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26/05/2015

Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 06 - 25/05/2015

Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 06 - 25/05/2015

Nicotines - A Mil Por Hora

Coven - Black Sabbath
Sabaton - Primo Victoria
Vento Motivo - A Despedida do Poeta
Poesia: Barata - Olhos Vermelhos

Klaus Nomi - Total Eclipse
Curved Air - Vivaldi (Live)
The Cramps - Human Fly
Ciro Pessoa - Anis

Neil Young - Cinnamon Girl
Patti Smith - Horses &  Hey Joe
Nick Drake - Pink Moon
Poesia: Barata - Poesia em Preto e Branco

Nicotines - Rosa Junkie

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Poesia em Preto e Branco
Barata Cichetto
(Inspirado por uma entrevista de Ciro Pessoa)
(Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN
Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)

Minha poesia não tem cor, nenhuma imagem frutacor
Arco-íris nem pensar, flores de plástico, jardim incolor
Produzida originalmente em preto e branco minha arte
Nuvem negra, chuva branca e putas incolores de Marte.

Em preto e branco é minha imagem refletida no espelho
Branco e preto minha bandeira, morte ao pano vermelho
Sem cor é minha paixão, só uma descolorida impressão
E coqueiros na praia balançam aos ventos da depressão.

Não há cor em mim, não há cor em minha amada buceta
Amo minha "mulher ampulheta", minha mulher a punheta
E se ao riscar a um fósforo, enxergo a chama descolorida
Penso que apenas no fogo existe a cor, realidade dolorida.

Acendo um cigarro e olho a fumaça branca desaparecer
Não é apenas a poesia a não ter cor, não posso esquecer
Sou eu mesmo ser tão sem cor que não deixo entrar a luz
E nos tempos coloridos, o preto e branco é o que me reluz.

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Psychotic Eyes
(Olhos Vermelhos)
Barata Cichetto
(Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN
Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)

Olhos, olhos... Procuro pelos meus olhos no espelho
E os encontro sem brilho, encharcados de vermelho
Aos meus olhos encontro, mas nunca em meu rosto
E parece que até o olhar têm medo do meu desgosto.

Olhos, olhos... E dentro de meu olhar busco a mim
Mas apenas a ausência encontro a buscar tal fim
E até meus olhos, que fogem do meu olhar insano
Sabem que dentro de mim existe algo desumano.

Ah, meus olhos! Onde anda seu antigo resplendor
Exibindo o brilho das flores em todo seu esplendor?
Agora os enxergo opacos, solitários e embaçados
O olhar dos loucos, dos poetas e dos desgraçados.

Ah, olhos meus...  Tremo perante os olhares do terror
Mas ao olhar em meus olhos encontro apenas horror
E entendo que são somente eles que me enxergam
Apenas meus olhos psicóticos que a mim renegam.

18/05/2015

Gatos & Alfaces Rock in Poetry 2


Gatos & Alfaces Apresenta
Rock in Poetry 2
Lançamento da Edição 5 da revista Gatos & Alfaces, incluindo o CD exclusivo "A Mil Por Hora", da banda de Manaus Nicotines.
30 de Maio de 2015, - Sábado, 19:00H
Bar do Aranha, Av. Álvaro Ramos, 934, Belém, Próximo ao SESC Belenzinho)
Show com as Bandas: Vento Motivo e Poolsar
E ainda  Ciro Pessoa, co-fundador dos Titãs e criador da Cabine C, declamando poemas de seu livro: Relatos da Existência Caótica.
Entrada: Franca
www.gatosealfaces.com.br
Apoio Stay Rock Brasil

Preços de Venda:
Livro "Troco Poesia Por Dinamite" = $ 40,00
Revista Gatos & Alfaces 5 + CD Nicotines = 20,00
Pacote Revista + Livro = $ 50,00 (Exclusivamente no Evento)

17/05/2015

Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 05

Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 05 - 18/05/2015
Brasil: Uma Colônia Penal para Exilados
Amyr Cantusio Jr.

O Brasil se tornou uma sub-cultura atrofiada, permeada por criminosos, arte medíocre feita por marginais, pornografia, falta de educação e analfabetismo em massa.

Panelas de corruptos em todos setores, onde só entra quem participa do jabá nojento. Aqui nesta terra de bandidos, você não pode expressar o que pensa, porque você sempre é o ERRADO, a ovelha negra. Toda a mídia está de rabo amarrado com a política da degeneração, conformados e de cabeça baixa, só defendendo seu lado financeiro.

Há muito o idealismo desapareceu, e a revolução tão necessária não passa de um mito. Povo totalmente alienado, que mistura muito bem o marginalismo, com a subcultura sertaneja pop esdrúxula e religião de quinta categoria. Enquanto os ditos "crentes" estão orando neste mar de excremento de Igrejas dos Cem Nomes, seus filhos estão se prostituindo em bailes funk e tráfico de drogas.

O país está quase 100 % ANALFABETIZADO num projeto instalado por um governo sem vergonha, o qual representa bem o "povo do churrasco e das igrejas carnavalescas".

Neste estado, onde músicos como eu, que não podem e nem são permitidos espaços para tocar, mostrar a arte, vender ou demonstrar a própria música, só resta o Exílio.

De forma que quase é certo que ao menos para mim, não há mais horizontes dentro do Brasil, por falta total de interesse coletivo na minha arte.

Então, não toco mais. Já faz 2 anos que fiz meu último concerto de piano. O Alpha III vinha tocando uma vez ao ano, com muita pressão e contrariedades, e total falta de apoio de qualquer segmento. Inútil tentar fazer ARTE de nível numa Sub-Cultura que impera e insiste na corrupção e mediocridade.

Aos fãs restam meus CDs e LPs e esporádicos contatos. Infelizmente creio que estou terminando minha trajetória artística forçado pelas circunstâncias adversas.

Que fique aqui o meu registro biográfico da verdade sobre "o que é ser músico que preza por um nível no Brasil".

Grato.

Amyr Cantusio Jr., Maio 2015

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Edgar Winter & Ringo Starr And His All Starr Band - Frankenstein
Hawkwind - Sonic Attack
Peter, Paul & Mary - 500 Miles
Alma Celta - Celtic Soul

Rata Blanca and Glenn Hughes - Stormbringer
Melvins - Lizzy
Kamboja - Contagem Final
Leonard Cohen - Who by Fire

Sweet - Ballroom Blitz
The Animals - Inside Looking Out (Live, 1966)
The Kinks - Lola
Patrulha do Espaço - Justiça e Rock'n'Roll


Amyr Cantusio Jr - Mil Novecentos e Noventa e Nove





16/05/2015

O Pão, a Puta e o Padeiro

O Pão, a Puta e o Padeiro
Barata Cichetto
(Direitos Autorais Reservados - Proibida a Cópia e Reprodução Sem Autorização)

Na esquina tinha uma padaria que abria antes do amanhecer
Escura padaria com um padeiro que nunca parecia envelhecer
Onde o poeta bebia café preto e comia pão com margarina
E nos guardanapos de papel cometia sua poesia adulterina.

Era moderna a tal padaria e o poeta ali matava a sua fome
No balcão imitando mármore negro da padaria sem nome
E se era poeta o padeiro com seu pão feito de trigo e de sal
Nem tanto era aquele que vomitava no papel todo o seu mal.

Tinha na esquina uma antiga padaria onde o poeta bebia
Quase todas as noites antes de escrever sua ultima poesia
E naquele balcão onde senhoras carentes pediam seu pão
Que aquele poeta morria diariamente depois de outro não.

E tinha esquina na padaria e o poeta jogado na sarjeta
Onde o padeiro pedia perdão e uma puta a sua gorjeta
Mas entre o pão, a puta e o padeiro, poesia permanece
E o poeta a panifica na padaria onde nunca amanhece.

16/05/2015

13/05/2015

O Campo Minado de Barata Cichetto

O Campo Minado de Barata Cichetto
Ciro Pessoa, Músico, Poeta, Poeta. Cofundador da banda Titãs e criador da Cabine C.


A sensação que tive ao terminar de ler “Troco Poesia Por Dinamite” foi a mesma que alguém deve ter após sobreviver a um intenso bombardeio. Ou a atravessar um extenso campo minado e conseguir chegar do outro lado razoavelmente intacto. Porque a poesia bélica de Barata Cichetto é semelhante a um míssil cortando a noite anestesiada e explodindo no centro do comodismo mental e comportamental que tão bem caracteriza este irritante e retrógrado começo de século XXI.

Localizar a constelação onde se encontra a poesia de Barata não é uma tarefa fácil. É claro que ouvimos aqui e ali as vozes rumorosas de Marques de Sade, que os vultos de Rimbaud e Baudelaire sobrevoam um ou outro poema e que as presenças físicas de Lou Reed e Patti Smith em diversos momentos do livro os tornam influências explícitas. Mas a poesia de Cichetto vai além das suas influências e inventa uma constelação própria que ele próprio define: “Da sujeira sou o bardo e carrego imundice na mente/Sou poeta sujo e da sujeira é que carrego a semente/Minha poesia é imunda, fede bosta e quero sujeira/Feito o porco chafurdando na merda à sua maneira.”

“Troco Poesia Por Dinamite” mostra um poeta intenso e íntegro e uma poesia obcecada por poesia, sexo, morte, marginalidade e escatologia. E o cenário onde flutuam estas obsessões neuróticas, eróticas e mórbidas é a cidade de São Paulo, outra obsessão de Barata Cichetto.

No desconcertante poema “Roteiro para filme pornô”, por exemplo, o poeta descreve um casal que pega o metrô na Estação Barra Funda e vai transando até a estação terminal de Itaquera “Artur Alvim, tua boca no meu pau e usuários de bocas abertas/A surpresa só é boa demais quando acontece nas horas incertas/ E antes de chegar no que seria o fim de uma trepada seminal/ Gozei na tua cara antes do trem chegar a Itaquera, a terminal”.

“Troco poesia por dinamite”, por fim, exibe uma poesia vigorosa, destemida e absolutamente atemporal e atual: “Porque a minha poesia é escrita com gosto/Eu não gosto de quem escreve por desgosto” clama Barata em “Desgosto e desgosto”. Atesto: é verdade.


Troco Poesia Por Dinamite
Barata Cichetto
224 Páginas, 111 Poemas
Prefácio: Ciro Pessoa e Esdras M. Junior
Gatos & Alfaces Artesanato de Livros
Arte da Capa: Barata Cichetto sobre radiografia de seu próprio crânio
Contracapa: Nua Estrela
Preço: R$ 40,00 + 10,00 Frete (Brasil)
Pedidos: (11) 9 6358-9727
contato@gatosealfaces.com.br

Impressões Sobre "Troco Poesia Por Dinamite"

Impressões
Esdras M. Junior,  Professor e Filósofo



Viver não é algo exatamente tranquilo e leve. Amar, também não. A realidade é feita de oposições e contradições. A leveza e o peso andam juntos, assim como o amor e ódio, por exemplo.

Nesse paradoxo que é o mundo das emoções, o mais difícil talvez seja identificar ate onde vai a leveza e desde onde começa o peso. Mesmo porque, as emoções e suas essências não estão nem num nem noutro, mas em nós mesmos. Nós é que abastecemos os momentos da vida ou com tensão ou com tranquilidade (eis aí mais uma oposição).

Neste ambiente surgem os poetas. Para tentar demonstrar os opostos. Alguns autores, com mais tranquilidade, bucolismo, suavidade ou leveza, enquanto que outros, com mais tensão, mais peso, mais acidez, mais nervosismo...

Neste sentido, o poeta Barata, dono de um estilo escancarado, explicito e provocador, mostra-se em grande performance. Misturando putas, asnos, dinamite e outras "coisinhas" mais, denuncia a existência de muito mais que apenas um mar de rosas e beijos suaves na alma humana durante momentos de uma vida.

Apresenta, com sua impavidez, a existência das contradições do ser. Ou as contradições necessárias para o ser humano ser.

É como se expusesse o que há de pior entre as rosas, que nem por isso deixarão de ser o que são: rosas. Rosas serão sempre rosas, a despeito de terem (ou até por que tem) espinhos. Destarte, o ser humano também será sempre humano, apesar de ser (ou mesmo por que é) selvagem, animal e grotesco.

O homem que fecha os olhos para o feio e só vê o bonito nega a sua própria existência. Sempre temos que ser capazes de perceber os dois lados de nossas ambiguidades. Assim, o Barata cumpre muito bem o seu papel de poeta, expondo a tensão que é viver emoções.

Por que trocar poesia por dinamite? Talvez por que precisamos mesmo, muitas vezes, trocar o suave (poesia, como normalmente é considerada) pelo tenso (no caso, dinamite). Mas sem que+ nenhum dos opostos se sobressaia por que, para estarmos em equilíbrio, precisamos viver sempre o antagonismo.
Se a suavidade se sobressai, nos tornamos passivos e acomodados, mas, por outro lado, se a tensão se sobressai, nos tornamos ansiosos, agressivos, violentos, estressados...

Ou seja, até no título, o Barata foi genial.

"Jesus Woman" - Quadro de Nua Estrela
Troco Poesia Por Dinamite
Barata Cichetto
224 Páginas, 111 Poemas
Prefácio: Ciro Pessoa e Esdras M. Junior
Gatos & Alfaces Artesanato de Livros
Arte da Capa: Barata Cichetto sobre radiografia de seu próprio crânio
Contracapa: Nua Estrela
Preço: R$ 40,00 + 10,00 Frete (Brasil)
Pedidos: (11) 9 6358-9727
contato@gatosealfaces.com.br

Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 04



Blues Riders - Nos Caminhos da Morte
Babe Ruth - The Mexican (Live in Canada - 1974)
Joy Division - Transmission
Augusto de Campos (Rimbaud) - O Barco Bêbado

Mão Morta - Horas de Matar
Lou Reed - Animal Serenade - 2004  (Outtake) Sweet Jane
Rammstein - Te Quiero Puta
Mário Bortolotto e Banda Saco de Ratos - Putaria

T.M. Stevens - Burn
Steely Dan - Do It Again
Tierra Santa - Sangre De Reyes
Barata - Troco Poesia Por Dinheiro

Encerramento: Alpha III - Ajna


Troco Poesia Por Dinheiro
Barata Cichetto
Do Livro Troco Poesia Por Dinamite
(Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN
Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)


Não fosse por Baudelaire eu seria um poeta incomparável
E não fosse por Rimbaud seria um mercenário inigualável
Mas da forma que a Poesia deseja, sou poeta despejado
Pobre e desconhecido, pelas amantes homem indesejado.

A Europa está morta e a África fede a defuntos insepultos
E eu caminho na sujeira da periferia entre bichas e putos
Mas da forma como a Poesia me deseja, sou amante total
Maldito poeta, fodendo doentes com sua síndrome mortal.

Queria mesmo era foder e ter dinheiro, foda-se a hipocrisia
Ter dentes inteiros, roupas decentes, mas tenho só a Poesia
E que grande bosta nascer poeta, eu preferia ser natimorto
Ou ter a sorte de ser apenas outro ato hediondo de aborto.

Quem sabe o que faria minha mãe se ao olhar àquele ser
Soubesse que em lugar de médico seria poeta ao crescer
Decerto num ato de vingança contra a natureza maldosa
Me jogaria na latrina e iria dormir com a mente insidiosa.

19/01/2015

11/05/2015

Século XX - Poesia - Sarau Virtual Facebook


Fui convidado pela irmãzinha Gigi Jardim para participar do sarau poético virtual. A regra é publicar um poema por dia, por quatro dias consecutivos. E em cada publicação, convidar quatro amigos para participar.

Nesta publicação, um poema que escrevi há 36 anos atrás, e foi publicado num livro impresso em mimeógrafo à álcool, lançado no inicio de 1981. O livro tinha o nome de "Arquíloco" e teve a efetiva colaboração da amigaClaudia Bia, a quem convido a participar desse sarau virtual. Nessa época, eu assinava meus poemas como Carlos Cichetto.

Século XX

E foi ali que uma morena estrela matutina
Brilhou inaugurando a aurora do meu desejo
Abrindo pernas lisas igual a uma cortina
Deixando entrar o sol quente quanto um beijo
Que tinham escondido de minha retina.

E foi ali que entre os montes de sujeira
Pernas abriram igual a pétalas de rosas
Esperando que eu sentado numa cadeira
Penetrasse naquelas entranhas honrosas
Que marcariam uma existência inteira.

E foi ali, que com o seu pequeno porte
Trajada com a estranha roupa de sangue
Que escorria de um seu profundo corte
Ela pediu com um bocejo bastante langue
Que alguém causasse urgente sua morte.

E foi ali entre corredores de concreto
Que construí a minha paixão abstrata
E um dia depois de um estranho decreto
Acabou transformado em tumulo de prata
Sepultando aquele grande desejo secreto.

E foi ali que quando quebrou o seu esteio
Alguém a encontrou completamente morta
Esperou a morte igual um ônibus de recreio
E esperando de chegar bateu a sua porta
Encontrando ali mesmo sem qualquer receio.

Dezembro 79

05/05/2015

Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 03 - 04/05/2015

Barata Sem Eira Nem Beira - Programa 03 - 04/05/2015

Psychotic Eyes - The Hand of Fate
The Psycheground Group  - 01- Psycheground
Christopher Lee - 02. Charles the Great
Lunare Music - Ciberpajé - Lua Divinal - 03 Aforismo III

Honest John - Crazy Shoes
Ethel The Frog - Eleanor Rigby (Beatles Cover)
PJ Harvey - To Bring You My Love
Barata - Eu Sou Egoísta (Raul Seixas)

Humble Pie - I Don't Need No Doctor
Xutos e Pontapés - Sem Eira Nem Beira
Billy Bond y La Pesada Del Rock And Roll - La Maldita Maquina de Matar
Barata Cichetto - Troco Poesia Por Rock'n'Roll


Troco Poesia Por Rock'n'Roll
Barata Cichetto
(Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN
Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)

A nenhum poeta é permitido seguir os passos de Rimbaud, o cínico
E passar alguma Temporada no Inferno, com o olhar de um clínico
Quanto a mim trago o Inferno nas mãos e espalho sobre a Terra Santa
E prefiro me lambuzar com o melado de putas a foder virgens na janta.

E a nenhum é permitido largar a poesia, tal Rimbaud, o mercenário
Aos poetas é permitido ter dinheiro sem guardar a alma no armário
E quanto a mim, me permito não ter luxos, médicos ou puteiros caros
De forma a manter minha obra com sensos que atualmente são raros.

A ninguém é permitido ler Rimbaud nem Bukowski com olhos de vício
O ópio e a bebida não constroem um poeta, que o é por seu sacrifício
Mas quanto a mim, não desejo ser cordeiro, nem o mártir de esquina
Apenas viciado em letras, em notas e nas pernas de uma doce cafetina.

E a nenhum, seja Dos Anjos, Verlaine ou Baudelaire, o poeta algo deve
Pois Poesia é o Espírito Santo e a Sagrada Alma daquele que a escreve
Quanto a mim, não acerto contas com outros criadores por ser deidade
E se há deuses no Infinito são eles poetas cheios de egoísmo e vaidade.

01/02/2015


Eu Sou Egoísta
Raul Seixas

Se você acha que tem pouca sorte
Se lhe preocupa a doença ou a morte
Se você sente receio do inferno
Do fogo eterno
De Deus, do mal

Eu sou estrela no abismo do espaço
O que eu quero
É o que eu penso e o que eu faço
Onde eu estou não há bicho-papão
Eu vou sempre avante no nada infinito
Flamejando o meu rock, meu grito
Minha espada é a guitarra na mão

Se o que você quer em sua vida paz é só paz
Muitas doçuras, seu nome em cartaz
E fica arretado se o açúcar demora
E você chora, você reza
Você pede, você implora

Enquanto eu
Provo sempre o vinagre e o vinho
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem é o exercício que faz
Eu sei que o mais puro gosto do mel
É apenas defeito do fel
E que a guerra é produto da paz

O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber sem tentar?

Se você acha que eu digo fascista
Mista, simplista ou anti-socialista
Eu admito, você tá na pista
Eu sou ego
Eu sou ista
Eu sou ego
Eu sou ista
Eu sou egoísta
Eu sou egoísta
Por que não?
Por que não?
Por que não?
Por que não?

01/05/2015

Troco Poesia Por Dinamite

Quarto poema do desafio proposto pelo amigo Daniel Kobra Kaemmerer, para que publicasse 4 poemas em 4 dias e convidasse 4 amigos a fazer o mesmo. . 
E continuo publicando poemas meus que estão no meu livro "Troco Poesia Por Dinamite"
E mantenho meu convite aos amigos Carlos Manuel, Joanna Franko, Nua Estrela e Denise Ávila, para continuarem com este desafio, sempre convidando mais quatro amigos e promover a difusão poética nesta rede social.

TROCO POESIA POR DINAMITE
Barata Cichetto
(Registrado no Escritório de Direitos Autorais da FBN
Todos os Direitos Autorais Protegidos - Cópia Proibida)

Troco uma poesia por uma banana de dinamite
Uma poesia por alguém que em poesia acredite
E troco uma poesia por qualquer coisa de valor
Qualquer coisa que seja vivo e que tenha calor.

Troco uma poesia por uma trepada num puteiro
Por um gozo efêmero ou um carinho por inteiro
E troco qualquer poesia por qualquer coisa de útil
Já que não tenho utilidade à poesia, a coisa inútil.

Troco uma poesia por uma chupada no escuro
E duas poesias por algum lugar quente e seguro
Três poesias é o máximo que pago por uma buceta
Mas por um cu posso pagar quatro e uma punheta.

Troco quinhentas poesias por uma bela casa confortável
E umas mil e poucas por um carro e uma boneca inflável
Por um cigarro e um trago eu troco qualquer poesia escrita
Pois na fumaça do cigarro existe uma verdade não descrita.

Troco poesia por qualquer coisa que seja inteira
Porque a mentira é coisa sempre meio verdadeira
E por ter uma troca totalmente justa e honesta
Aceito trocar poesia por qualquer coisa indigesta.

Troco a poesia a troco de um par de macacos mancos
Em troca de uma poesia escrita a trancos e barrancos
E para não parecer que diminuo o valor do meu produto
Aceito troca por casa de menor valor embaixo do viaduto.

Troco poesia por barbante, linha ou corda de enforcado
Um poema por metro de corda e um nó firme, apertado
Justa troca, negócio de morte, contrato cláusula aberta
E ainda dou um desconto caso a poesia não seja a certa.

Troco, enfim, a poesia por qualquer coisa, e até por nada
Porque nada é melhor que tudo e puta é melhor que fada
E se nessa troca, nada eu possa ter por lucros ou ganhos
Resta o consolo de ser apenas um carneiro nos rebanhos.

30/11/2013

Troco Poesia Por Dinamite
Barata Cichetto
224 Páginas, 111 Poemas
Prefácio: Ciro Pessoa e Esdras M. Junior
Gatos &; Alfaces Artesanato de Livros
Arte da Capa: Barata Cichetto sobre radiografia de seu próprio crânio
Contracapa: Nua Estrela
Preço: R$ 40,00 + 10,00 Frete (Brasil)
Pedidos: (11) 9 6358-9727
contato@gatosealfaces.com.br