenaske, uma das bandas mais pomposas e chatas da História do Rock, responsável por levar o gênero ao nível de artigo de tocador e de trilha sonora de cigarros. Sua voz até que melhorou um pouco (ou será que arrumaram algum produtor melhor), mas os seus cabelos... Atualmente, aos sessenta anos, o Sr. Sorriso de Cabeleireiro ainda desfila sua dentição perfeita (dentadura?) e continua achando que é cantor de Rock... Ah, meu São Dio, nos proteja!
Suprassumo do Superestimado: Snakebite (1978) - É o primeiro do Whitesnake. Então e portanto uma boa forma de saber o que não se deve ouvir na sequencia. O Ministério da Saúde informa: Consulte seu dentista regularmente após escutar qualquer disco de David Coverdale.


5 - Ian Gillan - Até 1973 no Deep Purple Ian Gillan era um dos maiores cantores do Rock que o mundo conhecera. Mas o Sr. Coceira o colocou para fora da banda. Teria ele sido amaldiçoado por ter feito o papel de Jesus Cristo em "Jesus Christ Superstar"?  Ou será que esse neto de cantor de Opera estourou a garganta?  Entre esse período e dez anos após quando gravou com o Black Sabbath o disco "Born Again", Mr Gillan perambulou com sua banda Ian Gillan Band, sempre à sombra do Deep Purple. Seus cabelos ainda eram os mesmos... (Opa, cabelos está inserido no tópico errado), mas a sua voz... Durante um determinado tempo, se aposentou do mundo da música e começou a perseguir outras oportunidades de negócios, como uma empresa de fabricação de motos e um hotel, que culminaram em retumbante fracasso.  E Gillan retornou ao Deep Purple, tomou a liderança da banda, cortou os cabelos... Mas cantar mesmo que é bom... Sua voz simplesmente sumiu. Acabou. E até hoje ele fica por ai, arrastando uma banda moribunda, principalmente pelas esquinas do Brasil, onde é figura constante em programas de pseudo-entrevistas, arrebatando um grande numero de massificados que pagam os olhos da cara para escutar um cantor que há mais de vinte anos esqueceu a voz na gaveta. Um conselho a Ian Gillan: volte a fabricar motos!
Suprassumo do Superestimado: Bananas (2003) - Sem contar o mau gosto da capa e do titulo em si, é uma prova material do titulo de Superestimado ofertado ao Gillan. Troque esse disco por uma penca de bananas, não muito maduras, claro!


6 - Ozzy Orbourne - A não ser os fanáticos, todos os outros seres humanos sabem que Ozzy é um péssimo cantor. Não tem voz, é esganiçado e desafinado e parece que canta com um ovo de galinha na boca. Além disso é incapaz de decorar a letra de uma música, dizem, pelo excesso no consumo de drogas. Sua carreira tinha acabado por causa desses excessos em 1978, após ter sido mandado embora do Black Sabbath, quando conheceu Sharon, até hoje sua esposa, empresária e .. dona. Ai gravou "Blizzard of Ozz" escolhendo a dedo grandes músicos, como o guitarrista Randy Rhoads, o baixista Bob Daisley e o baterista Lee Kerslake. A partir daí, Ozzy virou uma unamidade entre os fanáticos por seu estilo fanfarrão, doido-de-pedra, comedor-de-cabeça-de-morcego e outras excentricidades. Unamidade entre os fanáticos parece até pleonasmo, mas não é. Muitos fanáticos, um tipo raro, encontram falhas em seus ídolos, o que não acontece com os fãs do Batman, ops, Homem-Morcego, ops Ozzy... Claro que ele tem um carisma impressionante e uma presença de palco fora do comum. Roupas, trejeitos e falas, tudo muito bem pensado por sua empresária. Mas a sua voz... A voz de Ozzy é algo que ninguém com os dois ouvidos colados na cabeça, que não esteja cheia de vento consegue aguentar. Uma taquara rachada ao vento consegue ser mais afinada e mais melódica. Fora isso, sua incapacidade de decorar musicas e muitas vezes fazer shows, renderam a ele o titulo de a maior fraude da história da indústria do Rock, com "Speak The Devil". Para quem não sabe, o disco era para ser ao vivo. Era... Ou melhor foi... Ah... Bem, o disco foi gravado ao vivo, mas a interpretação de Ozzy estava tão ruim que decidiram regravar... Mas apenas a voz. Portanto, o que se escuta ali é a banda tocando ao vivo, e a voz dele colocada depois, no conforto do estúdio e com direito a quantos "takes" fossem necessário. Ai, mermão, assim até eu gravo.
Suprassumo do Superestimado: "Speak The Devil” - Claro, e pelos motivos acima, além, de terem feito esse disco como uma pura provocação a Tony Iommi, incluindo o fato de que o repertório predominante era de musicas do Sabbath.


7 - Yes - O Yes foi formado em 1968 pelo vocalista Jon Anderson e pelo baixista Chris Squire, musicos com sólida formação em musica e posteriormente, em sua formação mais clássica, com a presença de Rick Wakeman. Uma banda tecnicamente perfeita, fantástica... Mas extremamente, potencialmente, absolutamente... Chata. O vocal de Anderson é uma das coisas mais ranhetas e irritantes da história do Rock, e não perde nem mesmo para a de Robert Plant. Falsete é uma coisa complicadíssima de ser feita e, não sei por que razão, acabou sendo uma constante nos vocalistas de muitas bandas de Rock Progressivo, possivelmente por influência do Yes. Apenas uma informação: durante muitos anos colecionei LPs de bandas de Rock. Tinha discografias inteiras das maiores, compactos, piratas e tudo o que podia, mas nunca, jamais, comprei um disco do Yes. Com exceção de um compacto que comprei de presente a uma namorada... Ah, sabem qual é, estou certo... "Sooooooooooooooon"... Essa musica, trecho de uma faixa que tinha a duração de um lado inteiro do disco, chamada "The Gates Of Delirium" . Nesse disco, a banda tinha como tecladista um suíço de nome Patrick Moraz, que depois viria morar no Brasil, casado com uma brasileira e que, entre outras facetas, engabelou os então moleques Lobão, Lulu Santos e Ritchie que tinham uma banda chamada Vimana, fazendo-os acreditar que os transformaria nos "novos Yes".  Enfim Yes é uma banda chata, complicada e pretensiosa. Sem sentimento e sem força... Sem qualquer coisa que a aproxime do espírito do Rock. Pode ser uma boa banda, mas não de Rock. Sem criatividade até na escolha do nome. Se bem que poderiam mudar o nome para "No", que o resultado ainda seria o mesmo. O Yes é a banda citada por 10 entre 10 descolados e pseudo intelectualizados musicalmente como a melhor. E por 1 entre 10 que prezam os próprios ouvidos como o Suprassumo dos Suprassumos dos Superestimados.
Suprassumo do Superestimado: "Relayer" (1974) - Disco recomendado a atormentar seu vizinho, principalmente se ele tiver gatos ou for vidraceiro. Coloque "Sooooooooooooooon" no ultimo volume e  veja a gataria responder... E os vidros partirem.


8 - Elvis Presley – Elvis era um caipira americano que gostava de cantar... Tal e qual milhões de outros. Serviu o exército americano numa das inúmeras guerras americanas, como milhares de outros. Não era nem um pouco rebelde, como outros tantos milhões. Elvis  era caminhoneiro quando foi descoberto por um caça talentos, depois brincou de ir pra guerra, no auge da fama, como parte de um plano de propaganda muito bem engendrado. Elvis era "um branco que cantava como negro"... Como outros de sua época. Elvis usava camisa cor de rosa... E o que mais?? Elvis foi descoberto pelo Coronel Tom Parker, que o transformou num dos maiores mitos, numa terra onde criar mitos é tão fácil quanto destruí-los. A América, "terra das oportunidades" a quem ele, melhor que qualquer outro artista representou mundo afora. Elvis era contemporâneo e morava na mesma região que um outro musico, com as mesmas características e biografia parecidas, até mesmo na questão guerra, um tal de Johnny Cash. Na mesma época e no mesmo estúdio gravaram seus primeiros discos... Mas Johnny Cash era o "Homem da Camisa Preta"... E não caiu nas graças de nenhum Coronel. Não era bonitinho nem ordinário... E a história hoje conta como sendo de Elvis o Cetro de Rei do Rock, enquanto o outro, sempre foi considerado menor, embora de um talento igual ou porque não dizer, muito maior. A mídia transformou Elvis num mito, inatacável, intocável... Mesmo quando as drogas e o álcool o consumiram e o transformaram num obeso cantor de cassinos. Não desprezo o talento de Elvis Presley, nem seu importante papel dentro da História do Rock, tendo influenciado centenas e centenas de artistas, mas também não posso deixar de analisar o quanto superestimado ele é, não tanto pelo trabalho, mas pela mítica, pela aura que colocam sobre ele. Elvis foi fundamental como mito, mas totalmente superestimado como cantor.
Suprassumo do Superestimado: The Sun Sessions (1976) - Uma coletânea de canções gravadas por Elvis Presley no período da Sun Records, na década de 50. Quero pedir que as mulheres e outros seres deslumbrados por Elvis por sua beleza física e seu vozeirão dos anos 70 que escutem esse disco... Por mais de 5 minutos... Depois me contem.


9 - Kiss - Quero começar falando do Kiss com historinha. Em 1974 entrei numa loja de discos e na prateleira tinha um disco de capa preta com as fotos desfocadas de quatro musicos mascarados... "Disco novo do Secos e Molhados?" Perguntei ao balconista. "Não, é uma banda americana nova, o Kiss." . Meses depois acabei comprando o disco e foi uma enorme decepção. Era ruim demais. Fraco, mal feito, com “rockezinhos” chinfrins pra caraio. Nessa época até mesmo na grande imprensa foi noticia um acontecimento que envolvia o Secos & Molhados e o Kiss. A fama do S&M tinha extrapolado fronteiras e eles teriam sido procurados por um empresário americano que queria transformá-los num sucesso mundial. Mas eles teriam que cantar em inglês e se mudar para a atual Terra de Obama. Eles não toparam e o tal empresário teria dito: "Os ingleses criaram os Beatles e nós os Monkees, e agora vamos criar uma banda igual a vocês e conquistar o mundo". Essa história, obviamente negada pelo dono do Kiss, o megaempresário Gene Simmons (nascido em Israel com o nome de Chaim Witz, depois mudado na América para Eugene Klein), mas confirmada por muita gente, incluindo Gerson Conrad (perguntei isso a ele numa entrevista em 2006 e ele confirmou a história) e João Ricardo. Então, a história do Kiss começa assim. . Outras histórias contam que nenhum dos quatro integrantes era musico mesmo, embora alguns tivesse tido alguma participação em bandas de menor expressão, e que apenas a partir de "Destroyer", quarto disco da banda, o produtor Bob Ezrin os teria obrigado a aprender a tocar. Essas histórias podem até não ser factuais, mas o fato é que, os dois primeiros discos do Kiss eram ruins demais, musicalmente falando e só melhoram a partir do disco que continha "Detroit Rock City".  Segundo outras versões, os discos eram gravados por músicos de estúdio e nos shows eram "playbacks".  Ademais, atrás de máscaras poderia estar qualquer pessoa.  Aliás, as máscaras sempre foram a marca maior da empresa “Kiss”. A tal ponto de fazerem uma operação de guerra em uma de suas vindas ao Brasil para que não fossem vistos sem elas. Para imediatamente em seu retorno ao EUA, decidiram tira-las. Gravaram algumas coisas assim, mas o Marketing não funcionava, caiu a venda de discos e voltaram a usar máscaras. Em 1998, o lançamento do disco "Psycho Circus", abriu novamente a ferida da cópia, na pele dos integrantes do Kiss, quando Alice Cooper os acusou de plágio em "Dreamin", que seria uma cópia de "Eighteen". De fato, as musicas são exatamente idênticas, sendo que a versão de estúdio da Versão Kiss é um pouco mais lenta. Mas a banda sempre foi um grande produto comercial, um meganegócio, assim tratado pelo Sr. Linguarudo Simmons. Um circo, que ao contrario do de Soleil que nos brinda com atrações diversas e inusitadas, oferece uma única atração: palhaços pintados e maquiados empunhando instrumentos musicais e tocando Rock. Um autentico "Psycho Circus".  Um circo psicopata que é tratado pelo homem Linguarudo como negócio milionário que de fato é. E como diria um outro Suprassumo dos Superestimados, Arnaldo Dias Baptista: "onde é que está meu Rock'n'Roll?"
Suprassumo do Superestimado: Kiss (1974). Sem comentários maiores. É ruim demais!


10 - Robert Plant - Muita gente poderá estranhar a inclusão de Plant nesta lista. Afinal Led Zeppelin, todos sabem, é uma das minhas bandas preferidas. "Uma das". E apenas não é "A preferida" por um único fator, ou componente chamado Robert Plant. Composto por três músicos absolutamente geniais, o Led Zeppelin era uma banda quase perfeita. Um guitarrista com uma técnica e precisão absolutamente fora do comum, um baterista que aliava técnica com peso absurdos, como tem que ser um baterista de Rock autentico e um multinstumentista inigualável, formavam a base musical do Zeppelin de Chumbo. Mas a voz.., a voz de Plant era um caso sério. Apenas não tão sério quanto a seriedade do Jon Anderson, mas um caso sério, de irritabilidade, de enjoamento, de punição aos ouvidos mais sensíveis. E repito: porque certos vocalistas teimam em usar esse tal de falsete? Além de outras coisas, isso força demais a garganta e acaba com as cordas vocais. É falsete, é falso, além de soar estranho um homem cantando falsete. Soa enjoado. Irritante. Ainda na época em que a banda estava na ativa e eu comprava todos os seus discos, comentei várias vezes com amigos, que o Led Zeppelin seria a banda perfeita caso tivesse um cantor com um vocal mais forte, mais poderoso. Era estranho ver toda aquela massa sonora produzida pela usina Page/Jones/Bonhan ser acompanhada por aquela voz gritada, aguda e ... Irritante. Acontece que Plant era loiro, tinha olhos claros, cabelos encaracolados, andava de peito nu e de calça justa e então era o "frontman" perfeito para atrair o publico feminino.(Já leu isso aqui mesmo, eu sei.) então, quis o destino, nesse caso chamado de overdose de Vodka, que Bonhan fosse "obrigado" a parar de tocar. Sem ele, e porque o ultimo disco da banda “In Through The Outdoor” era uma autêntica e absoluta porcaria comercial, a banda decidiu acabar. E o Sr. Plant começou a procurar outros lugares para cantar. Pena! Ele poderia ter pendurado as chuteiras e deixar que sua fama de grande vocalista passasse a história. Mas ele insistiu. "Unleded", gravado no Marrocos por ele e Page é genial. Sim, é genial, mas não por ele, mas pela presença de Page e dos músicos marroquinos. A partir dai, um cem numero de projetos insossos. O desenterro de sua banda antes do Led, a Band Of Joy e uma dupla esquisitíssima com Alison Krauss. Agora, Plant precisa de ajuda, seus shows sempre tem "backing vocals" que são sempre bem mais do que isso, porque acabam sempre sendo as cantoras principais e ele se estrebuchando para fingir que ainda canta. É sabido que atualmente ele tem um problema sério nas cordas vocais e é claro que isso o afeta demais. E é sabido também que foi seu canto em falsete que causou essa doença. 
Suprassumo do Superestimado: Raising Sand (2007) com Alison Krauss - Esse disco merece ser escutado para se que perceba o quanto é a voz da parceira que predomina. Plant.. Entrou com o nome. A garota gostou, é claro.


11 - Roger Waters - Waters é um grande musico? Ah, é sim! Um grande compositor? Também é, sim! Então porque eu o coloco nessa lista?  O fator maior a presença de Waters é o seu egocentrismo e sua megalomania. Em 1965, quatro estudantes, Nick Mason, Richard Wright e Syd Barrett e o próprio Roger Waters, uniram seus talentos a beira do genial e criaram uma das maiores bandas de Rock, ou melhor um dos melhores conjuntos de músicos da história da musica interplanetária (E como também como no caso do Plant, só não foi a maior por causa do meu listado). Eram artistas tecnicamente perfeitos, embora ainda jovens, com uma criatividade perfeita, uma disposição artística e política perfeitas... Eram quase deuses no Olimpo do Rock. Mas como em todas as histórias sobre deidades, alguns piram e outros, tomados pela vaidade querem se tornar um deus maior. E foi exatamente o que aconteceu com o Pink Floyd. Um dos deuses pirou e foi afastado e o outro, sem a sombra dele, e com deuses não menores, mas mais tímidos, começou a engendrar seu plano diabólico de domínio do Olimpo Pinkfloydiano. Waters é perturbado, paranóico com a Segunda Guerra Mundial, com certeza por ter nascido na Inglaterra, bem no meio dela. Mas essa obsessão dele por guerra, junto com sua vaidade e megalomania, fez com que ele, após criar um álbum totalmente genial, "The Wall". Desde "The Dark Side Of The Moon", Waters passou a monopolizar muitas coisas dentro da banda, a ponto de suas letras terem um papel muito maior dentro das composições do que propriamente a musica. Isso começou a gerar conflitos, a ponto de ele demitir Richard Wright e colocar o nome do disco gravado nessa época, “The Final Cut” como: "Um réquiem para o sonho do pós-guerra por Roger Waters, tocado pelo Pink Floyd: Roger Waters, David Gilmour e Nick Mason". Era o fim da picada. E Waters, na sua sanha de poder, acabou saindo da banda, e mesmo com os outros membros continuando a trabalhar, partiu para pleitear na justiça a propriedade para si do nome "Pink Floyd". A disputa judicial acabou com um acordo entre as partes. Entretanto, Waters, apesar de ter lançado outros discos com composições diferentes, nunca deixou de se apresentar como dono do Pink Floyd, tocando as musicas em shows. Em 1990, após a queda do Muro de Berlin, ele promoveu um show, no local, onde ficava o Muro, se apresentando de dentro de uma cabine, praticamente sem aparecer no palco. As musicas foram apresentadas cada uma por uma banda ou artista diferente, como a banda Scorpions, por exemplo. Até hoje, Roger Waters carrega consigo a idéia de que o Pink Floyd é ele, tanto que sua penúltima turnê era intitulada: "The Dark Side Of The Moon", com um repertorio dividido entre esse disco inteiro da banda e outros clássicos da carreira do Floyd. A ultima, em 2011, "The Wall". Todos esses fatos transformam Roger Waters no Campeão do Suprassumo dos Superestimados. E nem tanto pela mídia e pela massa de carne moída que paga fortunas pelas suas apresentações, mas por ele próprio. E condenado por um crime de lesa-majestade: o de ter tirado o titulo de maior conjunto de artistas da história, não apenas da musica, mas da Arte em geral.
Suprassumo do Superestimado: "The Pro's and Cons of HitchHiking" (1984) - Um conselho para esse disco: compre, guarde a capa que mostra uma gostosa pelada com uma mochila nas costas. E jogue a "bolacha" fora.


Reafirmando que esta lista é absolutamente pessoal e ... transferível a quem achar por bem adotá-la. E um ultimo comunicado: não leia apenas os nomes e saia por ai destilando seu veneno fanático. Não gosta ou não concorda, seu direito. Acha que um ou outro merecia estar nesta lista? Crie a sua! E antes de criticar, pare e pense nos motivos que o levam a discordar daquilo que escrevi. Sem comentários destemperados, please!

24/08/2012

22/08/2012

Goodbye Facebook


Goodbye Facebook

Queria agradecer a todas as pessoas que pediram números de contas e dados para a compra dos meus livros e nunca o fizeram. E também a todos que falaram que iriam ao lançamento do meu livro e não foram. Apenas queria entender porque as pessoas perderam todo o senso de compromisso e responsabilidade. O Facebook é culpado disso? Nesta rede (anti-social) todo mundo é bom, amável com os animais, faz 12 revoluções por dia, é politizado, bondoso e educado. Estou farto disso! Aqui todo mundo quer impressionar todo mundo, colecionar amigos e se exibir. Escrevo a mais tempo do que a maior parte aqui tem de vida e vejo um bando de babacas sendo prestigiado por editoras, falando de carreira literária. Ah, então vou enfiar minhas 1000 poesias no rabo e me retirar disso. Aos meus verdadeiros amigos, aqueles que realmente gostam do meu trabalho sabem onde nos encontrar (a mim e ao meu trabalho), mas este Facebook, para mim é uma droga que não quero mais. Chega! parei. E apenas um ultimo recado, ao Sr Claudio Willer: desculpe se fui intrometido e postei uma resposta a sua enquete sobre poesia sem ser convidado e cheguei e postei sem chamá-lo de mestre ou de professor. Chamei-o de poeta, apenas. E principalmente, obrigado aos poucos amigos que sei que conquistei aqui: Joanna Franko, Celso Moraes F, e Genecy Souza... Deve ter mais um ou dois que não recordo agora. Vou continuar a publicar meus escritos no site A Barata, como faço há 15 anos e no blog. Os amigos sabem onde me encontrar. Fui!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

22/08/2012

21/08/2012

Como Eu Crio Minha Poesia?


Como Eu Crio Minha Poesia?
Resposta a Uma Enquete de Claudio Willer
Luiz Carlos Barata Cichetto

A pergunta do poeta é muito pertinente, eu mesmo a fiz. Falaria ele da criação como ato físico de escrever uma porção de letras, umas grudadas às outras, com espaços, formando linhas chamadas de versos, com ou sem rimas? Ou deseja ele saber sobre o ato mental da criação? Ato mental sim, pois deixemos dessa balela inútil de poesia criada com o coração. O coração não cria nada, é um músculo. "Ih!" - o poeta retruca – “Começou mal esse aí, falando mal do coração, especulando com a ciência em lugar da emoção. Poeta que é poeta sabe que a poesia está no coração!" Mas eu garanto, que depois de umas mil delas escritas, que nenhuma brotou do coração. Ah, sim, o coração acelera quando cometo meus poemas. Mas isso é apenas porque o trabalho cerebral intenso necessita de maior quantidade de oxigênio. Tal como no sexo. Deixemos então de bobagem, deixemos o coração quieto, poupemo-lo do infarto. Ah, meu amigo poeta, ainda desejas saber como eu crio minha poesia? E eu a crio com o suor do trabalho duro que alimenta minha boca, com o sangue que escorre das porradas que tomei, com o esperma que (não) derramei pelas putas que não amei ou não me amaram. Minha poesia eu crio com as dores nas costas e nos pés de caminhar a pé por ruas que nunca terminam, por ônibus que nunca chegam (ou nunca levam a lugar nenhum). Minha poesia eu crio com os litros de bebida barata que tomo para espantar o frio e me fazer esquecer que a poesia é a maior culpada do teto que eu não tenho, do dinheiro que não ganhei, das noites que fico sem dormir, do respeito que não tive.. E finalmente, querido poeta, minha poesia eu crio com as lágrimas da tristeza em saber que minha poesia permanece ainda relegada ao quinto plano enquanto menininhas mimadas e moleques com pose de rebeldes tomam meu lugar. As lágrimas da incompreensão. Portanto, minha poesia é um processo químico, matemático. O mesmo que gera a dor, o cansaço e a ira. O coração, ele não tem nada a ver com isso.

A Ciência da Poesia
Luiz Carlos "Barata" Cichetto

Penso eu agora que a Poesia é a mais pura matemática
Arte concreta a somar emoção com regras de gramática
Mas ainda calculo solene olhando o meu verso
O tamanho da Poesia em relação ao Universo.

Seria a Poesia a métrica, uma fria e exata ciência
Ou seria Ela um estado alterado de consciência?
Inspiração ou conhecimento, a adição da cultura ao talento
Ou alucinação, percepção modificada por falta de alimento?

Seria, pergunto porta escancarada de uma alma liberta
Ou apenas a fresta de uma janela que nunca foi aberta?
Oh céus, seria então a Poesia manifestação mediúnica
Sendo então de tal forma de autoria exclusiva e única?

Penso enfim que de qualquer origem, forma ou trajetória
Sendo feita da ciência, do cálculo ou da arte premonitória
Sem negação existe a Poesia e é o que importa, afinal
Porque sem Poesia não existem ciências e ponto final.

5/12/2009
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NOTA ADICIONAL: O TEXTO ACIMA FOI ESCRITO COMO UMA RESPOSTA A UMA ENQUETE CRIADA POR CLAUDIO WILLER E DIVULGADA NO FACEBOOK. ATÉ O FINAL DA NOITE A POSTAGEM FICOU LÁ, MAS NA MANHÃ TINHA DESAPARECIDO. QUESTIONEI O SR. WILLER QUE SIMPLESMENTE NÃO RESPONDEU O PORQUE DA MINHA POSTAGEM TER SIDO SUMARIAMENTE REMOVIDA. AGORA EU ENTENDO PORQUE CERTAS COISAS NÃO ACONTECEM. A POESIA TEM DONOS... E EU SOU APENAS POETA.

20/08/2012

O Sofá-Cama Vermelho (Ou As Mulheres Preferem os Espertos)

Ugo Rho -  Naked Woman On a Red Sofa - http://www.celesteprize.com/artwork/ido:73764/

O Sofá-Cama Vermelho (Ou As Mulheres Preferem os Espertos)
Luiz Carlos Barata Cichetto

Nunca fui esperto! Desde garoto. Tinha colegas de escola espertos, colegas de rua espertos. Mas eu mesmo, nunca fui esperto. E eram eles, os espertos da escola que batiam em mim e nos outros também não espertos. E os da rua, esses me escalavam como goleiro do time, mesmo que apenas um par de tijolos bastasse. Mas eu não tinha inveja dos espertos, tinha raiva. Poderia ter inveja, porque eles sempre conseguiam garotas e eu não. Mas não tinha inveja, tinha ódio mesmo. Porque eles trapaceavam, colavam em provas, amedrontavam professoras - apesar de muitas se sentirem atraídas e seduzidas por eles. Eram violentos, sacanas e além de zombar dos mais pobres, feios e sujos, eram malvados, mesmo. Geralmente os espertos tinham mais dinheiro, mas isso não era regra, pois conheci muitos espertos pobres.

Quando cresci em tamanho e idade, era o maior da turma, mas nem por isso me tornei o mais esperto. Não sabia ser e por momentos tive raiva de mim por não ser. Queria as vezes ser como eles, se divertindo com tudo na vida, trapaceando e levando sempre vantagem em todas as situações, comendo todas as virgens e putas da escola e da rua. Mas eu não sabia ser esperto. Não conseguiria mesmo, mesmo que quisesse. As meninas gostavam dos espertos, se sentiam protegidas por eles.. Protegidas? Era o que elas passavam, que tinham medo e os espertos as protegiam. Mas medo de quem, se eram eles, os espertos, os violentos, trapaceiros e até mesmo estupradores? Seria medo dos não-espertos como eu? Ah, realmente nunca entendi as mulheres...

Não, eu nunca fui esperto, e sequer era bom em nenhuma espécie de esporte físico. Era uma lástima em futebol, basquete, handebol, qualquer um. Sempre achei que os esportes exigiam, além de preparo e aptidão físicas, uma certa dose de esperteza... E não acredito que essa opinião tenha mudado, porque todos os esporte competitivos exigem, sim, uma grande dose de esperteza, de malandragem.. Mas eu ia bem na escola, era o melhor da turma e, quando descobri que dentro de um antigo sofá-cama, existiam livros e revistas, me tornei não esperto, mas algo que os espertos de qualquer natureza ou forma nunca poderiam ser:  um ser pensante. Desde "O Magistrado" e a biografia de Alexander Hamilton, herói da independência americana do norte, os primeiros livros com cheiro de mofo e lotados de traças que encontrei no bojo naquele sofá-cama vermelho nunca mais parei.

Mesmo que de família pobre, nunca coloquei empecilhos a adquirir livros, andando quilômetros a pé para fazer entregas, deixando de comer lanche na escola e mesmo de ir ao dentista, para guardar o dinheiro e comprar livros e depois discos e revistas. Era meu tipo de esperteza, acredito. Mas sempre fui solitário e tímido, e nenhuma pessoa com essas características é um esperto. Espertos precisam estar em grupos para, ou criar escudos protetores às suas ações, ou para ter uma platéia que as aplauda. Espertos são egoístas na essência. 

Mas minha falta de esperteza, aliada à timidez causaram grandes danos à minha cabeça. Eu era o sujeito que não comia ninguém, que sempre pisava nos pés das garotas nos bailes, que nunca ia a festas. Não era mesmo nem um pouco esperto e as mulheres sempre gostaram dos caras espertos. Eu nunca entendi mesmo as mulheres e só me restava ir em busca das putas. Estas sim, embora também gostassem dos espertos da mesma forma que as meninas das escola, eram mais tolerantes com os não espertos. E estes tinham e lhes davam aquilo que os espertos jamais poderiam lhes dar: atenção e carinho. Sim pois espertos não dão atenção e carinho a ninguém a não ser a si próprios. E a elas eu era não esperto, mas especial, com minhas histórias lidas nos livros, com minhas poesias, com meus carinhos gratuitos. E era o que no fundo elas mais queriam: algo gratuito, pois dinheiro elas recebiam pelo sexo com os espertos. Comigo, o eterno não-esperto era de graça, éramos de graça.

A partir de então, devorando livros e discos, nunca mais parei de pensar, de buscar ser  melhor a mim mesmo, e portanto melhor àqueles que comigo convivessem. Mas, os espertos e as espertas estão por toda parte. E tive mulheres espertas, que zombaram de mim, que me trairam, que me violentaram com suas mentiras. Eu nunca fui mesmo esperto e me quedava ao silêncio das minhas poesias, que eram rasgadas, me quedava ao silêncio da leitura, que era quebrada por gritos. Nunca fui esperto.... E realmente nunca entendi as mulheres... Que sempre preferiram aos espertos...

Realmente, nunca aprendi ser esperto. Agora que passei dos cinquenta anos então... Aqueles amigos de escola e de rua, sempre espertos estão por aí, sempre mais espertos. Criaram uma prole de crianças espertas e estão dominando o planeta com sua esperteza. São a maioria no mundo, e como apregoa um antigo dito popular "o mundo é dos espertos". 

Quanto a mim, continuo a não ser esperto, não existe mais o sofá-cama vermelho, muitos dos meus livros foram perdidos e outros achados. E continuo a não entender porque não apenas as mulheres preferem os espertos.

19/08/2012

O Suprassumo do Superestimado


O Suprassumo do Superestimado
Minha Lista dos 11 Mais (ou Menos?) 
Luiz Carlos Barata Cichetto

É muito comum pedirem a pessoas, especialmente aquelas que têm um certo renome para que façam listas, de preferência com dez itens (porque 10? Numero redondo?) das coisas que mais gostam. Com pessoas relacionadas a musica, então, as listas dos "Dez Melhores Discos" é comum. O intuito é muito menos saber do que o tal renomado ou renomada gosta, mas com isso influenciar o público alvo.

Acredito que até eu mesmo tenha feito essas listas a pedido de alguém. Um blog que tem uma rádio um dia pediu uma lista minha com 500 (sim, quinhentas) musicas consideradas clássicos do Rock... Mas no fundo, essas listas são completamente idiotas e inúteis. Listas são necessárias a compras de supermercados e festas de casamento.

Mas não resisti a uma idéia de montar uma lista não com as melhores, mas com as piores, e não com 10, mas com 11. Então, seguidas dos comentários explicativos, minha lista dos artistas mais superestimados. A minha lista contem: os mais pedantes, prepotentes, pomposos, patéticos... Ou seja, para continuar na letra "P", Os Onze Mais Pau no Cu!... Lista 1 - Brasil.

Não desejo influenciar ninguém, muito menos mostrar que sou “do contra”, como muita gente pode pensar. Essa “lista” é bem conhecida daqueles que acompanham meu trabalho. Apenas não sou parte integrante de uma massa burra que aceita o que é imposto “pela ditadura das massas”.

A lista não segue nenhuma ordem de preferência e é acompanhada no final por um disco com a indicação "Suprassumo do Superestimado", um disco que ninguém deve, em hipótese alguma escutar.


1. Elis Regina - Uma das mais chatas, insuportáveis e pretensiosas cantoras brasileiras. A panela da elite da Musica Popular Brasileira a elegeu como grande cantora, mas seus berros deixavam qualquer gralha com inveja. Só consegue berrar. Não bastasse isso, morreu de overdose e se tornou mito, deixando ainda um legado mais chato, insuportável e pretensioso que ela própria, sua filha Maria Rita.

Suprassumo do Superestimado: "Falso Brilhante". (Esse disco lançou a carreira de Belchior, outro que merecia estar nesta lista, mas por falta de espaço não coube. Segundo a Wikipedia: "um dos discos mais representativos da MPB.".. Então realmente estamos mal de representatividade.

2. Caetano Veloso - Até por volta de 1980, quando lançou Bicho Baile Show, Caetano era um ser pensante, ativo, inteligente. A partir dai, acredita-se que com medo da idade que chegava, passou a se portar como um adolescente insuportável e ranheta. A roupa cor de rosa não combinava mais e suas posturas menos ainda. Fez algumas, poucas, musicas interessantes desde então, mas suas declarações se tornaram piegas e ridículas. Caetano não soube envelhecer e ainda quis posar de roqueiro ao lançar um disco chato ao extremo.
Suprassumo do Superestimado: "Bicho" (A pior bobagem discografica que um musico poderia lançar. "Tigresa" "Leãozinho" são pura frescura autobiográfica de um artista que chegou ao fundo do poço criativo e agora se debate para sair, mirando na água abaixo dele pensando que espelho...”Narciso acha feio o que não é espelho”?.


3. Chico Buarque - O maior caso de varizes confundida com sangue azul do Brasil. Chico Buarque, com seus olhos claros era a delicia das mulheres da Ditadura Militar. Sua chatíssima "Carolina" embalou os corações verde oliva e os livros de Educação Moral e Cívica e ele contando como sofreu com a Ditadura. Gosta de brincar de pobre e tem algumas questões de plágio a abalar sua gloriosa carreira. O livro "Fazenda Modelo", plágio de "Revolução dos Bichos", "Geni e o Zepelin" de um conto de Guy de Maupassant e outras tantas, fazem dele um autêntico gozador com o pau dos outros.

Suprassumo do Superestimado: "Ópera do Malandro" (O maior exemplo da "criatividade" chicobuarquiana, incapaz de criar a partir de suas próprias idéias. É nesse disco que aparece "Geni e o Zepelin")

4. Gilberto Gil - O eterno "murista". Participou da "Passeata Contra a Guitarra Elétrica" e uma semana depois participava de de um festival acompanhado de uma banda empunhando esse instrumento "dominador". Sempre foi para a praia onde a onda da fama e do dinheiro o carregou. Usa de símbolos da cultura popular, como a umbanda e outros para se fingir de pobre. Sua grande obra como Ministro da (A)Cultura foi aumentar sensivelmente o valor do cachê de seus shows, coisa que andava meio em baixa. Brincou de ser "Punk da Periferia" também. Entre outras facetas, foi o responsável pela hipervalorização de uma banda pra lá de mediocre, que segue:
Suprassumo do Superestimado: "Realce" (Além da confessional "Super Homem, a Canção" (Gilberto não é gay, mas não ia perder a oportunidade de subir nesse muro também) tem a chatissima versão da não menos chatissima "No Woman No Cry", de Bob Marley (ele não ia perder a oportunidade de subir no muro do Reggae também).


5. Mutantes (Rita Lee e Arnaldo Dias Baptista) - Uma das coisas mais pomposas, chatas e supervalorizadas da Musica Brasileira. Tem uma legião interminável de ripongas tardios a lhe seguir pelo mundo afora. São responsabilizados por criar uma linguagem roqueira no Brasil, quando na verdade eram um bando de mimados pretensiosos que só queriam transar e fumar maconha. Desse grupo, o mundo não ficaria livre tão cedo, pois sua "estrela" foi alçada a categoria de musa e até hoje acha que é. Gosta de provocar policiais e se fingir de fora da lei, mas também de invocar a mesma quando o calo lhe aperta. Seu ex-muso, Arnaldo Baptista, é hoje um artista plástico que pinta tão bem quanto meu neto de dois anos. É considerado uma lenda viva, mas pensa que ainda é Loki.. Bicho.

Suprassumo do Superestimado: "A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado" (Um disco que demonstra bem a pseudo psicodelia intectualóide da banda)

6. Renato Russo - Um dos casos mais explícitos de supervalorização, de um cantor medíocre, plagiador que não se sentia constrangido de plagiar até a Bíblia Cristã e Shakespeare. Criou uma autêntica legião de retardados culturais que cantam suas musicas e o acham o grande poeta do Brasil. Uma estrelinha micha que gostava de aprontar escândalos para chamar a atenção. Outro que depois da morte passou a ser endeusado e colocado como mártir, mas que se vivo estivesse estaria participando exaustivamente de programas chatos de domingo á tarde na Televisão.
Suprassumo do Superestimado: "Música para Acampamentos" (Uma coletânea, então, portanto a forma mais fácil de saber o quão pretensioso era esse cidadão)

7. Tom Zé - Ele é um grande musico... É??? Gosta de desmontar e remontar violões enquanto toca, fotografar bolas de vidro enfiadas no cu de mulheres e ... de dar entrevistas em programas de humor na Televisão. Sua musica é ovacionada mundo afora e serve para os descolados se fingirem de entendidos, demonstrando o quanto a "arte conceitual" brasileira é importante e criativa, tal como um prego torto numa galeria de arte.
Suprassumo do Superestimado:  "Estudando o Pagode" (Que ainda tem a petulância de colocar uma musica chamada "O Amor é Um Rock"... Isso é uma ofensa!)


8. Tom Jobim - Caso típico de chato pseudo-intelectual que agrada aqueles que se fingem de inteligentes, descolados e cultos. Ninguém consegue escutá-lo mais do que cinco minutos, por isso fazem silêncio e o colocam como grande criador. É um grande maestro, mas sua musica é de uma chatice incompreensível. Com exceção das entrevistas e dos violões desmontados, era exatamente igual a Tom Zé.

Suprassumo do Superestimado: " Miucha & Tom Jobim" (Como se não bastasse, a companhia de uma das irmãs de Chico Buarque, ex-mulher de João Gilberto e mãe de Bebel Gilberto... Nossa, quanta coisa ruim junta para uma pessoa só..)

9. Jorge Mautner - É um grande escritor. Era até interessante antes de se tornar o puxa-saco-mor de Caetano Veloso. Como escritor, escreveu obras sensacionais, mas como musico, apenas esquisitices. É tido como um maldito, mas não passa de um metido... Ou seja, superestimado.
Suprassumo do Superestimado: "Eu Não Peço Desculpa" (Que ainda conta com a participação de Caetano Veloso: peça desculpas, sim!)


10. Raul Seixas - Muita gente poderá estranhar a presença de Raul em minha lista. Mas o adiciono não tanto por ele propriamente, mas pelo endeusamento de sua figura depois de morto. E também por ter sido ele um grande plagiador. Ao menos uma duzia de musicas são plágios descarados, incluindo ai ""Rock das Aranhas", "A Beira do Pantanal"  e outras tantas. Mas o grande motivo de Raul Seixas estar presente aqui é pela aura de Santo, de Deus, que seus fãs colocaram, transformando-o num messias. Suas frases são repetidas aos quatro cantos do mundo, sem a menor compreensão na maioria das vezes, e ele passou a ser uma grande desculpa para bêbados e irresponsáveis sociais. A Passeata do Raul, em 21 de Agosto, é a coisa mais deprimente da face da Terra, com uma porrada de bebuns, fanáticos e nóias, empunhando um violão que não sabe tocar e - até as mulheres - usando cavanhaque e bigode. Aquilo parece a regravação do clip "Thriller" de Michael Jackson, com um bando de mulambos saindo dos bueiros. Realmente, ele não merecia isso.

Suprassumo do Superestimado: "A Panela do Diabo" (Último disco, gravado com Marcelo Nova, mostra um Raul Seixas deprimente, se arrastando, mal conseguindo cantar, demonstrando uma fragilidade tentando disfarçar a saude combalida.


11. Roberto Carlos - O "Rei" não poderia faltar na minha lista de superestimados. Primeiramente pergunto: Rei de Quê? De Quem? Só se for o rei do mal gosto e dos pobres aculturados. Aluno da escola de João Gilberto que fez com que aqueles que não sabem cantar, que não voz,  sejam alçados à categoria de cantores. Quando ainda se vendia discos, ele gravava todo ano o mesmo e enchia os bolsos de dinheiro, agora faz show até em puteiro de periferia. Suas manias, suas esquisitices fazem dele o Rei, sim! Mas o Rei dos Superestimados.

Suprassumo do Superestimado: "Roberto Carlos e Caetano Veloso e a Música de Tom Jobim"... (Esse disco é o suprassumo dos suprassumos elevado a enésima potência da Superestimação. Tinha que terminar com ele, porque ele resume a lista de forma absoluta. )

Nota Final: Guarde suas pedras! E aprenda a dar importância a realmente aquilo que é bom de fato, não àquilo que a grande mídia quer que dê. Não diga que João Gilberto, Tom Jobim e todos os outros citados nesta lista são gênios sem ter escutado mais do que uma música deles. (Aliás, não escutou porque? Porque não aguentou? ) Deixe a aparência e a cor dos olhos, a origem deste ou daquele artista fora do seu julgamento e, por conseguinte, gosto. Um artista é um ser humano igual a qualquer outro, que peida, caga, mija, enche a cara e escreve ou compõe em determinados momentos uma ou outra obra. Genialidade é o conjunto de, não apenas obras artísticas, mas das atitudes de um artista. Deixe de ser papagaio e falar que fulano ou fulana são bons pra caraio apenas pra contentar a maioria e não se sentir fora da "galera". Seja autêntico, revolucione a si mesmo!

Existem, claro, outros artistas que poderiam e podem fazer parte desta lista,ainda dentro do território brasileiro. Ao menos uma outra lista de outros onze nomes. E nem precisa ficar comentando e discordando de um ou outro nome, muito menos acrescentando nenhum. E, é lógico que os fanáticos por um ou outro nome constante poderão e irão espernear, xingar, ameaçar... Mas, o lugar de gente fanática é na política ou na igreja, enfiado dentro de sua própria mediocridade.

18/08/2012

18/08/2012

Filosofia na Orgia



Filosofia na Orgia
Barata Cichetto

Sentes junto a mim e escute as histórias que eu lhe conto
Mas antes saiba que aquele que conta aumenta um ponto
Preciso lhe contar sobre os prazeres santos dos anjos traídos
E sobre demônios que não gozaram o gozo de deuses caídos.

Dispamos nossas roupas, pois é mister a total nudez
A entendermos os mistérios da alma e da sua sordidez
Que tal afagar meus cabelos e escutar minha história
Falando, eu conto casos sobre a dor e sobre a escória.

Deixa eu lhe contar sobre batalhas e guerras, igrejas e crentes
Sobre a mentira de Deus e as verdades nos olhos das serpentes
Ao mesmo tempo em que enfio em sua buceta meus dois dedos
E mexendo descubro que a dor é apenas outro de seus segredos.

Senta e escuta a história, mas senta em cima do meu pau
Deixa enterrado em sua buceta enquanto falo sobre o mau
Suba e desça, suba e desça, pois antes mesmo que anoiteça
Iremos explodir de tesão antes que a paixão ainda apareça.

Enquanto eu conto a história, grita e arranha meus ombros
Unhas são facas, podem transformar desejos em escombros
Deixa eu enfiar meus dedos no seu cu e apertar a sua bunda
Mais a história segue e mais sua buceta em meu pau afunda.

Deixa agora eu contar um detalhe ainda pouco conhecido
Portanto tenho que lhe contar com a língua em seu ouvido
Sei que neste momento estremecerás em elétricas correntes
E quando o segredo acabar tremerás em orgásticas torrentes.

Sabia que em Esparta, meninos eram soldados desde crianças 
Comiam sangue e eram fortes, educados a não ter esperanças
Parceiros a eles eram sempre do mesmo sexo, um ao outro a foder
Mas o Rei sabia que amantes em uma guerra aumentam seu poder.

Agora que sabes da tática bélica espartana, ficas de joelhos no leito
Que meu pau penetrará em seu cu, e lentamente, segurando seu peito
Eu a farei lançar gritos que entre a filosofia do prazer e da dor imensa
Será meu instrumento de dominação, e seu cu será minha recompensa.

Suas unhas em minhas costas, meus dedos em seu rabo enfiados
Porque será que nós dois somos um com o outro tão desconfiados?
De minhas costas escorre puro sangue, de seu cu puro prazer
Confie em mim, acredite nas histórias que eu venho lhe trazer.

Trago histórias de um tempo em que a morte não era de morrer
Um tempo em que a mágica era magia, sangue não de escorrer
Histórias alegres sobre um tempo em que fadas eram crianças
E as crianças eram fadas sob a forma de sonhos e esperanças.

Preciso interromper a narrativa, pois desejo aos bicos dos seus peitos
Transitar minha língua, lamber os bicos de rosas em círculos perfeitos
Subas aos céus, desça aos infernos, grite igual a deusa do paganismo
Enquanto chupo seus peitos e penso o quanto acredito em cristianismo.

Preciso agora lhe contar sobre a dor que sentia o ditador ao ser deposto
Enquanto meu pau endurecido explora sua boca e a pele do seu rosto
Ao ditador cabe a prisão, a tortura e a morte sem que ninguém o socorra
Em sua boca cabe apenas o prazer de ser preenchida de minha esporra.

Quero lhe contar sobre a história da pequena princesa de olhos negros
Estuprada pelo guardião do templo, traiu aos romanos e deu aos gregos
Mas ainda triste, a pequena não queria apenas ser uma doce princesa
Partiu então em direção á Lesbos, onde seria eleita a Rainha da Tristeza.

Mas enquanto eu conto, minha querida e doce prostituta do universo
Chupe meu pinto, que prometo que a cantarei em prosa e em verso
Enquanto falo sobre filosofias, políticas e lhe conto sobre minhas lutas
Deixe que eu goze em sua boca, que eu a elegerei a Rainha das Putas.

Ainda tenho muita história a contar, portanto não durma ainda que noite
Tenho que lhe falar sobre o chicote, dores e sobre os prazeres do açoite
Pegue daquele chicote, deixe que eu marque suas costas e suas pernas
Assim entenderás o prazer e assim saberás o que são as paixões eternas.

Pegue de sua pequena mão, segure a cabeça do meu pau, meu pinto
Suba e desça, desça e suba, acima e abaixo, é gostoso o que eu sinto
Minha mão quase inteira com exceção do polegar penetra em sua vagina
E não há filosofia que possa entender o prazer de masturbar uma menina.

Oh, doce criança! É doce o paladar de sua buceta, raro perfume o cheiro
Lindo ouvir o som de minha língua, estalando igual ao chicote do cocheiro
Esplendido sentir na língua cada cavidade, ver os grandes e pequenos lábios
E a história chega ao fim, pois o prazer emudece o maior dos grandes sábios.

Coloque agora as roupas, vista a calcinha, meu esperma irá carregar consigo
E até que urine ou até que outro lhe conte histórias eu ainda serei seu amigo
Um dia fui Rei e fui deposto, mas retomarei meu reinado e minhas oferendas
E pegue meu dinheiro, que é o preço que tenho que pagar por minhas lendas.

11/11/2006
Registro no E.D.A. da F.B.N. : 505.851 - Livro 958 - Folha 97

Filosofia na Orgia



Filosofia na Orgia
Barata Cichetto

Sentes junto a mim e escute as histórias que eu lhe conto
Mas antes saiba que aquele que conta aumenta um ponto
Preciso lhe contar sobre os prazeres santos dos anjos traídos
E sobre demônios que não gozaram o gozo de deuses caídos.

Dispamos nossas roupas, pois é mister a total nudez
A entendermos os mistérios da alma e da sua sordidez
Que tal afagar meus cabelos e escutar minha história
Falando, eu conto casos sobre a dor e sobre a escória.

Deixa eu lhe contar sobre batalhas e guerras, igrejas e crentes
Sobre a mentira de Deus e as verdades nos olhos das serpentes
Ao mesmo tempo em que enfio em sua buceta meus dois dedos
E mexendo descubro que a dor é apenas outro de seus segredos.

Senta e escuta a história, mas senta em cima do meu pau
Deixa enterrado em sua buceta enquanto falo sobre o mau
Suba e desça, suba e desça, pois antes mesmo que anoiteça
Iremos explodir de tesão antes que a paixão ainda apareça.

Enquanto eu conto a história, grita e arranha meus ombros
Unhas são facas, podem transformar desejos em escombros
Deixa eu enfiar meus dedos no seu cu e apertar a sua bunda
Mais a história segue e mais sua buceta em meu pau afunda.

Deixa agora eu contar um detalhe ainda pouco conhecido
Portanto tenho que lhe contar com a língua em seu ouvido
Sei que neste momento estremecerás em elétricas correntes
E quando o segredo acabar tremerás em orgásticas torrentes.

Sabia que em Esparta, meninos eram soldados desde crianças 
Comiam sangue e eram fortes, educados a não ter esperanças
Parceiros a eles eram sempre do mesmo sexo, um ao outro a foder
Mas o Rei sabia que amantes em uma guerra aumentam seu poder.

Agora que sabes da tática bélica espartana, ficas de joelhos no leito
Que meu pau penetrará em seu cu, e lentamente, segurando seu peito
Eu a farei lançar gritos que entre a filosofia do prazer e da dor imensa
Será meu instrumento de dominação, e seu cu será minha recompensa.

Suas unhas em minhas costas, meus dedos em seu rabo enfiados
Porque será que nós dois somos um com o outro tão desconfiados?
De minhas costas escorre puro sangue, de seu cu puro prazer
Confie em mim, acredite nas histórias que eu venho lhe trazer.

Trago histórias de um tempo em que a morte não era de morrer
Um tempo em que a mágica era magia, sangue não de escorrer
Histórias alegres sobre um tempo em que fadas eram crianças
E as crianças eram fadas sob a forma de sonhos e esperanças.

Preciso interromper a narrativa, pois desejo aos bicos dos seus peitos
Transitar minha língua, lamber os bicos de rosas em círculos perfeitos
Subas aos céus, desça aos infernos, grite igual a deusa do paganismo
Enquanto chupo seus peitos e penso o quanto acredito em cristianismo.

Preciso agora lhe contar sobre a dor que sentia o ditador ao ser deposto
Enquanto meu pau endurecido explora sua boca e a pele do seu rosto
Ao ditador cabe a prisão, a tortura e a morte sem que ninguém o socorra
Em sua boca cabe apenas o prazer de ser preenchida de minha esporra.

Quero lhe contar sobre a história da pequena princesa de olhos negros
Estuprada pelo guardião do templo, traiu aos romanos e deu aos gregos
Mas ainda triste, a pequena não queria apenas ser uma doce princesa
Partiu então em direção á Lesbos, onde seria eleita a Rainha da Tristeza.

Mas enquanto eu conto, minha querida e doce prostituta do universo
Chupe meu pinto, que prometo que a cantarei em prosa e em verso
Enquanto falo sobre filosofias, políticas e lhe conto sobre minhas lutas
Deixe que eu goze em sua boca, que eu a elegerei a Rainha das Putas.

Ainda tenho muita história a contar, portanto não durma ainda que noite
Tenho que lhe falar sobre o chicote, dores e sobre os prazeres do açoite
Pegue daquele chicote, deixe que eu marque suas costas e suas pernas
Assim entenderás o prazer e assim saberás o que são as paixões eternas.

Pegue de sua pequena mão, segure a cabeça do meu pau, meu pinto
Suba e desça, desça e suba, acima e abaixo, é gostoso o que eu sinto
Minha mão quase inteira com exceção do polegar penetra em sua vagina
E não há filosofia que possa entender o prazer de masturbar uma menina.

Oh, doce criança! É doce o paladar de sua buceta, raro perfume o cheiro
Lindo ouvir o som de minha língua, estalando igual ao chicote do cocheiro
Esplendido sentir na língua cada cavidade, ver os grandes e pequenos lábios
E a história chega ao fim, pois o prazer emudece o maior dos grandes sábios.

Coloque agora as roupas, vista a calcinha, meu esperma irá carregar consigo
E até que urine ou até que outro lhe conte histórias eu ainda serei seu amigo
Um dia fui Rei e fui deposto, mas retomarei meu reinado e minhas oferendas
E pegue meu dinheiro, que é o preço que tenho que pagar por minhas lendas.

11/11/2006
Registro no E.D.A. da F.B.N. : 505.851 - Livro 958 - Folha 97