Tempos Grossos 2
Barata Cichetto
Penitenciárias cheias de inocentes
E as praças repletas de culpados
Nas igrejas choram os descrentes
E nas escolas marcham os soldados.
Nesses grossos tempos cheios de dor
Choram as crianças de armas na mão
Criminosos beijam a mão do ditador
E a saída é a escura, e o único portão.
O crime que lhes compensa é o crime feito
Pelo amigo do peito, o amante do prefeito
E a morte justificada pela ideologia padrão
Enquanto eu aguardo um tiro no paredão.
Cegos estão surdos, surdos estão mudos
E todos caminham mortos em segundos
Agitam as bandeiras e comem da própria merda
E nesses tempos grossos morte é o que se herda.
25/01/2018
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Um comentário:
Estou ficando fã a cada leitura. Espetacular.
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