Luiz Carlos Cichetto
ou: Cichetto a Barata
E foi, de abandono em abandono
Que deitei-me na cova do destino
E agora, o cão sem faro e sem dono
Caio por terra e choro em desatino.
Mas se nas trevas desta noite imensa
Há a luz, feito o buraco na escuridão
Rogo às estrelas em majestade intensa
Que derramem a paz no meu coração.
E se ainda assim a noite teimar escurecer
Volto meus olhos para dentro de mim
Procurando aquilo que ainda possa nascer
E das trevas faço a luz antes de ver o fim.
Da maldade nasce a dor, do desencanto a morte
Mas se dentro existe algo de bom que sobrevive
Que me encante a luz e o canto da minha sorte
E o sol brilhará sobre tudo aquilo que ainda vive.
19/02/2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário