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30/04/2013

Rádio Barata Livre - Programa 12

Rádio Barata Livre
Sexo, Poesia & Rock'n'Roll
Produção e Apresentação: Barata Cichetto
Segundas, das 21 as 23 horas pela Stay Rock Brasil
Reapresentação, terças, das 16 as 18.
www.staryrockbrazil.com.br
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Programa Nº. 12 -  29/04/2013
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Abertura: - Xutos e Pontapés - Sem Eira Nem Beira
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Bloco 1 - Melopéia
http://discofurado.blogspot.com.br/2011/11/va-melopeia-sonetos-musicados-rotten.html
(Glauco Mattoso) Melopeia - Soneto Musicados (2001)
- Laranja Mecânica - Confessional
- Ayrton Mugnaini Jr - Flatulento
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Bloco 2 (Poesia: Nasci em 1958 (E Não Era Poeta)
(http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/04/nasci-em-1958-e-nao-era-poeta.html)
Rock Brazil
- Banda Invisivel - Quando As Almas Se Encontram
- Elegia - Butterfly
- Zigurate - Becos
- Necropolis - Reverseless
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Bloco 3 - Imperial/Outro Destino
http://www.outrodestino.com/
http://abarata.com.br/musica_reviews_detalhe.asp?codigo=1139
- Imperial/Outro Destino - A Grande Batalha
- Imperial/Outro Destino - Outro Destino
- Imperial/Outro Destino - Toxina
- Imperial/Outro Destino - Cegueira e Devoção
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Bloco 4 (Arca do Barata)
Poesia: "Capitão Gancho"
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/04/capitao-gancho.html
- Giorgio - Looky Looky
- Peter, Paul & Mary - 500 Miles
- Simon & Garfunkel - Bridge Over Troubled Water
- Frank De Vol - The Fuzz
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Bloco 5 - Rock'n'Roll
- Eddie And The Hot Rods - The Kids Are Alright
- Five Man Electrical Band - Julianna
- Foghat - I Just Want to Make Love to You
- Mink DeVille - Gunslinger
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Bloco 6 - Tom Waits
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom_Waits
(Poesia: "Pleonasmo"
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/04/pleonasmo.html)
Tom Waits at Theatre Le Palace 1979
- Heartattack and Vine
- Til the Money Runs Out
- Annie's Back in Town
- I Wish I Was in New Orleans
- Wrong Side of the Road
- Jersey Girl
- Step Right Up
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Encerramento:
- Tom Waits (Daunbailó) I Scream, You Scream, We All Scream for Ice Cream
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A Grande Batalha
Imperial

Sente-se aqui e ouça a história
do verbo que se fez máquina
da máquina que se fez homem
de um atormentado isolamento
de repulsa
voracidade
a perda da sensibilidade

A paixão me movia
eu era invencível
mas a vitória é uma mentira
onde criminosos reis sanguinários dizem:
“Sou Deus!”
e os povos se ajoelham

A paixão ainda me move
e não temo derrota
não precisei morrer
aprendi muito com uma pequena ferida
combato na grande batalha
a busca eterna
a guerra que dura uma vida

Já fui rei
fui deposto e jogado ao povo
mas quem conhece
os caminhos do destino
meu coração tem sede de conquista
fui deposto e jogado ao povo
mas amanhã serei rei de novo

Homens continuam morrendo
a troco de nada
morrendo por causa de bebida
morrendo pela espada

Uma porta se abre e vejo uma serpente
com a cabeça e o coração
semelhantes aos meus
ela me diz uma verdade e uma mentira
me aconselha a oferecer minhas forças
e me lembra que a voz do povo
nunca foi a voz de Deus.


The Funeral Of Tears

The Funeral Of Tears
(Inspirado no Título da Revista de Azriel F. Dutra)
Barata Cichetto
grecaabadrada.webs.com 

Enterrem minhas lágrimas no mar da tranquilidade
Não chorem por elas e nem demonstrem fragilidade
Tragam a mortalha, as velas e as rosas mal cheirosas
E deixem-nas feder sobre a terra, evaporarem airosas.

Enterrem minhas lágrimas antes mesmo de seu funeral
Num cemitério índio guardado por um vetusto general
Deixem-me esquecer o dia que lhes dei o meu lamento
E então fizeram de minhas lágrimas seu doce alimento.

Enterrem-nas bem fundo. E não tenham dó, nem piedade
Deixem-nas mortas no oceano da hipocrisia e da caridade
Pois doravante lembrarão de mim não pelo olhar melado
Mas por caminhar pelas estradas com o olhar congelado.

Enterrem minhas lágrimas antes do amanhecer deste dia
Antes que suas carniças se ergam, cobrando sua cobardia
E que morram antes elas do que eu, um pobre ser inculto
Pois estarei caminhando sobre a terra, defunto insepulto.


29/04/2013

Não Gosto de Poesia Com Menos de Meio Século


Não Gosto de Poesia Com Menos de Meio Século
Luiz Carlos Barata Cichetto

Confesso: não gosto de ler poesia escrita há menos de meio século. Em outros termos, nada daquilo que foi escrito depois que eu nasci. A poesia é cara, tem que ser assim, ela cobra o preço. Poetas tinham que ser lidos apenas depois da morte. Sem lucros, sem dividendos, sem livros. Apenas póstumos. E sem recompensas, sem heranças e sem contrapartidas. A poesia é assim, tem um preço a ser pago. E o fato de eu não ler nada escrito depois que eu nasci não é nada pessoal contra mim mesmo, mas uma vingança, esta sim pessoal - como se existisse outro tipo de vingança que não a pessoal -, contra todos esse moleques que feito eu também fui, que insistem em deixar de ganhar dinheiro e escrever um monte de merda que chamam de “Minha Poesia”. Ademais existem de fato muito poucos bons poetas vivos, ainda hoje. Eu não sou bom, talvez seja bom uns cinquenta anos depois de morrer. E aí, sim, merecerei ser lido.

Vida Vadia


Vida Vadia
Barata Cichetto

Se agora estou muito puto da vida
Porque ela me transformou em um
E essa má e megera atrevida
Não vale sequer o meu pum!

E se sou puto e quase um depravado
É porque essa piranha muito é vadia
E por essa vaca moribunda sou tarado
Batendo punheta e escrevendo poesia.

28/04/2013

Por Justiça de Francisca Júlia


Por Justiça de Francisca Júlia
Barata Cichetto

Dos italianos oleiros aos escravos da modernidade
Cresce um bairro burro, símbolo da mediocridade
Lotado de ignorância evanesce qualquer lembrança
Feito um trem que, bêbado carrega a sua esperança.

Esquecem o homem da estátua na praça da biblioteca
Lembrar é dor e dor jamais quita a conta da hipoteca
Mas o bairro burro precisa saber da ilustre moradora
Que da poesia transformou vida em musa inspiradora.

E não tem estátua nem nome de Rua à Musa Impassível
Pois não reconhecem a poesia como arte do impossível
Morta a musa, morto o telegrafista da Estrada de Ferro
Resta a pobreza que despreza o poder do próprio berro.

E o bairro burro, pois falta de memória é burrice certa
Aperta o passo em direção a um futuro que lhe deserta
Pois àquele que não lembra, o que resta é ser esquecido
E aquele que nunca aprende tem aquilo que é merecido.

Musa Impassível
Francisca Júlia   

I
Musa! um gesto sequer de dor ou de sincero
Luto jamais te afeie o cândido semblante!
Diante de um Jó, conserva o mesmo orgulho; e diante
De um morto, o mesmo olhar e sobrecenho austero.

Em teus olhos não quero a lágrima; não quero
Em tua boca o suave e idílico descante.
Celebra ora um fantasma anguiforme de Dante,
Ora o vulto marcial de um guerreiro de Homero.

Dá-me o hemistíquio d'ouro, a imagem atrativa;
A rima, cujo som, de uma harmonia crebra,
Cante aos ouvidos d'alma; a estrofe limpa e viva;

Versos que lembrem, com seus bárbaros ruídos,
Ora o áspero rumor de um calhau que se quebra,
Ora o surdo rumor de mármores partidos.

II
Ó Musa, cujo olhar de pedra, que não chora,
Gela o sorriso ao lábio e as lágrimas estanca!
Dá-me que eu vá contigo, em liberdade franca,
Por esse grande espaço onde o impassível mora.

Leva-me longe, ó Musa impassível e branca!
Longe, acima do mundo, imensidade em fora,
Onde, chamas lançando ao cortejo da aurora,
O áureo plaustro do sol nas nuvens solavanca.

Transporta-me de vez, numa ascensão ardente,
À deliciosa paz dos Olímpicos-Lares
Onde os deuses pagãos vivem eternamente,

E onde, num longo olhar, eu possa ver contigo
Passarem, através das brumas seculares,
Os Poetas e os Heróis do grande mundo antigo.


Do livro Mármores – 1895
Francisca Júlia, considerada a maior poetisa da língua portuguesa em seu tempo, foi a mais fiel representante do Parnasianismo no Brasil, a única que conseguiu atingir o respeito à forma e a impassibilidade exigidos pelo movimento: a arte pela arte. Criadora de versos perfeitos, sua obra, parnasiana no início da carreira, ao final da vida volta-se à poesia simbólica e mística. Seus sonetos estão entre os mais perfeitos da língua portuguesa. - http://www.rosanycosta.com.br/reconhecidos-esquecidos-e-emergentes/164-musa-impassivel.html



26/04/2013

Subindo Pela Escada Que Desce


Subindo Pela Escada Que Desce
Luiz Carlos Barata Cichetto

Quando garoto eu subia escadas de prédios no centro da cidade em busca de putas. Eram as melhores as que ficavam acima do quarto andar, aprendi. Eram as mais carinhosas. Um dia uma me empurrou escada abaixo e então desci pela primeira vez uma escada sem usar os degraus. No outro dia, quando voltei ali e quis subir, alguém colocou a mão no meu peito dizendo: "Estás subindo pela escada que desce!" E sempre foi assim. Sempre minhas tentativas de subir eram por escadas que desciam. E não pensem que essa conversa é daqueles beberrões que, caídos na beira da sarjeta, esperam apenas a morte para que não sintam mais a ressaca. Daqueles que se sentem derrotados, injustiçados, feridos, com baixa auto-estima. Não, nada disso. Subir pela escada que desce parece ser um fenômeno na minha existência. E eu sempre subia. A escada é que descia.

25/04/2013

Perdidos na Noite


Perdidos na Noite
(Uma Conversa com o Amigo Diego El Khouri)
Barata Cichetto

Estamos todos dentro das mesmas noites perdidas
Onde todos os gatos são pardos e as gatas fedidas
Todas as mulheres são putas velhas incompreendidas
E são putas, são pardas e velhas, todas arrependidas.

24/04/2013

Capitão Gancho


Capitão Gancho
Barata Cichetto


Uma das falas prediletas de parentes antigos
Era que uma boa conselheira era a enxada
E daqueles que ainda se lhes diziam amigos
Que o conselho ideal era dado pela espada.

Mas entre as enxadas e espadas, fiquei perplexo
Pois pesavam muito mais que podia minha mão
E no espelho do quarto eu não via o meu reflexo
Pois tinha idéias na cabeça e fumaça no pulmão.

Pois descobri uma escada que ao Paraíso subia
E uma senhora que reluzia toda feita de ouro
Mas sem lembrar aquilo que ainda não sabia
Pensei ser belo feito bode e forte feito touro.

Sem enxadas, espadas e as escadas, cai de baixo
E não tinha ninguém a segurar minhas pernas
Então cai e cai em cima do que estava embaixo
E descobri na queda algumas verdades eternas.

Agora percorria ruas de Paris, fui à África e Bornéu
Sem querer conheci Charles parado em uma esquina
E quando menos percebi recitava poemas num bordel
Apaixonado pelas pernas da puta chamada Christina.

E das páginas brancas às escuras salas dos cinemas
Um dia era amigo de Quixote e no outro era Sancho
De Pasolini a Pitágoras conheci dogmas e teoremas
Mas queria mesmo era ser o nobre Capitão Gancho.



22/04/2013

Rádio Barata Livre - Programa 11

Rádio Barata Livre
Sexo, Poesia & Rock'n'Roll
Produção e Apresentação: Barata Cichetto
Segundas, das 21 as 23 horas pela Stay Rock Brasil
Reapresentação, terças, das 16 as 18.
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Programa Nº. 11 -  22/04/2013
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Abertura:
Chico Buarque e Psychotic Eyes - The Girl e o Zepelim
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Bloco 1 (Glen Hughes) (Revista PI2)
(Glenn Hughes, Cannock, Inglaterra, 21 de agosto de 1952, é um músico inglês conhecido pelos seus trabalhos em bandas como Trapeze, Deep Purple e Black Sabbath. Atualmente é vocalista e baixista da banda Black Country Communion.)
- Glen Hughes - I'm The Man
- Glen Hughes And Tommy Iommi  - I'll Be Fine
- Glenn Hughes - Mistreated (Programa do Ronnie Von - Acustico)
- Rata Blanca and Glenn Hughes - Stormbringer
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Bloco 2 (Rock Português) (O Confronto Simbiótico Entre o Homem e o Tabaco - Emanuel R. Marques)
(http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/04/o-confronto-simbiotico-entre-o-homem-e.html)
(Poesia: "Barata III (Ou: Poesia é Outra Coisa)"
(http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/04/barata-iii-ou-poesia-e-outra-coisa.html)
- Mão Morta - Cão de Morte
- Lírio Cão - A Vaidade
- Moonspell - The Buttefly FX
- Carbon H - Moral Sin
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Bloco 3 (Poesia: "Escrever é um direito de todos, não escrever é um direito" - Edu Planchêz)
- Sweet Noise (Polonia, 1990) - Revolta
- Flametal - Tarantula
- Skyclad - The Well Travelled Man
- Fleet Foxes - Mykonos
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Bloco 4 (Psychotic Eyes)
(http://psychoticeyesbrazil.blogspot.com.br)
- Psychotic Eyes - I Only Smile Behind the Mask
- Psychotic Eyes - Life
- Psychotic Eyes - Dying Grief
- Psychotic Eyes - The Humachine
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Encerramento: (Psychotic Eyes 2) (Poesia: "Notas de Rodapé (De Um Livro Sem Final Feliz)"
- "Guernica" (Barata Cichetto, Voz: Dimitri Brandi, Trilha: Psychotic Eyes - The Hand of Fate.
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Trilha Sonora das Interlocuções: Psychotic Eyes - Throwing Into Chaos e Welcome Fatality
Participação Especial: Dimitri Brandi de Abreu
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Santa


Santa
Barata Cichetto

- Santa!
Santa é a imagem sagrada de sua buceta
E santo é seu cu, hóstia da minha punheta
Chamaram-te santa, teu nome tomado em vão
Chamo-te puta e escrevo teu nome com carvão.

- Santa, santa!
Santa tua bunda, santas tuas coxas, teus pelos
Quanto santa é tua nudez, santos teus cabelos
E santa a promessa à santa da minha devoção
E tão puta quanto santa te faço a consagração.

- Santa, santa, santa!
Santo é teu desejo, santo é teu tesão, teus segredos
E santas tuas unhas na carne, santos os teus dedos
Santa a tua gruta, santo o teu jeito e santa a oração
E santo teu peito, santo teu leito, santa tua adoração.

- Santa, santa, santa, santa!
Santo teu andor, santa tua imagem e despido manto
E eu justamente que nunca fui belo e nunca fui santo
Escrevo na tua pele o nome completo do meu tesão
E no escuro beijo tua imagem feito um santo artesão.

17/04/2013

Nasci em 1958 (E Não Era Poeta)


Nasci em 1958
(E Não Era Poeta)
Barata Cichetto

Um dia nasci em uma maternidade de periferia
E igual a muitos com cólica, hepatite e desinteria
Pouco acima dos três quilos e seiscentos gramas
E depois do parto, problemas com hemogramas.

Um dia o futebol da rua perdeu seu tijolo goleiro
Percebi que eu não queria ser o tijolo, mas oleiro
Construindo meus sonhos com canetas e cadernos
Para desespero dos sonhos de felicidade paternos.

Eu não nasci poeta, pois poeta não nasce, aparece
E depois feito uma estrela se apaga ou desaparece
Também não fui poeta, pois nunca se deixa de ser
E claro que não sou, porque estou poeta a crescer.

De um Office Boy de gravata em banco de dinheiro
A projetador de brinquedos, quase um engenheiro
Ganhei o que era meu, mas o alheio nunca peguei
E nas costas, o profundo pesar da família carreguei.

O poeta não é feito apenas a escrever tolos poemas
Mas também a consertar canos e outros problemas
Educar filhos, mostrar o que é errado e o que é belo
É tão poético quanto pintar as paredes de amarelo.

E mesmo que a Poesia não pague pelas minhas lutas
Ou que não lembrem de mim, as amantes e as putas
Um dia acontecerá de que aqueles que criei de mim
Entendam que fazê-los poesia era sempre o meu fim.

16/04/2013

Rádio Barata Livre - Programa 10


Rádio Barata Livre
Sexo, Poesia & Rock'n'Roll
Produção e Apresentação: Barata Cichetto
Segundas, das 21 as 23 horas pela Stay Rock Brasil
Reapresentação, terças, das 16 as 18.
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Programa Nº. 10 -  15/04/2013
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Bloco 1 - Marcos Infeliciano
TS - The Beatles -  Revolution #9
- John Lennon - God
- The Beatles -  Revolution
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Bloco 2 - (Aniversário Rolando 13/04)
(O Suprassumo dos Subestimados - Parte 1 - Rolando Castello Junior)
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2012/09/o-suprassumo-dos-subestimados-parte-1.html
- Patrulha do Espaço - Rolando Rock
- Patrulha do Espaço - Rolê da Estrada
- Patrulha do Espaço - Robot
- Patrulha do Espaço - OVNIs
(www.rolandorock.com)
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Bloco 3 - Pi2 - Edição 3
(http://revistapi2.blogspot.com)
(Arca do Barata)
- Manu Dibango - Soul Makossa
- Grant Green - Sookie Sookie
- Sonny and Cher - I Got You Babe
- Tower of Power - So Very Hard To Go
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Bloco 4 - O Confronto Simbiótico Entre o Homem e o Tabaco (Emanuel R. Marques)
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/04/o-confronto-simbiotico-entre-o-homem-e.html
- T.M.Stevens - Burn
- Venom - Speed King
- Ministry - Mississipi Queen
- Zakk Wilde - Stairway To Heaven
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Bloco 5 - Especial Barata Suicida
(www.baratasuicida.com)
- Barata Suicida - Constantine
- Barata Suicida - Fada do Dente
- Barata Suicida - Flash Gordon
- Barata Suicida - Gan
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Encerramento:
- Pink Floyd - Set The Controls For The Heart Of The Sun (Pedido de Samira Hadara - Facebook)
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Bonus Track: Patrulha do Espaço - Led Slay 2003

15/04/2013

Moloque


Moloque
Barata Cichetto
(Moloch ou Moloque é o nome do deus ao qual os amonitas, uma etnia de Canaã, sacrificavam seus recém-nascidos, jogando-os em uma fogueira. Também é o nome de um demônio na tradição cristã e cabalística.)

1
Um dia acreditamos que poesia nos traria melhor sorte
E que seria ela e não o amor a compensação da morte
Até sabermos que somos porcos perdidos no galinheiro
Matando nossos filhos por desejo, e a mãe por dinheiro.

E abortada a poesia, queimada em tributos a Moloque
Feito às crianças da guerra que causam dor e choque
Até chegarmos à esquina e deparando com seres rotos
Chutarmos as lembranças, esmagando a seus escrotos.

2
E há poetas demais no mundo, que morra um pouco!
O mundo não precisa de tanto poeta e de tanto louco
E o que há de menos é do que precisa, que é a poesia
Pois morram os poetas, os loucos e morra a hipocrisia.

Acreditamos um dia que a poesia iria nos libertar enfim
E nos prendemos antes mesmo do poema chegar ao fim
E se existem poetas demais e poesia de menos no mundo
É porque poeta não é trabalho, mas coisa de vagabundo.

3
Esqueça da poesia, tolo poeta cheirando a leite e cerveja
Seja honesto, esconda-se e fuja antes que sua mãe o veja
Pois se um dia acreditamos na poesia, agora ela está morta
E Moloque ainda queima debaixo do manto da igreja torta.

Se existe escuridão na noite e poesia no dia, acendam a luz
E se o fazer poesia é casar e ter filhos, queimem o que reluz
Pois um dia, talvez uma noite dessas, porcos estarão a feder
E seus filhos cobrarão o lucro do dinheiro que possas render.

4

Ah, Moloque, demônio desgraçado comedor de criança
Quanto comeste daquilo que era considerado esperança
E quantos de meus filhos foram dados a matar tua fome?
Cuidarão de mim quando não restar nem o meu nome?


Oh, maldito Moloque, em cujas fogueiras tantos queimaram
E cujas vestes das amantes debaixo do seu manto acharam
Deixe agora queimar a poesia nas asas do débil fanatismo
Pois em seu nome morrerão todos os deuses do paganismo.


13/04/2013

Pleonasmo


Pleonasmo
Barata Cichetto

Eu, tolo pequeno poeta desejei retratar o tesão
Comparando a poesia ao prazer no fim do sexo
E com a prepotência típica de um falso artesão
Conclui que ambos não têm inicio, fim ou nexo.

Mas o que de fato é o orgasmo, perguntei eu afinal
E eu mesmo respondi que são, a poesia e o orgasmo
O mesmo, sentidos de forma diferente, mas igual
E ousei, portanto, definir a ambos por pleonasmo.

A Palavra é o Alimento dos Justos


A Palavra é o Alimento dos Justos
Barata Cichetto
"Os poemas todos estarão esquecidos assim que a imagem os derrotar!" – “Espelhos Dobrados”, Henrique Elias Baltazar

Não esqueçamos dos poemas e de seus reflexos
Das rimas por vezes tolas, côncavos ou convexos
E não esqueçamos das palavras e seus sentidos
Dúbios, duplos, cheios de sentimentos invertidos.

Não esqueçamos das letras e das frases inteiras
De parágrafos órfãos, e letras corridas certeiras
E não esqueçamos que a palavra é a verdade
Mesmo quando declara a mentira e a falsidade.

Não nos esqueçamos porém das palavras proscritas
E também daquelas que precisam e devem ser ditas
Das letras molhadas na boca e presas na garganta
Engolidas com comida e vomitadas depois da janta.

Não nos esqueçamos que um poema é um quadro
Engenharia construída com letras e sem esquadro
E que sem a palavra uma imagem não se sustenta
Pois é da palavra é que o homem justo se alimenta.

11/04/2013

Vida Vadia


Vida Vadia
Barata Cichetto

Se agora estou muito puto da vida
Porque ela me transformou em um
E essa má e megera atrevida
Não vale sequer o meu pum!

E se sou puto e quase um depravado
É porque essa piranha muito é vadia
E por essa vaca moribunda sou tarado
Batendo punheta e escrevendo poesia.

10/04/2013

Barata III (Ou: Poesia é Outra Coisa)


Barata III
(Ou: Poesia é Outra Coisa)
Barata Cichetto

O que é a poesia, senão um saco de batatas?
A poesia é uma coisa, outra coisa são baratas!

O que é a poesia, senão um balaio de gatos?
A poesia é uma coisa, a outra coisa são ratos!

Batatas, gatos, baratas e ratos, é tudo poesia?
Mas uma coisa é a poesia, a outra é hipocrisia!

09/04/2013

Rádio Barata Livre - Programa 09

Rádio Barata Livre
Sexo, Poesia & Rock'n'Roll
Produção e Apresentação: Barata Cichetto
Segundas, das 21 as 23 horas pela Stay Rock Brasil
Reapresentação, terças, das 16 as 18.
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Programa Nº. 9 -  08/04/2013
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Abertura:
- Discurso de A Nascente (Ayn Rand) + John Cage - Radio Music (1956)
http://baratacichetto.blogspot.com.br/search/label/Ayn%20Rand
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Bloco 1 -
Aeroblus
http://aeroblus.com.ar/
- Aeroblus - Desconocida
- Aeroblus - La Araña
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Bloco 2 - Poesia: "Poesia Coprofagia "
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/03/poesia-coprofagia.html
(Rock Brazil)
- Paulo Bagunça e a Tropa Maldita - 1973 - Microfones Metálicos
- Marconi Notaro - 1973 - No Sub Reino Dos Metazoários -  I Have No Imagination To Trade
- Persona - Fogo
- Spectrum - 1971 - Geração Bendita - Concerto do Pantano
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Bloco 3 - "Portal Stay Rock"
(Classicos)
- Scorpions - (1972 - Lonesome Crow)  - Action
- Kiss (1981- Music from The Elder) - The Oath
- Motorhead (1976 - On Parole ) - Fools
- Black Sabbath - (1969 - Demo) - The Rebel
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Bloco 4 - Poesia: "O Tempo, o Vento e o Céu"
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/03/o-tempo-o-vento-e-o-ceu.html
(Antiquario)
- Deep Purple - Ricochet (Early Version of Speed King)
- Ritchie Blackmore (1965) The Lancasters - Satan's Holiday
- Ronnie James Dio e Ian Gillan - Smoke On the Water
- Tom Jones e Janis Joplin - Raise Your Hand
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Bloco 5 -  (Arca do Barata)
Pi2 - Edição 3
(http://revistapi2.blogspot.com)
- Captain Beefheart - Her Eyes Are a Blue Million Miles
- Tremeloes - Silence Is Golden
- Stevie Wonder - Superstition
- Tommy James - Money Money
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Bloco 6 - Poesia: "O Poeta e o Cão"
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/03/o-poeta-e-o-cao.html
- Passport - Cross Collateral
- PFM - Celebration (Including The World Became The World) [Live]
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Encerramento:
- Cassia Eller -  Hear My Train a Coming (Programa Livre)
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Bonus Track - Sub-Versões - Filosofia na Orgia
http://abarata.com.br/poesia_barata_detalhe.asp?codigo=2746


Monstro Sagrado

Monstro Sagrado
Barata Cichetto
Imagem Original em: http://www.bubblews.com/assets/images/news/2080934153_1354987020.jpg

1
Que monstro é esse que sua alma atormenta
E que seu desejo à escuridão hora afugenta
Enquanto das carnes feito puta se alimenta
Cuspindo-lhe com sua podre língua nojenta?

2
Que monstro dantesco é esse que te rói inteiro
E que esporra-te na cara feito herói traiçoeiro
Que dantes no Inferno açoita-te tal carniceiro
Deixando morrer a míngua, injusto justiceiro?

3
Que monstro maldito é tal que te tira a vontade
E o desejo de estar bem e o de querer felicidade
Monstro lúgubre arvorado em dono da verdade
Hipócrita acovardado sob o manto da bondade?

4
E que monstro prenhe de sangue é esse cretino
Que ousa ainda prender ao dele o teu destino
Exige-te sacrifícios, dores e cólicas de intestino
E que não passa de um réles palhaço cabotino?

5
Pois que monstro anônimo e sinônimo da crença
É tal que ainda agradeces pela cura e a doença
Um tolo monstro atroz que trata com indiferença
E que em nenhum lugar prova sua onipresença?

6
Afinal que ser é esse com quem sonhas acordado
E que deixa sangrar ao filho num tecido bordado
Que te mata, maltrata e deixa o seu ser estuprado
E que te curra e te surra sob a glória do bastardo?

7
E se sete ou se oito, ao sagrado monstro eu não conheço
Atribuo-lhe monstruosidade mas o sagrado desconheço
E nada é sagrado, nada é divino, nada é maravilhoso
Pois desconheço a tua face e a mim nada é misterioso!


08/04/2013

Barata Sem Eira Nem Beira


Barata Sem Eira Nem Beira
(Posso Ser o Que Não Podes Ter)
Barata Cichetto

Cuidado comigo, sou ser perigoso ao extremo
E diante de si, nem diante de ninguém tremo
Pois se à eternidade buscas ao desejo do ter
Busco eu a realidade naquilo que desejo ser
Sou portanto, perigoso em principio e por fim
Então tenhas medo de si e não medo de mim.

07/04/2013

Mudança de Nome

Decidi mudar o nome da Fanpage de Barata a Ferro e Fogo para "Barata Sem Eira Nem Beira", pois o nome anterior, tanto da página quanto do Blogue - que tambem teve o nome alterado, estava gerando confusão com o nome e programa que apresentei na antiga rádio. O nome do programa de Webradio, na Stay Rock Brazil, continua sendo "Rádio Barata Livre"



Sem Eira Nem Beira 
Xutos & Pontapés

Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou - bem

Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir

Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor

Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar...
Mais força para lutar...
Mais força para lutar...
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer

É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir

Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar
o povo que acreditou

Conseguir encontrar mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder

Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira 
E quem me anda a ...

Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Dê-me um pouco de atenção...

Link: http://www.vagalume.com.br/xutos-pontapes/sem-eira-nem-beira.html#ixzz2PkPd6biP


05/04/2013

Antes do Fim


Antes do Fim
Barata Cichetto

Aos proprietários, aqueles a quem o dinheiro é o senhor
E aos hipócritas, cujas cabeças foram postas em penhor
Quero que sofram toda a dor e que a ela não suportem
E que sintam o desprezo daqueles que não comportem
Que lhes doa muito e não a dor somente, que morram
E que sangrem litros de sangue e quero que escorram
Que a morte lhes seja certeira, intranquila e dolorosa
E que a terra lhes pese sobre a fétida carne horrorosa
Quero vingança e não aceito perdão, vingança plena
Pois o que não me mata, nem me fortalece, envenena
E quero ensejar, antes do que podem chamar de fim
Que não esperem por si, clemência partindo de mim.

04/04/2013

O Confronto Simbiótico Entre o Homem e o Tabaco

O Confronto Simbiótico Entre o Homem e o Tabaco
Emanuel R. Marques

Prefácio

Cada cigarro, componente de um grupo de vinte que constituem um maço, é fumado num inconsciente gesto de vício que o transforma em banal, desinteressante e pouco (nada) significativo. No entanto, se tivermos em atenção que durante o acto de fumar um cigarro a nossa mente está ocupada a reflectir ou a comentar os mais variados assuntos, podemos considerar o cigarro como o companheiro, o passivo ouvinte, que nos ampara em diversos estados de espírito, como a euforia, o medo, o tédio, a paixão, entre todos os outros.

Tendo em conta esta perspectiva, decidi tentar captar algumas das ideias, pensamentos, situações e reflexões que acompanhavam cada cigarro de um maço, este por mim escolhido para alvo desta experiência. Este maço não pretende inferir nenhuma ideologia ou ambiência que se deva generalizar como rotina, pois cada maço é um maço diferente, assim como os estados de espírito e fases da vida que os acompanham. Aconteceu que, aquando do fumar deste maço, as coisas tivessem sido assim, mas com certeza que outros idos e outros vindouros estavam e estarão repletos de maior intensidade e emoção.

O confronto simbiótico entre o Homem e o tabaco.

Emanuel R. Marques, Julho 2001


Resumo:
O Confronto Simbiótico Entre o Homem e o Tabaco
Emanuel R. Marques
Portugal
sumesest@hotmail.com
Originalmente escrito em 2001
Arte e Edição em 2013 por Luiz Carlos Barata Cichetto
barata.cichetto@gmail.com
Editado e Distribuido com autorização do autor.


Download Direto:
http://www.4shared.com/office/zLWtxA_X/Emanuel_R_Marques-Confronto_Si.html


O Olhar da Medusa

O Olhar da Medusa
Barata Cichetto

Quero estar desnudo a frente desse olhar temudo
Pelado e tarado, um tanto cego e um outro mudo
Apenas de poesia trajado e portanto quase surdo.

E quero cair de boca totalmente desequilibrado
Poesia em riste, pau duro de poeta endiabrado
Devorando seu desejo feito monstro apudorado.

Desejo comer-te as palavras e devorar teu medo
Feito uma rajada de vento deflorar seu arvoredo
E decerto ser seu maior erro mantido em segredo.

E eu que sou o monstro por pesadelos transpirado
Desperto agora diante de seu olhar desesperado
Sem entender tanto desejo por um olhar inspirado.

Busco em dicionários a tradução literal de tesudo
A vulgaridade do tesão eu procuro em quase tudo
O cavalo baio de cascos largos, teúdo e manteúdo.

E nem sei por que acordei pensando em tal sentido
Sabendo que desejo guardado é um beijo mentido
E um olhar silencioso emudece um poeta ressentido.


03/04/2013

Pi2 – Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Terceira Edição



A tirania do politicamente correto continua a fazer vitimas e mais vitimas, nos vários campos de batalha. Sob o manto de uma igualdade mentirosa, sob o manto de leis que pretendem estabelecer uma modernidade que jamais será alcançada, senão com uma verdade revolução cultural, que tenha por base e por destino uma educação laica, forte, gratuita e realmente idêntica a todas as classes. Na falta dessa educação, por incompetência e má fé, criam regram de conduta com o único objetivo de manter ignorante a maior parte da população. Não prover meios para que as pessoas possam fazer suas escolhas sociais e políticas é tão criminoso quanto qualquer massacre militar. Manter a população em um curral, deixando que pense ser livre. Aliás, é essa ilusão de liberdade, de igualdade e de fraternidade é o que manter acesa, viva e milionária todas as redes sociais. Essas redes não são responsáveis pelo atual estado de falta de interesse, falta de comprometimento e de sentimento de coletividade real, mas decerto o perceberam muito claramente. E lucram muito com essa descoberta. Somente uma educação rígida, obrigatória, gratuita e de qualidade podem fazer com que as pessoas pensem e possam tomar as rédeas de suas próprias vidas, sem depender e sem necessitar de leis ridículas que visam "proteger" paternalizando os "pobres".

Tudo o que poderia ser tachado apenas de comportamento estranho, ou mesmo fora do chamado senso comum, se transformou em crime. Os tribunais, repletos de exceções de toda espécie, se atém a julgar casos que não existiriam, caso essa intolerância politicamente correta não agisse, feito um mamute com cólicas, esmagando tudo o que encontra pela frente. Caso hoje, por exemplo, Lewis Caroll e Charles Chaplin fossem vivos, seriam julgados, condenados e presos por pedofilia. Claro que ninguém defende abusos contra a infância, mas todos esses estatutos são criados com intuitos escusos e maldosos, para não dizer incompetentes. Fumantes, ao menos a maior parte deles, não fumava em hospitais, por exemplo. E hoje são olhados como criminosos, até mesmo nas ruas. Com relação a isso: porque fumar se transformou quase que num crime hediondo, enquanto a bebida é anunciada em todas as mídias, sem praticamente nenhuma proibição. Mal por mal, decerto que o álcool causa danos sociais e individuais muito maiores.

Enfim, ao lançar este terceiro numero da Revista Pi2, Politicamente Incorreto Ao Quadrado, no dia primeiro de Abril, dia da Mentira, queremos deixar um alerta quanto à mentira que lhes são contadas com essa história de politicamente correto. Somos seres pensantes e é isso o que nos diferencia das demais espécies.

Luiz Carlos Barata Cichetto, 1º de Abril de 2013

  • Joanna Franko
  • Barata Cichetto
  • Eliezer Soares de Souza
  • Emanuel R. Marques
  • Isaac  Soares  de  Souza
  • Genecy Souza
  • Toni Le Fou
  • Eduardo Amaro
  • Delcidério do Carmo
  • Ivan Silva
  • Joana D'Arc
  • Diego El Khouri
  • Karoline Ferreira
  • Cledson Bauhaus
  • Cayman Moreira
  • Arquíloco de Paros
PI2 - Politicamente Incorreto Ao Quadrado
Criação e Edição: Luiz Carlos Barata Cichetto
Nº 3 - 1º de Abril de 2013 
Contato: 9.6358-9727
Revistapi2@gmail.com
Capa Desta Edição: Schizophrenia
by Clouded-and-Shadowed
http://www.artician.com/view/185355/


02/04/2013

Rádio Barata Livre - Programa 08

Rádio Barata Livre
Sexo, Poesia & Rock'n'Roll
Porque idéias são à prova de balas... E a luz é apenas um buraco na escuridão.
Produção e Apresentação: Barata Cichetto
Segundas, das 21 as 23 horas pela Stay Rock Brasil
Reapresentação, terças, das 16 as 18.

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Programa Nº. 8 -  01/04/2013 - Dia da Mentira
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Abertura:
Vai Tomar no Cu" (Chris Nicolotti/Tom Araya/Lobão)
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Bloco 1 -  (Desabafo)
(Micro Especial)
- Violeta de Outono - Eclipse
- Violeta de Outono - Outono
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Bloco 2 - Poesia: "Elogio a Mentira"
(http://baratacichetto.blogspot.com.br/2012/10/elogio-mentira-barata-cichetto-falamos.html)
(Rock Brazil)
- Loyce e os Gnomos - Era Uma Nota de 50 Cruzeiros
- Ronnie Von - O Último Homem da Terra
- Os Mutantes - Ave, Lúcifer
- A Chave do Sol - Um Minuto Além
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Bloco 3 - "Portal Stay Rock"
(Classicos)
- Queen - I'm in Love With My Car
- Black Sabbath - Into The Void
- Jethro Tull - Hunting Girl
- Grand Funk Railroad - Shinin' On
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Bloco 4 - Poesia: "Em Memória de Mim"
(http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/03/em-memoria-de-mim.html)
(Antiquario)
- Mariani (1970) - Things Are Changing
- Midnight Sun (1971) Rainbow Song
- Nosferatu (1971) - Highway
- Edens Children (1969) - Toasted
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Bloco 5 -  (Arca do Barata)
Pi2 - Edição 3
(http://revistapi2.blogspot.com)
- Giorgio Moroder - Son of My Father
- Electric Light Orchestra - It's A Living Thing
- Tin Tin -Toast and Marmelade for Tea
- Tony Orlando & Dawn - Candida
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Bloco 6 - Poesia: "Meu Primeiro Poema Infantil"
http://abarata.com.br/livros.asp?secao=L&registro=6
Sorteio Livro (Ao Gosto)
- Allen Ginsberg & Paul McCartney - The Ballad Of The Skeletons
- Tom Waits - Heart Attack and Vine
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Encerramento: A Sombra de Objetos Inexistentes
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Dia da Poesia II


Dia da Poesia II
(À Musa)
Barata Cichetto

Porque hoje é o Dia da Poesia, comerei minha musa
E a quem come o que deseja, de prazer se lambuza.

E porque hoje é o Dia da Poesia gozaremos três vezes
Partilhando dos melhores orgasmos dos últimos meses.

Mas porque hoje é o Dia da Poesia nos comeremos
E não apenas porque é esse tal dia, nos amaremos.

Por fim, porque hoje é Dia de Poesia igual a qualquer um
Faremos o amor e seremos poesia igual a outro nenhum.

14/03/2013

01/04/2013

Dia da Mentira, Dia da Poesia


Dia da Mentira, Dia da Poesia
Barata Cichetto

Acordo, segunda-feira e não tenho o que comer nem quem
Desgraça pouca é bobagem e não creio em coisas do além
Não há dias úteis nem inúteis para poesia e hoje é dia santo
Mas nem sempre existe santidade nos dias em que não janto.

Não existe o que pensar, mentiras são mentiras e ponto final
E poesia é apenas uma mentira que não ousam contar, afinal
Segunda, primeiro de Abril, outro dia à Poesia consagrado.
Porque todos os dias são santos e a mentira um ato sagrado.

01/04/2013

Escrever é um direito de todos, não escrever é um direito


(à Luiz Carlos Barata Cichetto )

Escrever é um direito de todos,
não escrever é um direito,
eu não escrevo,
as palavras me escrevem,
ou me cantam,
me deixam nu...

As palavras são fêmeas,
estrelas que me guardam
entre as pernas

Escrever é um crime,
uma forma de matar
o que sempre esteve morto

Os poetas pecam por serem poetas,
por serem seres desocupados
que se ocupam com o escrever,
e se ocupar com o escrever
é se ocupar com nada

Meu pai, vosso pai,
sempre esteveram cobertos de razão,
escrever, dedicar-se a pinturas,
ao canto e outras bobagens,
é a prova cabal...
que perdemos,
que jogamos nosso dias
no meio das carolas dos girassóis

Se ao menos fosse um cobrador de ônibus,
um maquinista, um operário padrão
da Fiat Sbt Sistema Globo
de ilusões...
mas não,
ficamos por ai à plantar cogumelos
nas cabeças dos neurônios,
entre as unhas dos pés

( edu planchêz )