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26/02/2013

Rádio Barata Livre - Programa 04


Rádio Barata Livre
Sexo, Poesia & Rock'n'Roll
Porque idéias são à prova de balas... E a luz é apenas um buraco na escuridão.
Produção e Apresentação: Barata Cichetto
Segundas, das 21 as 23 horas pela Stay Rock Brasil
Reapresentação: Terças, das 16 as 18.
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Programa Nº. 4 -  25/02/2013
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Abertura: Nora Ney - Cansei de Rock
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Bloco 1 -
(Livro "Cohena Vive!" - Lançamento/Cansei de Rock/Serguei/Carnaval)
- Motörhead - Ace of Spades (Slow Acoustic)
- Tom Waits - Heart Attack and Vine
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Bloco 2
(Texto: "Em Um Tiroteio Dentro de Um Quarto de Espelhos, Sempre Morre Aquele Que Atira Primeiro") http://baratacichetto.blogspot.com.br/2012/08/em-um-tiroteio-dentro-de-um-quarto-de.html
- Blues Riders - Cidade Rock
- Cracker Blues - Sangue de Segunda
- Tublues - Sangue de Barata
- Carro Bomba - Bomba Blues
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Bloco 3
(Kennedy Center Honors 2012 - Led Zeppelin)
- Foo Fighters - Rock'n'Roll
- Kid Rock - Babe I'm Gonna Leave You (intro into Ramble On)
- Lenny Kravitz - Whole Lotta Love
- Heart - Stairway to Heaven
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Bloco 4
(Poesia: "Fisiologia" ) http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/02/fisiologia.html
- Ash - Warrant
- The Sonics - The Village Idiot
- Nosferatu - Highway
- Cargo -  Sail Inside
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Bloco 5
(Fernando Trueba, Portal Stay Rock, Cópia Infiel)
- Stan Getz - Bob Brookmeyer Quintet 1953 - Fascinating Rhythm
- Albert King - The Hunter
- Elvis Presley  - Working on the Building
- Spirit -Taurus
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Bloco 6 - Maquinários
Maquinários:
www.maquinarios.tnb.art.br
- Maquinários - Seis Milhas Para o Inferno
- Maquinários - Sentindo Contramão
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Encerramento: David Bowie - Life On Mars? / Katarze


Elegia


Elegia
Barata Cichetto
Origem da Imagem: http://www.graphic-exchange.com/exellence/ether-elegia
Em busca da eterna paciência
Conto ao infinito, partindo do começo, até o meu fim.

Mas perdida a terna inocência
Conto partindo da eternidade, até o começo de mim.

24/02/2013

Brutalidade (Ou Alice Cooper Não Mora Mais Aqui no País das Maravilhas)


Brutalidade (Ou Alice Cooper Não Mora Mais Aqui no País das Maravilhas)
Barata Cichetto
Origem da Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQlvdpT3wsCsCoFgKug4mv-pASkBW6n0xHGOiJWNv8PaHmrdizfzDsuFAK5O6ejg3gQSt1cdzHvuLiahRQKQQY2rTbzOYBCs99943hLm2bafSRapPZm8oUIdoMIti_CybbbVOycq0WsfyQ/s400/DaryllPeirce_PoliceBrutalityColoringBook.jpg

Prólogo
Deixa-me contar sobre os tempos da minha infância
Sobre crianças da dor, sobre as botas e a ganância
E dos tempos das guerras, ditaduras e da brutalidade
Mortos sepultados sem lápide, estigmas da crueldade.

Deixa-me falar sobre o general e sobre o guerrilheiro
Sobre o dragão da maldade e o seu santo guerreiro
Falar sobre a Opinião, o Pasquim e sobre Realidade
Dos poetas do mimeógrafo e das putas da Liberdade.

Deixa-me sim, contar sobre o que ainda me recordo
Porque bem agora, domingo de manhã eu acordo
Com dores nas costas, ressaca e muita inutilidade
E antes que me perca na dor o bonde da saudade.

Deixa-me por fim falar sobre o Rock, a Poesia e o Sexo
E sobre arte sem cor, a arte da dor e coisas sem nexo
E ainda sobre descobertas, censuras e promiscuidade
Músicas proibidas, fugas audazes e sobre sexualidade.

I - 
As Flores do Mal, as Temporadas no Inferno, e outro Eu
Litanias de Satã e o Sangue Ruim do mercenário judeu
Augustos eram anjos que desciam a Infernos dantescos
E grasnados de corvos em ombros de bêbados grotescos.

Três da madrugada, dia D dos Últimos Dias de Paupéria
Um poeta abriu o gás, num ato de desespero e miséria
E não berrou na hora da faca, mesmo não sendo um boi
Pois sabia que seria apenas poeta, não o homem que foi.

Bandeiras desfolhadas, crianças estupradas, as ditas cujas
E a manhã nunca começa a dois perdidos em noites sujas
A morte ainda organizada, sempre uma filosofia perene
E eu que nunca achei a menor graça na risada da Irene.

E eu Desobedecendo, seguia uma canção até os bosques
Lendo pelas ruas e comendo vagabundas em quiosques
E mesmo falando a língua dos Charles e de Anjos barrocos
Nem a poesia separou a mim do tormento total dos loucos.

II -
Delirei com a realidade e o cotidiano foi a minha alucinação
Em delírios cotidianos de um anormal a morte de uma nação
E ainda por força de um destino, a fé cega e a faca amolada
Num tango argentino eu senti a minha própria pele esfolada.

Punhetas dentro de cinemas do centro e santas soltando rojão
Enquanto fodia putas na esquina da Ipiranga com a São João
Mas nada acontecia e por nada batia forte o músculo do peito
E eu sabia que o meu desgosto era de agosto e não tinha jeito.

A construção era tosca e nunca esperei nenhuma banda desfilar
Aos tolos era preciso dar um herói, aos falsos seu veneno destilar
E enquanto o outro bebia escocês destilado na banheira do hotel
Putas em busca da eternidade da chama davam o rabo no motel.

Um dia eu falei a Pedro, que iria com ele por qualquer caminho
Que o do fogo era a água, do reto o torto e do amigo o carinho
Mas sua transmutação em borboleta era indiscreta e torturante
E eu apenas de fato e resto era apenas metamorfose ambulante.

III -
Existiu ainda a senhora de ouro que me carregou por sua estrada
Construída de tijolos amarelos, subindo ao Céu feito uma escada
Mas eu era apenas um garoto com medo, e atordoado e confuso
Fui girando e gemendo em sua mão feito o enferrujado parafuso.

Sempre fui um homem magro e com um lápis rabiscava poemas
E as paredes do quarto, apenas elas conheciam meus problemas
O Senhor Jones era o marido da Senhora Jones, na noite perdida
E eu apenas um caubói da meia noite com minha espora partida.

Eu era apenas cantor, lunático atrás do lado escuro, brilhando
Ou apenas um louco de pedra pensando que era um brilhante
E rochas quebraram minha perna quando da montanha rolaram
Perdida Inocência, em minhas pernas as serpentes se enrolaram.

A imagem do poeta ficou na brisa, brumas sobre lagos de fogo
Mas agora era apenas sentir a falta das piadas e entrar no jogo
Nasciam meus deuses, Rock'n'Roll não era mais minha salvação
E eu nem sabia que estaria morto antes mesmo da Renovação.

IV -
Mas ainda existe a saudade, irmã mortal da esperança
Cruel gêmea, de quem eu não queria ter tal lembrança
Das tardes perdidas nas coxas de Judy, de Valery as pernas
Perdido em espaços, terras de gigantes e suas lutas eternas.

Lembrar é maldição, esquecer é preciso tanto quanto navegar
Esperança é perdição, a cegueira que nos impede de enxergar
Mas se for lembrar que então seja a cu da puta da Rua Vitória
Ou da buceta quente que não tinha tempo de contar história.

Saudades é a piada, tinha a gonorréia e tinha a tal ditadura
E a risada do palhaço sem graça deixando cair a dentadura
Esqueci agora o que é sorrir, não acho graça em palhaçada
E caso tenha que sorrir, então que seja por uma desgraçada.

O robô não me avisa do perigo, Smith o preguiçoso e sua dor
E agora que morreram todos: o roqueiro, o poeta e o ditador
Tenho apenas por obrigação de poeta ou por sanha de maldito
Lembrar do foi vivido, do que era dor e daquilo que era bendito.

Epílogo
Deixe-me agora concluir um relato antes da mente cegar
Porque sei que a minha história, muitos a querem apagar
E é mistér portanto que a conte com único intuito de justiça
E porque não sou feito um animal que aos filhotes enfeitiça.

Quero agora ir ao cinema e assistir a um filme com final feliz
Ter minhas próprias lembranças, não na boca de um infeliz
Que conta minha história com sua língua roubando-a de mim
E porque eu fiz a minha história com começo, meio e um fim.

Deixo de lado a parte suja das tábuas lixadas na janela
E das pancadas nas costas, com o cabo de uma panela
Mas deixo não porque esqueço, mas por lembrar demais
Pois esquecer é perdoar e o perdão eu não desejo jamais.

Tenho um baú lotado de discos, revistas e de livros antigos
Lembranças, bilhetes de putas, esposas e de falsos amigos
E quero terminar do jeito inicial, falando sobre brutalidade
Pois a existência, de um jeito crucial, é apenas a crueldade.


19/02/2013

Rádio Barata Livre - Programa 03



Rádio Barata Livre
Sexo, Poesia & Rock'n'Roll
Porque idéias são à prova de balas... E a luz é apenas um buraco na escuridão.
Produção e Apresentação: Barata Cichetto
Segundas, das 21 as 23 horas pela Stay Rock Brasil
Reapresentação, terças, das 16 as 18.
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Programa Nº. 3 -  18/02/2013
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Abertura:
(Tublues)
Tublues - Quatro
http://www.reverbnation.com/tublues
- Trairagem Nunca Mais
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Bloco 1
(Lançamento Livro)
- Jethro Tull - Too Old to Rock And Roll, Too Young to Die
- Black Sabbath - The Rebel
- Alice Cooper - Billion Dollar Babies - Billion Dollar Babies
- Bachman, Turner Overdrive - Hey You
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Bloco 2
(Horarios e reapresentação - Poema: "Mas Não Se Mata Cavalo?"
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/01/mas-nao-se-mata-cavalo.html
- Nevermore - Timothy Leary
- Fields of the Nephilim - Sumerland (Azriel F. Dutra)
- Sabaton - Nuclear Attack
- Syd Barrett - Octopus (Genecy Souza e Jorge Bandeira)
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Bloco 3 - Tenacious D - The Pick Of  Destiny
(Pi2 numero 2)
- Tenacious D - Kickapoo
- Tenacious D - History
- Tenacious D - Master Exploder
- Tenacious D - Car Chase City
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Bloco 4 - Nacional em Inglês
(Poema: "Aerógrafos, Planos e Aeroplanos"
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/01/aerografos-planos-e-aeroplanos-barata.html
- Paradise Inc. - Time Master
- Imagery - Imagery
- MQN - Buzz In My Head
- Warbiff -  - Welcome To The Warbiff
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Bloco 5 - Toni Le Fou
- Yes - (Fragile)  Roundabout
- Pink Floyd - Pulse - 07 - Hey You
- Genesis - Mama
- Bauhaus - Ziggy Stardust
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Bloco 6 - Rock Brazil
- Projeto Sangue de Barata - Aniversário
- Selvageria - Na Lâmina da Foice
- Comando Etílico - Legado (Single 2011)
- Lobão - Para O Mano Caetano
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Encerramento:
Tublues - Quatro
- A Festa Continua
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Trilhas de Fundo: Marcelo Diniz - Analog Dream
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O Barco Bêbado e o Barril de Amontillado


O Barco Bêbado e o Barril de Amontillado
Barata Cichetto


Há muito que busco cometer a maior de minhas obras literárias
Decerto o romance perfeito formado de histórias extraordinárias
Mas embarquei num barco bêbado qual marinheiro amotinado
Caido em desgraça com o mar, morto num barril de amontillado.

Com romances dormi muitas noites e aos épicos abraçado
Mas ao acordar de manhã com olhar um tanto embaçado
Sabia que jamais tal esplendor surgiria de minha mente
Porque sou poeta e poeta não é escritor, apenas doente.

Quanto eu queria aos romances dedicar às minhas retóricas
Contar belas fábulas sobre bruxas más e putas pré-históricas
Ou criar o horror nas mentes de leitores sequiosos de medo
E no fim de tal romance contar da rainha seu maior segredo.

Entretanto, e não somente por falta de desejo de eternidade
Perguntei aos gurus sobre os porquês da falta de perenidade
Ao que responderam sem olhar, porque mortos não enxergam
Que a Poesia é a arte dos cegos e dos pregos que não pregam.


16/02/2013

Fisiologia


Fisiologia
Barata Cichetto

Acordei com necessidades e não eram misteres fisiológicos
Sentei e caguei, mas não estava feliz com fatos biológicos
Trepar a noite e trabalhar de dia, nunca foi tão ruim viver
Mas era preciso ganhar o pão e ter o prazer do sobreviver.

Há tempos nenhum poema aparecia em meu monitor
Semanas e nenhuma poesia por combustível e motor
Então algo rugia, algo insistia, queria sair, nem sabia
Ainda o que seria, pois há muito tempo eu não bebia.

Mas que chato precisar cometer um poema sem sentir
E tal a um mentiroso contumaz eu não gosto de mentir
Afinal, que sentimento é aquele que precise ser escrito?
E enfim eu não sei ser artista, sou apenas ser proscrito.

O que é precisar, enfim? Quem é a mãe da necessidade?
Pois adoramos a deuses de lama, amamos a eletricidade
E nos reduzimos à pequenez das coisas que nós amamos
À fisiologia da mentira que a nós mesmos nos chamamos.


12/02/2013

Rádio Barata Livre - Programa 02


Rádio Barata Livre
Sexo, Poesia & Rock'n'Roll
Porque idéias são à prova de balas... E a luz é apenas um buraco na escuridão.
Produção e Apresentação: Barata Cichetto
Segundas, das 21 as 23 horas pela Stay Rock Brasil
Reapresentação, terças, das 16 as 18.
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Programa Nº. 2 -  11/02/2013
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Bloco 1
(Agradecimentos audiencia programa de estréia, lançamento PI2 - Numero 2)
- MC5 - Poison
- Cactus - Parchman Farm
- Iggy Pop & Stooges - Search And Destroy
- Foghat - Foghat Live - Honey Hush

Bloco 2
(Texto: "Caixa de Fósforos"
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/02/caixa-de-fosforos.html )
- Joy Division - Transmission
- Sisters Of Mercy - 1959
- Bauhaus - Hair of the Dog
- Dead Can Dance - De Profundis (Out of the Depths of Sorrow) (Spleen and Ideal - Baudelaire)

Bloco 3 - Nacional
(Festival CEU - Festival Stay Rock - Banda Domus)
- Domus - Mundo de Louco
- Thelema - Cidade dos Anjos
- Uganga -  Encruzilhada
- Barata Suicida - Constantine

Bloco 4 -
(Poesia: Não Quero a (Sua) Dor
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/02/nao-quero-sua-dor.html )
- Jimi Hendrix - Stone Free
- Cream - Sunshine Of Your Love
- Blind Faith - In the Presence of the Lord (Steve Winwood, Eric Clapton, Ginger Baker and Rick Grech)
- Traffic - Dear Mr. Fantasy

Bloco 5 - Felipe (filho do Ivan e guitarrista do Barata Suicida)
- AC/DC - For Those About To Rock (We Salute You)
- Joe Cocker - With A Little Help From My Friends
- Dio - All The Fools Are Sailed Away
- Tenacious D - Beelzeboss

Encerramento:
- Patti Smith - Land (Horses, Land of a 1000 Dances, La Mer(de))
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08/02/2013

Pi2 – Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Segunda Edição



Uma idéia na cabeça, um tiro no coração... As idéias estão na cabeça, e "agir com o coração" nunca é bom... Que me desculpem os românticos de plantão, ao menos os românticos babacas e tolos que acham que qualquer razão, ou mesmo emoção, estão no coração. Todos os nossos sentidos e sentimentos estão na cabeça, e é ela que nos faz pensar. E tomar nossas atitudes baseadas nesses pensamentos. Pensamentos precedem os atos e assim precisa ser. 

A revista digital PI2 (PI ao Quadrado) ou Politicamente Incorreto ao Quadrado nasceu de um pensamento, de uma necessidade de ação, de inconformismo perante uma convergência de pensamento débil, que transforma as pessoas em massa uniforme. Vender a idéia de que somos todos iguais é aniquilar com o pensamento individual e critico, que é o que sempre impulsionou a humanidade um passo adiante. Vender a idéia de igualdade é lucrativo aos donos do poder. Não existe igualdade na raça humana de nenhuma espécie, acreditar nisso é uma asneira sem tamanho. A questão é conviver com as diferenças. Aceitá-las e entendê-las.

O ser humano tem cores de pele diferentes, altura, peso, cor de olhos e cabelos... E principalmente pensamentos diferentes. E ninguém deve ser tratado pior e nem melhor por nenhuma dessas características. A globalização degenerada coloca todos os seres humanos dentro de um único saco... E depois os massacra. Faz as pessoas lutares entre si por igualdades que não existem e colhem o lucro. 

As definições do que é "correto" ou "incorreto" passaram a ser definidas de acordo com interesses monetários e políticos, dos jogos de poder. Cada qual defendendo seus interesses. A criação de cotas e privilégios, de programas assistencialistas degenerados, com interesses espúrios, sustenta a farsa. A educação tem que ser à base de tudo. Se há educação, gratuita e de qualidade, não serão necessárias as cotas, os sistemas de privilégios e os fraudulentos programas assistencialistas.

Com a primeira edição da revista digital Pi2, Politicamente Incorreto ao Quadrado, colhemos alguns frutos bons nessa árvore podre. De todas as partes do planeta, pessoas que ainda tem a capacidade de pensar e agir por conta própria, sem amarras nem cabrestos, resistem e são considerados perigosos, resistem e são considerados loucos. Resistem e são considerados "Politicamente Incorretos", enquanto a mídia dominada pelo poder, à mercê, os define como fascistas e portadores de "discurso de ódio". Não há discurso de ódio, há pensamento, há legitimidade baseada nos princípios da liberdade de expressão, básico em qualquer sociedade que se pretenda civilizada. 

E, numa sociedade em que acorrenta o pensamento crítico, amarra a liberdade de expressão e pune os que se erguem com sua voz contra tudo isso, somos sim, Politicamente Incorretos. Com inteligência, irreverência, inconveniência e até com indecência. Mas nunca com intolerância e indiferença.

Luiz Carlos Barata Cichetto
Criador e Editor

Politicamente Incorretos Ao Quadrado Desta Edição:
  • Alejandra Arce D Fenelon
  • Amyr Cantusio Jr.
  • Barata Cichetto
  • Carlos Schmidt
  • Cayman Moreira
  • Darlene Carvalho
  • David Oaski
  • Déborah Vieira
  • Delciderio do Carmo
  • Diego El Kouri
  • Eduardo Lamas
  • Emanuel R. Marques
  • Fabio da Silva Barbosa
  • Gabriel Fox
  • Genecy de Souza Silva
  • Isaac Soares de Souza
  • Jorge Bandeira
  • Joanna Franko
  • Paulo Borges
  • Paulo de Tharso
  • Renato Pittas
  • Rodrigo Silva
  • Thina Curtis
  • Toni, Le Fou
  • Valmir Knop Jr.
Link Download PDF Direto:
http://www.mediafire.com/view/?pngrl03vcdc1x5e
ou: http://www.4shared.com/office/y-hAhTBF/pi2_02_Revista.html?

05/02/2013

Rádio Barata Livre - Programa 01



Rádio Barata Livre
Sexo, Poesia & Rock'n'Roll
Porque idéias são à prova de balas... E a luz é apenas um buraco na escuridão.
Produção e Apresentação: Barata Cichetto
Segundas, das 21 as 23 horas pela Stay Rock Brasil
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Programa Nº. 1 -  4/02/2013
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Abertura
Projeto Sangue de Barata - Barata / Tublues - Sangue de Barata
Bloco 1
(Texto Estréia)
Ozzy Osbourne With Randy Rhoads - Children of the Grave
Jeff Beck With The Jan Hammer - Blue Wind
Robin Trower - Live - Too Rolling Stoned
Rory Gallagher - Bullfrog Blues

Bloco 2
(Poesia: "O Dia da Verdade")
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/01/o-dia-da-verdade.html
Lou Reed - Sweet Jane
John Cale - Venus In Furs
David Bowie - Soul Love
Morphine - Radar & The Only One

Bloco 3
(Texto PI2)
Lord Sutch and Heavy Friends - Hands Of Jack The Ripper
Crazy World of Arthur Brown - Fire
Gil Scott-Heron - The Revolution Will Not Be Televised
Gwar - A Short History Of The End

Bloco 4
(Poesia: "Hedonismo" - Entrevista Talk Show)
http://baratacichetto.blogspot.com.br/2013/01/hedonismo.html
Mott the Hoople - The Ballad of Mott
Babe Ruth - The Mexican (Live in Canada - 1974)
Hawkwind - Master Of The Universe
Uriah Heep - Sympathy

Bloco 5 - Rolando Castello Junior
(Texto Rolando / Show Patrulha do Espaço)
Made in Brazil - Tudo Bem, Tudo Bom
Aeroblus - Aire En Movimiento
Inox - Ranger
Patrulha do Espaço - Riff Matador

Encerramento
(Lançamento "Cohena Vive!")
T-Rex - Children Of The Revolution



03/02/2013

Caixa de Fósforos


Caixa de Fósforos
Luiz Carlos Barata Cichetto

Ontem peguei outro pedaço de esperança e, junto com os últimos cacos de alegria, guardei dentro de uma antiga caixa de fósforos. 

Havia apenas palitos usados dentro dela, fósforos que um dia foram usados para produzir fogo e calor. Não sei por que guardei aquele objeto por tanto tempo. Inútil guardar uma caixa de fósforos com palitos usados, principalmente porque não mais produziriam fogo nem calor. 

Sempre pensava nisso quando a pegava na gaveta e a olhava com certo carinho e com desprezo ao mesmo tempo. Várias vezes pensei em jogá-la fora, mas por algum motivo não tinha coragem. Poderia servir para alguma coisa, pensava. Do mesmo jeito que sempre pensamos que algo velho, inútil e quebrado, não deve ser jogado no lixo, pois um dia podemos precisar. É sempre o que pensamos a respeito do que um dia nos foi útil. Seria esse apego à inutilidade o que nos faz sentir úteis? 

Mas finalmente ontem à noite, peguei os últimos nacos de esperança e alegria que eu tinha e guardei dentro daquela velha caixa de fósforos. Depois joguei tudo no lixo. Afinal, não há porque guardar coisas inúteis.

02/02/2013

Não Quero a (Sua) Dor


Não Quero a (Sua) Dor
Barata Cichetto


Pede que eu fale sobre as dores severas que sente
Mas eu que sou fingidor, poeta que deveras mente
Falo apenas por mim, de mim e sobre mim somente
Pois a dor alheia não é algo que um poeta comente.

De ontem em diante decidi que não quero sentir outra dor
E não tenho por isso e portanto, nenhuma culpa ou pudor
Em especial as dores tão cheias de desencanto e egoísmo
Pois dor é de um e cada qual que carregue seu heroísmo.

Sou poeta e tal a qualquer um hediondo egoísta
E não tenho uma alma, mas o espírito de artista
Sei apenas falar da minha e da falta de dentista
E não espere de mim qualquer tolo ato altruísta.

Se teu coração é de carne e sangra todo dia, bom proveito
Porque o meu é de impuro metal e nada dele eu aproveito
E enquanto ficas noites inteiras lendo o Diário de Um Mago
Eu, que nem conheço seu rosto leio a Pessoa e a Saramago.

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O que é mesmo a dor? E não falo de dores de amores, de desencantos e pudores. Falo sobre a dor que rasga o corpo, malditos micróbios, germes filhos da puta! A hérnia, a gripe e a cefaleia  dores sem cores nem poesia, apenas dores malditas a atormentar minha noite e a fazer de mim apenas um verme que se esgueira pela beirada da vida, em busca de um remédio, que nunca chega. Malditos remédios! Desgraçada dor!


02/02/2013


01/02/2013

Palavrão é Só Uma Palavra, Porra!


Palavrão é Só Uma Palavra, Porra!
Luiz Carlos Barata Cichetto

“Uma palavra de baixo calão, popularmente conhecida como palavrão, é um vocábulo que pertence à categoria de gíria e, dentro desta, apresenta chulo, impróprio, ofensivo, rude, obsceno, agressivo ou imoral sob o ponto de vista de algumas religiões ou estilos de vida. Palavras de baixo calão, calão de baixo nível em Portugal ou simplesmente, palavrões, são formas inadequadas na norma culta da língua portuguesa e geralmente usados de forma popular e coloquial, exceto por licença poética.” - Wikipedia

Ao falar lanço perdigotos no ar. Meus peidos nunca são silenciosos. Ah, sim, gosto de cagar, mijar e trepar. Por que não posso usar as palavras corretas? Acusam o palavrão de ser incorreto, o julgam como pária e o jogam à cela da proibição. Que preconceito tão idiota é esse contra determinadas palavras? Estabelecem palavras que podem e outras que não podem, classificam-nas de acordo com faixa etária, horário e local. As 11 da noite até as 5 da madrugada eu posso falar em cagar, mijar e trepar, mas fora desse horário tenho que falar em evacuar - que aliás é mais feia do que cagar -, urinar e fazer amor.

E assim é a norma perante crianças, velhos e idiotas: não posso usar as palavras corretas. Como se existissem palavras corretas! Deixam crianças expostas à violência e ao consumo desenfreado, mas não a palavrões. Uma criança assiste programas violentos de televisão, é induzida a achar normal o consumo exacerbado, mas a simples menção da palavra porra, causa ira em seus pais. Porra, o palavrão é uma palavra como outra, criada para expressar uma ideia  normalmente de forma veemente, taxativa, convicta. Apenas isso. Acho que preciso estudar um bocado para entender de onde surgiu a idéia de merda de taxar determinadas palavras como proibidas e incorretas.

Falam a palavra amor com a boca cheia, mas esta sim é um enorme palavrão na maioria delas. Posso falar amor, mas não posso falar tesão, tenho que chamar meu pinto de pênis e não de caralho! E não falo em garota de programa, mas falo em puta que é o que são. O que chamam de palavrão é mais direto e honesto e é por isso que não o admitem. Inventaram de proibir algumas palavras, relegá-la à noite e aos adultos, enquanto deixam a solta a perfídia, a hipocrisia e o mau-caratismo.

Mas há também aqueles que usam do palavrão da mesma forma desonesta daqueles que o proíbem. Usam do palavrão para chocar e chamar a atenção. E em defesa da livre expressão, digo que o palavrão não é puta nem dama, não é certo nem errado, é apenas uma palavra qualquer que pode e precisa ser usada em qualquer horário, com qualquer pessoa, independendo da idade e estado de saúde. Todas as palavras precisam ser usadas. Mas todas, inclusive o palavrão, dentro do contexto certo. Eu falo palavras, palavrão é apenas mais uma, apenas uma palavra que carrega intensidade! Entendeu, porra? Se não entendeu, foda-se!

E foda-se se o palavrão não é norma culta, é linguagem de puta, de bicha e filho da puta. Então, pense que sou Poeta, e o sou 24 horas por dia, então faço do palavrão meu cotidiano, sob licença poética!