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30/07/2017

Gyroscopio 69 - Programa 37


- Barata Cichetto - O Poeta é Um Ditador

Alice Cooper - Killer
T Rex - The Wizard
The Crazy World of Arthur Brown - Spontaneous Apple Creation

Del Wendell
"O herói que não perde a fé em meio a dificuldades é frequente e legitimamente reverenciado. Tanto deveria ser o herói que vence apesar de não ter fé, de avançar sem acreditar, de atravessar a depressão, a dúvida, o desânimo e colocar a bola do touchdown além da linha de fundo. Que esforço faz este ser até no trabalho de apenas ser."

Ian Mc Donald - Demimonde
Porcupine Tree - My Ashes
Small Faces - Happiness Stan

- Douglas Donin

- Sub Rosa
Sub Rosa - Enslavement of Beauty

- Joanna Franko

The Beatniks - Era um Rapaz que como Eu, Amava os Beatles e os Rolling Stones - 1967
The Brazilian Bitles - Gata (Wild Thing) - 1967.
The Bubbles - Porque Sou Tão Feio - 1966

- Barata Cichetto - O Legado do Delegado

Focus - House Of The King
Premiata Forneria Marconi - Celebration (Including The World Became The World)
Supertramp - Sister Moonshine

- Wendy O. Williams / Suicidio

Lemmy & Wendy O Williams - Jailbait (HD)
Motörhead (Featuring Wendy O.Williams) - No Class (Live At Birthday Party '85)

Conexão Norte:
1. Blues / O Peso / ao álbum Em Busca do Tempo Perdido;
2. Andar Andar / Alceu Valença / do álbum    do mesmo nome; e
3. Onze Horas da Manhã / Celso Blues Boy / do DVD Quem Foi Que Falou Que o Rock Acabou?

O aforismo é este:
"Complexo de déjà-vu: a cada novidade do rock vendida como 'revolucionária' aos idiotas, tenho a sensação de que alguém fez muito melhor antes".


Douglas Donin

"Um dos conceitos mais necessários para descrever a juventude de hoje: ENTITLEMENT. A condição de se sentir com direito inegável a algo, de acreditar ser assegurado que lhe deem certa coisa ou lhe seja fornecido um tratamento específico, acima de qualquer discussão sobre merecimento ou direito de fato.

Alguma sugestão para tradução elegante, simples e que mantenha o sentido do termo, em português?"



Wendy O. Williams

Apesar da reputação de ser uma artista assustadora, Wendy O.  Williams - em sua vida particular - era extremamente dedicada ao Bem-estar animal, uma paixão que incluia também dieta vegetariana, o que fez com que ela trabalhasse também como reabilitador de animais selvagens e ativista de comidas naturais.

Após o Plasmatics

Em 1991, Williams se mudou para Storrs, em Connecticut, onde ela viveu com seu companheiro de muitos anos e empresário, Rod Swenson, e trabalhou em uma reabilitação de animais e também em uma loja de comida saudável em Manchester, também em Connecticut.

Williams suicidou aos 48 anos, no ano de 1998, em uma área arborizada próximo à sua casa. Isso foi o que ela escreveu na nota de suicídio em relação à sua decisão:
"Eu não acho que as pessoas devem tirar sua própria vida sem uma profunda reflexão por um considerável período de tempo. Entretanto, eu acredito piamente que todos tem o direito de fazer isso em uma sociedade livre. Para mim, o mundo não faz sentido, mas meus sentimentos a respeito do que eu estou fazendo tocam alto e limpo para o interior de um ouvido e um lugar onde eu não estou, há apenas a calma."

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Meu corpo
Cheira a amoníaco,
Meu suor
Tem a cor do carvão
Sou a essência em agonia
Os elementos
Em
Combustão
O ventre da terra
Em seu mais tosco
Reboco
Labaredas
Pedras derretidas
Larvas
Escorrendo pelas paredes
Fogo líquido
explosão
Rompendo fronteiras
Leis, limitações
Sou
A força
Que vai te enfraquecer
Porque é da tua fraqueza
Que eu vou sobreviver.

joanna.franko

a arte de Luiz Barata Cichetto
(Quadro "Manipulação Ermética)


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Repercussões:
Essa audição do Gyroscopio 69 foi de longe a mais emocionante que já fiz, em quase 10 anos de webradio. Além da musica da banda SubRosa, do poema da Joanna Franko, minha pequena homenagem a Jaques Sobretudo Gersgorin, o mestre Jacques Kalaiedoscopio, me trouxe uma emoção impar. Muita honra em poder ter sido hoje escutado por ele. Eu, que ia dormir as 2 da manhã e acordava as 6, morrendo de sono para ouvir o Kaleidoscópio. Um dia emocionante e compensador. Obrigado a todos que foram responsaveis por esse dia, ai incluido o Marco Angeli Full, Reinaldo José e Genecy Souza.


29/07/2017

Mantenha a Esquerda Livre

Uso um anel em cada um dos dedos da mão esquerda. A direita precisa ficar livre para trabalhar, que sou destro. Todos de aço inox, coisa estranha, sem valor de mercado. Não uso ouro capitalista. Nem de prata socialista. Aliás, comparar capitalismo com socialismo é o mesmo que comparar elefantes com cachorros só por ter quatro patas. Não tenho patas, tenho dedos. E no da esquerda, como já disse, um um anel em cada um. A esquerda é inutil. Sou destro, também já disse.  Deixe a direita livre. Para trabalhar. "Deixe a esquerda livre" diz a placa verde na escada rolante do Metrô. Deixe a esquerda livre. Livre para atrapalhar. Caminhe sobre uma superficie em movimento e quebre a sua cara, idiota. Tenho também meu direito de segurar com as duas mãos, a esquerda e a direita, em ambas as barras, da esquerda e da direita, na escada  rolante. Afinal, tenho o meu direito - já que todo mundo agora tem direito -, de ter medo de cair daquela merda.  E tenho o direito de esmurrar o filho da puta que acha que é direito dele caminhar por uma escada rolante quando tem uma porra de uma escada fixa sem ninguém bem ao lado. Está com pressa, corno? O corno acha que tem o direito de me empurrar. E eu acho que tenho direito de o espancar. Devo cumprir meu direito e mandar o direito do que acha que tem todo direito a puta que o pariu? Mantenha a esquerda livre. Mantenha a direita em punho!
30/07/2017

13/07/2017

Em Memória de Ismênia


A Morte tem feito seu papel, carregando nas suas costas largas, indistintamente a todos. Não cede a apelos, não tem religião, ideologia, crença, preferência, preconceito. Etc. Falar assim é piegas, tolo. Mas a morte é tola e piegas. Simples, simplista, minimalista. Individualista. Egoísta. Ditadora. Traiçoeira. Incidental. Simples. Justa. Extremamente justa. Clara. Extremamente clara. Por horas, caímos na tentação de considerá-la injusta, cruel. E na velocidade da era moderna, a cada dia mais deixamos de senti-la, mas não ela, que continua por ai, mais e mais presente, mesmo contra a vontade de poetas e de ditadores. De fato, na atual era, moderna, tecnológica, avançada, veloz, em que pensamos muito e sentimos pouco, sua devida importância foi relegada a colocarmos fitas pretas de luto em rede social e esquecermos-nos daqueles que Ela levou, poucos dias depois. Não há memória suficiente em nossos cérebros para caber saudades e luto real. Temos informação em tempo real, sexo em tempo real, dinheiro e poder em tempo real. Achamos todo esse tempo que desperdiçarmos com asneiras e tolices, como tempo real. E nos esquecemos do que é de fato real. Esquecemos-nos da Morte. Não temos tempo para a morte, mas Ela sempre terá tempo para nós. E a única coisa real é Ela. Que nos espreita, nos espia e fica de tocaia atrás de cada pensamento, depois de cada esquina, após cada página de livro. Mas pouco nos importa a morte, pois apesar de tudo que temos, não temos vida. Então, sem vida não há morte. Ou seria melhor dizer que sem morte não há vida.
Em memória de Ismênia, 13/07/2017, Barata Cichetto